Process optimization of the removal of mercury, cobalt and nickel in mixture by the living macroalgae Ulva lactuca

Abstract

Factors such as populational and economic growth, and climate changes have consequences and are threats to aquatic systems, leading to water contamination, that contributes to its scarce as a resource. This work aimed to study the capacity of the living macroalgae Ulva lactuca to act as a biosorbent in the removal of mercury, cobalt and nickel from real saline water. A first toxicity evaluation study showed that these three elements cause biochemical changes in mussel Mytilus galloprovincialis, being responsible for activating antioxidant defenses, reducing metabolic activity, and spending energy reserves. These results reinforce the importance of developing efficient and sustainable techniques to remove these contaminants from water. In the trials performed, the macroalgae under study showed promising results int the removal of the three elements, presenting at the end of exposure (120 h) removals in the range of 65 – 98 % for mercury, 83 – 97 % for cobalt and 78 – 95 % for nickel, being that these ranges of removal percentages include different initial conditions. Through the surface response methodology, combined with the experimental design of Box-behnken, the operational conditions were optimized in terms of initial macroalgae dosage, water salinity, and initial concentration of elements. In terms of time, it was concluded that, to the tested conditions, the extension of the process from 48 to 120 h does not present relevant advantages in terms of efficiency. Globally, this work provides an important complement to the literature in terms of removed contaminants, used matrices and mixture studied.

Fatores como o crescimento populacional e económico, e alterações climáticas têm consequências e são uma ameaça aos sistemas aquáticos, resultando na contaminação da água, o que contribui para a sua escassez enquanto recurso. Este trabalho teve como objetivo estudar a capacidade da macroalga Ulva lactuca viva para funcionar como biossorvente na remoção de mercúrio, cobalto e níquel de água salina real. Um primeiro estudo de avaliação de toxicidade demonstrou que estes três elementos causam alterações bioquímicas nos mexilhões Mytilus galloprovincialis, sendo responsáveis pela ativação de defesas antioxidantes, redução da atividade metabólica e gasto de energias de reserva. Estes resultados reforçam a importância de desenvolver técnicas eficazes e sustentáveis para a remoção destes contaminantes de água. Nos ensaios realizados, a macroalga em estudo apresentou resultados promissores na remoção dos três elementos, alcançando no final da exposição (120 h) remoções na gama 65 - 98 % para o mercúrio, 83 – 97 % para o cobalto e 78 – 95 % para o níquel, sendo que estas gamas de percentagens de remoção incluem diferentes condições iniciais. Através da metodologia de superfície de resposta, combinada com desenho experimental de Box-Behnken, as condições de operação foram otimizadas em termos de massa inicial de macroalga, salinidade da água, e concentração inicial dos elementos. Em termos de tempo, foi concluído que, para as condições testadas, a extensão do processo das 48 para as 120 h não traz vantagens relevantes em termos de eficiência. No global, o trabalho dá um complemento importante à literatura a nível de contaminantes removidos, matrizes usadas e mistura estudada.