Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10773/30316
Título: Motherhood after cancer: a broad approach to understanding fertility concerns and psychosocial impact of the disease and treatment
Outros títulos: Maternidade após o cancro: compreender as preocupações com a fertilidade e o impacto psicossocial da doença e seus tratamentos
Autor: Bártolo, Ana Cláudia Pereira
Orientador: Monteiro, Sara Otília Marques
Santos, Isabel Maria Barbas dos
Palavras-chave: Reproductive concerns
Fertility
Motherhood
Breast cancer
Women
Young adult
Quality of life
Attentional bias
Data de Defesa: 14-Dez-2020
Resumo: Cancer diagnosed at a young age threatens fertility and may have immediate or long-term consequences for family building projects and psychological well-being. International and national guidelines advocate the need for fertility counseling. However, female cancer survivors report reproductive concerns and difficulties in adapting to the (potential) inability to fulfill the developmental task of becoming a mother, which prevail throughout survival. In this context, the main objectives of this work were: (i) to examine reproductive health concerns and psychosocial outcomes (e.g. anxiety, depression, health-related quality of life [HRQoL]) among young adult cancer survivors (18-40 years), with a focus on breast cancer; and (ii) to explore the influence of selective information processing biases on fertility-related concerns and psychosocial adjustment. This work involved two systematic reviews, a validation study of a multidimensional instrument to assess reproductive concerns and four cross-sectional studies. Participants were recruited from different public hospital institutions. Most cancer survivors reported concerns related to fertility and to the children's health risk. Reproductive concerns showed to be a mediator in the relationship between the importance of parenthood and HRQoL among breast cancer survivors. Moreover, data suggested that the experience of young women diagnosed with breast cancer facing uncertainty about fertility seems to mirror the response of non-cancer infertile women in terms of fertility concerns and morbidity. Additionally, a complementarity between self-report measures and quasi-experimental methodological approaches (e.g. emotional Stroop and dot-probe tasks) supported the hypothesis that there is an attentional bias toward reproduction-related cues among young women. This enhanced attention was positively associated with concerns related to partner disclosure and depressive symptoms in breast cancer. The findings of this research work suggest the need for providing psycho-educational support to minimize concerns in reproductive-age women; and develop programs focused on attentional flexibility and self-regulation.
Um cancro diagnosticado em idade jovem ameaça a fertilidade e pode ter consequências imediatas ou a longo-prazo nos projetos de construção familiar e bem-estar psicológico. Diretrizes nacionais e internacionais advogam a necessidade de aconselhamento acerca da fertilidade. No entanto, mulheres jovens diagnosticadas com cancro reportam preocupações reprodutivas e dificuldades de adaptação à incapacidade (ou potencial incapacidade) de satisfazer a tarefa desenvolvimental de ser mãe, que prevalecem ao longo da sobrevivência. Neste contexto, os principais objetivos do presente trabalho foram: (i) examinar preocupações relacionadas com a saúde reprodutiva e indicadores de ajustamento psicossocial (e.g. ansiedade, depressão e qualidade de vida relacionada com a saúde) entre mulheres jovens sobreviventes de cancro (18-40 anos de idade), com um foco sobre o cancro da mama; e (ii) explorar a influência de processos cognitivos implícitos - processos atencionais - nas preocupações com a fertilidade e no ajustamento psicossocial. Este trabalho incluiu dois estudos de revisão, um estudo de validação de uma medida multidimensional para avaliar preocupações reprodutivas e quatro estudos empíricos transversais. As participantes foram recrutadas em diferentes instituições hospitalares. A maioria das sobreviventes reportaram preocupações relacionadas com a fertilidade e com o risco que o cancro representava para a saúde dos filhos. As preocupações reprodutivas mostraram ser um mediador da relação entre a importância da parentalidade e a qualidade de vida relacionada com a saúde. Além disso, os dados sugeriram que a experiência de mulheres jovens diagnosticadas com cancro da mama, que enfrentam incerteza sobre a fertilidade, parece espelhar a resposta de mulheres inférteis sem história de cancro, em termos de preocupações com a fertilidade e morbilidade psicológica. Adicionalmente, o recurso a métodos de avaliação complementares, medidas de autorrelato e abordagens metodológicas de natureza quasi-experimental (e.g. tarefas de Stroop emocional e dot-probe), permitiu suportar a hipótese de que existe um enviesamento atencional para pistas relacionadas com a reprodução em mulheres jovens. Esse enviesamento associou-se positivamente com preocupações relacionadas com a comunicação do estado de fertilidade ao parceiro e com a sintomatologia depressiva reportada em sobreviventes de cancro da mama. Os resultados deste trabalho sugerem a necessidade de providenciar suporte psicoeducacional para minimizar as preocupações de mulheres em idade reprodutiva; e de desenvolver programas dirigidos à flexibilidade atencional e auto-regulação.
URI: http://hdl.handle.net/10773/30316
Aparece nas coleções: UA - Teses de doutoramento
DEP - Teses de doutoramento

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