Avaliação em educacão: notas sobre estudos brasileiros e portugueses

Abstract

O artigo em tela discute a avaliação educacional a partir de estudos brasileiros e portugueses. No Brasil, a partir da abertura do regime militar, nos anos de 1980, ganha impulso um movimento de análise da avaliação educacional que tece críticas contundentes ao paradigma behaviorista dominante, contrapondose à ideia de avaliação como medida ou quantificação da aprendizagem, e propondo seu entendimento como processo, diagnostico e mediação e não como produto do ato educativo (LUCKESI, 2005; HOFFMANN, 2009; LIBÂNEO, 2014; VASCONCELOS, 1998). No contexto português, também nos anos finais do século XX, o campo da educação passa a se voltar para a avaliação, concedendo estatuto epistemológico a esse campo de pesquisas, seja no aspecto institucional (ESTRELA; NÓVOA, 1993; NÓVOA, 1995) ou no âmbito da aprendizagem escolar (FERNANDES, 2008; PINTO, 2016). Os estudos aqui realizados indicam que os esforços investigativos luso-brasileiros apresentam caminhos, embora seja difícil a superação de modelos avaliativos meramente quantitativos e instrumentais, aos quais Fernandes (2009) chamou de avaliação psicométrica.