Problematic internet use in college students

Abstract

The aim of this study was to explore the relationship between the emotional well-being of university students and their likelihood of developing problematic Internet use behaviors, which can lead to cyberbullying. The participants were 103 male and female students aged between 18 and 61 (M = 22.98; SD = 6.28). Five scales were used to explore the purpose of social media use, problematic social media use, self-esteem, loneliness, and mood. Data analysis revealed that 74.8% of participants had experienced cyberbullying at least once. Statistically significant differences were found with gender (p = 0.001, β = -1.814; p = 0.001, β = -2.329), with female students being the most affected. A statistically significant negative association was also found between a problematic internet use question and the positive items on the loneliness scale (p = 0.054, β = -0.112). Low self-esteem also showed a statistically significant association with the intention to lose or gain weight due to social media use (p = 0.010, β = 0.147). Participants who use social media for the purpose of feeling a sense of belonging and/or for entertainment are more likely to be victims of cyberbullying (p = 0.002, β = 1.192; p = 0.048, β = 0.632). These results show that the psychological aspects studied increase the probability of cyberbullying victimization in university students, and thus makes it possible to intervene more adequately with college students.

O presente trabalho teve por objetivo explorar a relação que o bem-estar emocional dos estudantes universitários tem na probabilidade de os mesmos desenvolverem comportamentos problemáticos do uso de internet, que podem conduzir ao cyberbullying. Os participantes eram 103 estudantes do sexo masculino e feminino com idades compreendidas entre os 18 e os 61 anos (M = 22.98; SD = 6.28). Foram utilizadas cinco escalas para explorar o propósito do uso das redes sociais, o uso problemático das mesmas, a autoestima, a solidão e o estado de humor dos estudantes. A análise dos dados revelou que 74.8% dos participantes já experienciou cyberbullying pelo menos uma vez. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas com o género (p = 0.001, β = -1.814; p = 0.001, β = -2.329), sendo as estudantes do sexo feminino as mais afetadas. Foi também encontrada uma associação negativa estatisticamente significativa entre uma questão do uso problemático da internet e os itens positivos da escala da solidão (p = 0.054, β = -0.112). Uma baixa autoestima também apresentou uma associação estatisticamente significativa com a intenção de perder ou ganhar peso devido à utilização das redes sociais (p = 0.010, β = 0.147). Os participantes que utilizam as redes sociais com o propósito de se sentirem pertencentes e/ou com o propósito de se entreterem demonstram maior probabilidade de serem vítimas dos crimes de cyberbullying (p = 0.002, β = 1.192; p = 0.048, β = 0.632). Estes resultados demonstram que os aspetos psicológicos estudados aumentam a probabilidade da ocorrência de cyberbullying nos estudantes universitários, e assim, possibilita uma intervenção mais adequada aos estudantes universitários.