Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10773/3819
Título: Ansiedade social e assertividade na adolescência
Autor: Vagos, Paula Emanuel Rocha Martins
Orientador: Pereira, Anabela Maria de Sousa
Palavras-chave: Psicopatologia
Psicolologia dos adolescentes
Psicodiagnóstico
Relações sociais
Fobia social
Ansiedade
Assertividade (psicologia)
Data de Defesa: 2010
Editora: Universidade de Aveiro
Resumo: O presente trabalho pretende caracterizar a associação entre ansiedade social e assertividade na adolescência, bem como desenvolver um modelo compreensivo e de intervenção teórica e empiricamente fundamentado acerca desta problemática. A ansiedade social é definida por medo intenso em situações sociais, associado a crenças negativas predisponentes e comportamentos de segurança ou evitamento subsequentes de situações sociais. A assertividade consiste numa resposta comportamental de auto-expressão empática, fundamentada em crenças positivas e activação emocional reduzida. Assim, estes dois conceitos parecem estar em dissonância, uma vez que, por definição, a ansiedade social surge associada a défice de comportamentos sociais adequados e a assertividade a diminuída activação ansiosa em eventos sociais. Por outro lado, ansiedade social e défice assertivo poderão fundamentar-se em mecanismos psicológicos semelhantes. Para verificar estas duas premissas, o presente trabalho utilizou uma amostra de 679 adolescentes do ensino secundário público de ambos os sexos. Para avaliar a ansiedade social nas três dimensões do funcionamento psicológico foram utilizadas a Escala de Crenças e Pensamentos Sociais e a Escala de Ansiedade e Evitamento de Situações Sociais para Adolescentes. No caso da assertividade, foram utilizados o Questionário de Esquema Interpessoal Assertivo e Escala de Comportamento Interpessoal. A análise de dados permite verificar a existência de uma associação recíproca negativa entre ansiedade social e assertividade, em todos os níveis considerados. Igualmente, os resultados obtidos indicam que esta associação poderá ser fundamentada na existência de baixas crenças sociais positivas que activam pensamentos sociais negativos e subsequentemente ansiedade e desconforto em situações sociais e reduzida frequência de comportamento assertivo. Esta conclusão fundamentou uma intervenção integrada para a promoção da gestão de ansiedade social e da prática de competências assertivas. Esta intervenção foi construída, implementada e avaliada em dois ensaios clínicos junto a 6 adolescentes. Os resultados de significância clínica indicam que o programa tem eficácia terapêutica, ainda que este estudo preliminar não exclua a necessidade de uma avaliação mais aprofundada do benefício associado a esta intervenção. Estes trabalhos assumem, assim, implicações educativas e terapêuticas, ao permitir explicitar e clarificar a associação entre ansiedade social e assertividade, e ao contribuir para o desenvolvimento e avaliação de formas de intervenção adequadas junto ao adolescente social tímido ou inibido. A compreensão e intervenção preventiva para a promoção do ajustamento psicossocial do adolescente emergem como uma realidade possível, pertinente e acessível a todos os agentes educativos.
This work intends to characterize the association between social anxiety and assertiveness in adolescence, as well as developing a model for understanding and intervening in a theoretical and empirically sustained manner on this problematic. Social anxiety is defined by an intense fear in social situations, associated to predisposing negative beliefs and subsequent safety behaviors or avoidance of social events. Assertiveness consists of a behavioral response of empathetic self-expression, grounded on positive beliefs and reduced emotional arousal. Therefore, these two concepts seem to be in dissonance, because, by definition, social anxiety is associated to lacking of adequate social behaviors and assertiveness to decreased anxious arousal in social events. On the other hand, social anxiety and assertive deficit may be grounded in the same psychological pathways. To ascertain these two premises, this work studied a sample of 679 adolescent from both sexes and from secondary public schools. To evaluate social anxiety in the three dimensions of psychological functioning, we used the Escala de Crenças e Pensamentos Sociais and the Escala de Ansiedade e Evitamento de Situações Sociais para Adolescente. For assertiveness, the Questionário de Esquema Interpessoal Assertivo and the Escala de Comportamento Interpessoal were used. Data analysis allows us to determine that there is a negative reciprocal association between social anxiety and assertiveness, at all the levels considered. Also, results show that this association may be based in there being low levels of positive social beliefs, which elicit negative social thoughts and subsequent anxiety and discomfort in social events and low frequency of assertive behavior. This conclusion will sustain an integrated intervention for promoting management of social anxiety and practice of assertive abilities. This intervention was built, implemented and evaluated in two clinical trials with six adolescents. Results concerning clinical significance attest that this intervention program has therapeutic efficacy, even if this preliminary study does not exclude the need for a thorough analysis of the benefits associated with this intervention. These works assumes both educational and therapeutic implications, by allowing to explicit and clarify the association between social anxiety and assertiveness, and by contributing to the development and evaluation of adequate intervention procedures for the shy or inhibited social adolescent. Understanding and preventive intervention for promoting psychosocial adjustment in adolescence represent a possible, pertinent and accessible reality to all educational agents.
Descrição: Doutoramento em Psicologia
URI: http://hdl.handle.net/10773/3819
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