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Título: Estudo de inclusões fluidas dos minérios rubané e fissural do jazigo do Corvo (mina de Neves-Corvo, Portugal)
Autor: Moura, António José Nogueira Gomes de
Orientador: Noronha, Fernando
Palavras-chave: Prospeção geoquímica
Microssondas
Inclusões fluidas
Minérios - Mina de Neves-Corvo (Beja, Portugal)
Geoquímica
Data de Defesa: 1994
Resumo: Neves-Corvo, a mais importante mina da FPI, e o maior produtor de Cu e Sn da Europa. O seu teor médio em Cu (mais de 8 %), e as reservas de Sn, fazem com que seja uma mina de importância mundial, quer do ponto de vista económico quer do ponto de vista do interesse geológico. Para além dos minérios do tipo sulfureto maciço encerra ainda minérios cuja ocorrência e, até ao presente, desconhecida na FPI. Desses minérios os mais importantes são os rubané (um de Cu outro de Sn) e o fissural de Cu. Eles têm a sua maior expressão no jazigo do Corvo. Este estudo tem como principal objectivo a determinação das condições P,T,V,X de formação dos minérios RC, RT e FC do jazigo do Corvo. A técnica de estudo utilizada e as IF microtermometria e análises com a microssonda Raman). Na primeira parte, faz-se uma síntese dos principais conceitos subjacentes quer aos princípios, quer à utilização prática das IF. Na segunda parte, após uma breve descrição do enquadramento geológico, a diferentes escalas, de Neves-Corvo, faz-se uma caracterização petrográfica, macroscópica e microscópica (e esta em luz transmitida e em luz reflectida) dos minérios em estudo. Salienta-se assim a existência de três tipos de quartzos, um mais antigo e bastante deformado (QI), um pouco deformado, relacionado com o principal período mineralizante (Q2) e outro posterior e recristalizado (Q3). As IF foram estudadas no quartzo associado com a mineralização. Podem observar-se quatro tipos de IF em cada um dos diferentes minérios; três desses tipos são IF de origem primária e aquocarbónicas (designadas Lc-w, Vc-w e Lw-c) sendo o restante tipo de IF aquosas e de origem secundária. Na generalidade, verifica-se que as IF características do RC são dos tipos Vc-w e Lw-c, as do RT e as do FCT são do tipo Lc-w, enquanto no FC se observam frequentemente os três tipos de fluidos aquocarbónicos. As condições T, P para a génese dos diferentes minérios foram estimadas em: RC-220˚/330˚ (240°C), 1400-1800 bar; RT- 210°/240° (240°C), 1500-2700 bar; FC- 240°/350° (250°C), 500-3100 bar e FCT- 260°/310° (280°C), 2300-3100 bar. A composição média dos fluidos é de (moles%): RC- H₂0=93.9, CO₂= 5.3, CH₄= 0.1 e NaCl=0.7; RT- H₂O= 92.6, CO₂= 6.5 e NaCl= 0.9; FC- H₂0= 90.5, CO₂= 7.4, CH₄= 1.1 e NaCl= 1.0; FCT- 90.1, CO₂= 8.8, CH₄= 0.1e NaCl= 1.0. Salienta-se a importância do CH4 nos minérios cupríferos e sua quase ausência nos minérios estaníferos. Relativamente aos valores de fO₂ calculados para 300°C eles variaram entre os 10-33.1 e os 10-34.3 atm. A partir dos valores das pressões mínimas de aprisionamento poderam-se deduzir as profundidades a qual os minérios se formaram. Assim o FCT formou-se entre os 11.7 e os 8.7 km, o FC entre os 11.7 e os 3-4 km, o RT entre os 10.2 e os 5.6 km e o RC entre os 6.8 e os 5.3 km. Determinou-se ainda, e pela primeira vez, que a máxima espessura vertical de material existente aquando da génese dos minérios era da ordem dos 12 km. Os gradientes geotérmicos contemporâneos da génese dos minérios variaram entre os 40-50 °C/km no RC, os 23-43 °C/km no RT, os 20-70 °C/km no FC e os 24-33 °C/km no FCT. Conclui-se ainda que estes minérios foram formados por fluidos metahidrotermais gerados durante o metamorfismo que ocorreu entre o Namuriano e o Vestefaliano, sendo a sua formação, portanto, bastante posterior à dos sulfuretos maciços. Estes minérios terão sido, de acordo com o modelo proposto, a fonte dos metais dos minérios RC, RT e FC estudados.
URI: http://hdl.handle.net/10773/34121
Aparece nas coleções: UA - Dissertações de mestrado
DGeo - Dissertações de mestrado

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