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http://hdl.handle.net/10773/41290
Título: | Characterisation of movements and thermal preferences of shortfin mako sharks in the South Atlantic Ocean |
Outros títulos: | Caracterização dos movimentos e preferências térmicas de tubarões-anequim no Oceano Atlântico Sul |
Autor: | Rodrigues, Ana Filipa Guimarães |
Orientador: | Vedor, Marisa Graziela Cerqueira Cunha, Marina |
Palavras-chave: | Shortfin mako shark South Atlantic Biotelemetry Thermal preference Animal movement |
Data de Defesa: | 13-Dez-2023 |
Resumo: | As apex predators, sharks play a key role in the functioning of marine
ecosystems. However, over the last decades, shark populations have
experienced rapid declines mainly due to overfishing and slow life-history traits.
The shortfin mako shark is highly vulnerable to overexploitation and there has
been growing concerns about their stock status in the Atlantic Ocean. However,
most studies and regulations regarding this species have focused on the North
Atlantic, creating a knowledge gap for the South Atlantic Ocean shortfin mako
population which is heavily exploited. Therefore, understanding their movements
and associated behaviours in this region is fundamental to implement successful
management plans. The aim of the present study was to provide initial insights
into the movements, habitat use and thermal preferences of mako sharks in the
South Atlantic Ocean. Three individuals were tracked in the southeastern Atlantic
region, between 2021 and 2022, using pop-up satellite archival transmitters
(PSAT). Tagged mako sharks moved from oceanic waters toward the continental
margin off Namibia which is a highly productive region due to the Benguela
Upwelling System (BUS). Overall, mako sharks in the southeast Atlantic swam
from the surface down to 712 m but spent most of their time within the first 150
m of the water column. Sharks encountered ambient temperatures ranging
between 5.4-25.4 ºC and showed a thermal preference for waters between 15
and 25 ºC, mostly using the 17-23 ºC temperature range. The findings of the
present study suggest that water temperature is a major driver of mako shark
movements. Diving behaviour was correlated with thermal preferences as
tagged sharks spent most of the time closer to surface waters where they
encountered their thermal preferences. Furthermore, maximum diving depths
decreased due to the avoidance of cold water temperatures, providing evidence
that southeast Atlantic mako sharks undergo habitat compression. The
compression of available habitat into surface waters can lead to higher exposure
to longline fisheries and the influence of thermal preferences on vertical
movements will potentially impact how mako sharks adapt to rising ocean
temperatures. These results highlight the need for effective management and
conservation strategies for the sustainable future of this endangered shark
species. Enquanto predadores de topo, os tubarões desempenham um papel-chave no funcionamento dos ecossistemas marinhos. No entanto, nas últimas décadas, as populações de tubarões têm sofrido um rápido declínio, principalmente devido à sobrepesca e às características lentas da história de vida. O tubarãoanequim é altamente vulnerável à sobre-exploração e tem-se verificado uma crescente preocupação com o estado dos stocks no Oceano Atlântico. No entanto, a maior parte dos estudos e regulamentos relativos a esta espécie centraram-se no Atlântico Norte, criando uma lacuna de conhecimento relativamente à população de tubarão-anequim do Atlântico Sul, que é fortemente explorada. Assim, compreender os seus movimentos e os comportamentos associados nesta região é fundamental para implementar planos de gestão com sucesso. O objetivo do presente estudo foi fornecer informações iniciais sobre os movimentos, a utilização do habitat e as preferências térmicas dos tubarões-anequim no Oceano Atlântico Sul. Três indivíduos foram rastreados na região sudeste do oceano Atlântico, entre 2021 e 2022, usando transmissores de arquivo de satélite pop-up (PSAT). Os tubarões-anequim marcados deslocaram-se das águas oceânicas em direção à margem continental ao largo da Namíbia, que é uma região altamente produtiva devido ao Sistema de Afloramento de Benguela (BUS). Em geral, os tubarõesanequim no Sudeste Atlântico nadaram desde a superfície até aos 712 m, mas passaram a maior parte do tempo nos primeiros 150 m da coluna de água. Os tubarões encontraram temperaturas ambiente entre 5.4-25.4 ºC e mostraram uma preferência térmica por águas entre 15 e 25 ºC, utilizando maioritariamente o intervalo de temperaturas de 17-23 ºC. Os resultados do presente estudo sugerem que a temperatura da água é um fator importante para os movimentos do tubarão-anequim. O comportamento associado aos mergulhos estava correlacionado com as preferências térmicas, uma vez que os tubarões marcados passaram a maior parte do tempo mais próximo das águas superficiais, onde encontravam as suas preferências térmicas. Além disso, as profundidades máximas de mergulho atingidas diminuíram devido ao facto de evitarem temperaturas de água frias, o que demonstra que os tubarões-anequim no Sudeste Atlântico sofreram uma compressão do habitat. A compressão do habitat disponível para águas superficiais pode levar a uma maior exposição a pescas com palangre e a influência das preferências térmicas nos movimentos verticais terá um potencial impacto na forma como os tubarões-anequim se adaptam ao aumento da temperatura dos oceanos. Estes resultados realçam a necessidade de estratégias de gestão e conservação eficazes para um futuro sustentável desta espécie de tubarão ameaçada de extinção. |
URI: | http://hdl.handle.net/10773/41290 |
Aparece nas coleções: | UA - Dissertações de mestrado DBio - Dissertações de mestrado |
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