Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10773/39135
Title: Escrever português como segunda língua: perceções e experiências de aprendizagem de estudantes universitários
Other Titles: Writing portuguese as a second language: perceptions and learning experiences of university students
Author: Pereira, Luísa Álvares
Keywords: Escrita académica
Experiências de escrita
Perceções
Português L2
Moçambique
Issue Date: 19-Dec-2017
Publisher: CIDTFF - Universidade de Aveiro
Abstract: Num contexto multilingue como o de Moçambique, em que a língua portuguesa é uma língua segunda, as perceções que os estudantes desenvolvem sobre a escrita podem desempenhar um papel importante no aprofundamento das suas competências de escrita, o que na universidade pode ser determinante para o sucesso académico (Barbeiro, L.; Pereira, L. & Carvalho, 2015; Castellotti & Moore, 2002; Lonka et al., 2014). Neste sentido, este estudo visa conhecer o perfil linguístico, as perceções e experiências de escrita de estudantes universitários moçambicanos, ponto de partida de uma pesquisa mais vasta sobre o ensino da escrita académica baseado no género textual. A metodologia utilizada consistiu na aplicação de um inquérito por questionário, desenhado e validado como instrumento de pesquisa, preenchido por 162 estudantes de uma universidade pública moçambicana. Os dados foram analisados de forma qualitativa e os resultados revelam três principais conclusões: Primeiro, a diversidade linguística destes estudantes com 18 línguas maternas. Segundo, a escrita na escola secundária parece ser uma atividade centrada no professor, mais do que uma experiência de escrita centrada no aluno. E, por último, a perceção destes estudantes dos seus sentimentos face à escrita que incluem medo, ansiedade, nervosismo, insegurança, incerteza e responsabilidade. Neste sentido, as conclusões deste estudo apontam para a importância de compreender como a escrita é ensinada e como o método adotado pode estar relacionado com o modo como os sujeitos do estudo se relacionam emocionalmente com a escrita, aspeto importante para gerir a sobrecarga cognitiva inerente à complexidade da produção textual em contexto académico.
In a multilingual context like Mozambique where Portuguese is a second language, perceptions towards writing can play an important role in students’ motivation to develop writing skills. At the university, this situation may determine their academic success. Thus, this study has a particular interest in understanding university students’ previous experiences and perceptions towards writing, as starting point for a broader research on genre-based teaching writing. The methodology used was based on a questionnaire previously validated and applied as a research instrument. It was filled in by 162 university students enrolled in Bachelor degrees of Portuguese language teaching, Translation studies, Linguistic and Literature from a public university in Mozambique. Data were qualitatively analyzed and results reveal three major findings: firstly, the diversity of these students’ linguistic profile as there are 18 different first languages. Secondly, that writing at secondary school is a teacher-centered activity about writing rather than a student writing experience. Thirdly, that when students have to face a writing activity their feelings include fear, anxiety, stress, nervousness, insecurity, unsureness and responsibility. This study may contribute to a deeper understanding of how writing is (not) being taught and how that may be related to students writing difficulties. In this sense, this study conclusions may also contribute to understand how teaching methods may be related to students’ emotional relationship with writing and with the way they manage the cognitive overload inherent to the complex process of academic writing.
En un contexto multilingüe como el de Mozambique, en el que la lengua portuguesa es una segunda lengua, las percepciones que los estudiantes desarrollan sobre la escritura pueden desempeñar un papel importante en la profundización de sus competencias de escritura, lo que en la universidad puede ser determinante para su recorrido académico (Castelotti & Moore, 2002; Barbero et al., 2015; Lonka et al., 2014). En este sentido, este estudio busca conocer el perfil lingüístico, las percepciones y experiencias de escritura de estudiantes universitarios mozambiqueños, punto de partida de una investigación más amplia sobre la enseñanza de la escritura académica basada en el género textual. La metodología utilizada consistió en la aplicación de una encuesta por cuestionario, diseñada y validada como instrumento de investigación, llenado por 162 estudiantes de una universidad pública mozambiqueña. Los datos se analizaron de forma cualitativa y los resultados revelan tres principales conclusiones: Primero, la diversidad lingüística de estos estudiantes con 18 lenguas maternas. En segundo lugar, la escritura en la escuela secundaria parece ser una actividad centrada en el profesor, más que una experiencia de escritura centrada en el alumno. Por último, la percepción de estos estudiantes de sus sentimientos frente a la escritura incluye miedo, ansiedad, nerviosismo, inseguridad, incertidumbre y responsabilidad. En este sentido, las conclusiones de este estudio apuntan a la importancia de comprender cómo se enseña la escritura y cómo el método adoptado puede estar relacionado con el modo en que los sujetos del estudio se relacionan emocionalmente con la escritura, aspecto importante para gestionar la sobrecarga cognitiva inherente a la escritura La complejidad de la producción textual en el contexto académico.
Peer review: yes
URI: http://hdl.handle.net/10773/39135
DOI: 10.34624/id.v9i4.1003
ISSN: 1647-3582
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