Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10773/41910
Title: | Metabolic reprogramming of breast tumor associated macrophages |
Other Titles: | Reprogramação metabólica de macrófagos associados a tumores de mama |
Author: | Dias, Ana Sofia Santos |
Advisor: | Duarte, Iola Melissa Fernandes Almeida, Catarina Rodrigues de Helguero, Luisa Alejandra |
Keywords: | Breast cancer Tumor microenvironment (TME) Tumor associated macrophages (TAM) Cell metabolism Metabolic reprogramming Metabolic drugs NMR metabolomics |
Defense Date: | 2-May-2024 |
Abstract: | Breast cancer (BC) is a complex and heterogeneous disease that poses a
significant global health challenge. While advancements in early detection and
treatment modalities have improved patient outcomes, challenges persist,
particularly in addressing the aggressive and resistant nature of certain breast
cancer subtypes. One promising avenue of research involves understanding and
targeting the tumor microenvironment (TME) to develop more effective
therapeutic strategies. Tumor-associated macrophages (TAM) are the
predominant stromal cells in the breast TME and the abundance of pro-tumoral
M2-like TAM correlates with unfavorable pathological and clinical features.
Hence, shifting TAM polarization toward an M1-like anti-tumoral phenotype is
an attractive strategy to elicit tumor regression and aid cancer treatment. The
functional features of macrophages are intricately linked to their metabolism,
with distinct metabolic programs of M1- and M2-like macrophages providing a
sound rationale for exploring the therapeutic potential of macrophage modulation
via metabolic reprogramming. In this work, we have employed an untargeted
metabolomics approach to provide a comprehensive view of metabolic
adaptations involved in the pro-tumoral TAM phenotype and its modulation by
drugs targeting metabolic pathways. Initially, we established and characterized
an in vitro model of tumor-educated macrophages (TEM). THP-1-derived
macrophages were incubated in media conditioned by BC cells – specifically, the
non-metastatic MCF-7 cell line, representative of the luminal A subtype,
producing MCF-TEM; and the metastatic MDA-MB-231 cell line, representative
of the highly aggressive triple negative breast cancer (TNBC) subtype to generate
MDA-TEM. Employing NMR profiling of culture medium (exometabolomics)
and of cell extracts (endometabolomics), we unveiled the metabolic adaptations
of TEM, coupled with phenotypic characterization through qP CR and ELISA
assays. Our findings suggested that TEM utilize alternative substrates, such as
alanine, pyruvate and branched chain α-keto acids (BCKA) to compensate for
shortages in glucose and glutamine within the conditioned media. Remarkable
alterations in intracellular metabolic pathways were observed, including
polyamine catabolism in MDA-TEM, collagen degradation in MCF-TEM and
changes in adenosine metabolism, mainly in MDA-TEM. TEM also exhibited
shifts in lipid composition, reflecting lipid droplet accumulation, cholesterol
efflux, and membrane remodeling. Interestingly, following a second-stage
incubation in fresh RPMI medium, TEM still displayed several metabolic
differences compared to control macrophages (M0), which underscores the
lasting impact of the BC cells-conditioned environment on macrophage
behavior. In a subsequent stage, using the established in vitro model of MDATEM,
we evaluated a selection of metabolic drugs (MDs) targeting different
metabolic pathways. To assess their ability to skew the MDA-TEM phenotype
towards an anti-tumoral state, we quantified the production of the pro-angiogenic
factor VEGF and the well-established anti-cancer pro-inflammatory cytokine
TNF-α. Dichloroacetate (DCA), 6-Aminonicotinamide (6-AN) and Etomoxir
decreased VEGF secretion and enhanced the release of TNF-α, while
significantly modulating the metabolome of TEM. Specifically, DCA induced
the downregulation of glycolysis and consumption of extracellular lactate,
glutamate and a-keto-b-methylvalerate, concomitant with the secretion of short
chain fatty acids. Additionally, DCA reconfigured lipid metabolism by
decreasing triglycerides and increasing cholesterol, showing a strong correlation
with heightened TNF-α production in response to pro-inflammatory stimulation.
The inhibition of the pentose phosphate pathway by 6-AN was accompanied by enhanced glutaminolysis, in contrast with glutamine release in untreated TEM.
Notably, glutamine utilization exhibited a high correlation with the decrease in
VEGF production. In the case of Etomoxir-treated TEM, compensation for
inhibition of fatty acid oxidation occurred through the upregulation of glycolysis,
accompanied by the catabolism of intracellular amino acids and increased
consumption of extracellular BCKA and citrate. Altogether, the integration of
exo- and endometabolomics elucidated how in vitro generated TEM
reprogrammed their metabolism and phenotype in response to: i) the metabolic
milieu imposed by distinct BC cells; ii) three metabolic drugs (DCA, 6-AN, and
Etomoxir) that attenuated the pro-tumoral state of MDA-TEM. This
comprehensive approach has unveiled several metabolites and metabolic
pathways with potential immunoregulatory roles, thereby extending current
understanding of the metabolism-phenotype axis in TEM. O cancro da mama é uma doença complexa e heterogénea que representa um desafio significativo para a saúde global. Embora os avanços na deteção precoce e no tratamento tenham contribuído para uma melhoria do estado dos pacientes, os desafios persistem, particularmente no que diz respeito a certos subtipos tumorais, pela sua natureza agressiva e resistente. Uma abordagem de investigação promissora envolve a compreensão do microambiente tumoral (TME), utilizando-o como alvo para desenvolver estratégias terapêuticas mais eficazes. Os macrófagos associados a tumores (TAM) são as células do estroma predominantes no TME da mama. A abundância de TAM pró-tumorais (tipo M2) correlaciona-se com características patológicas e clínicas desfavoráveis. Desta forma, alterar a polarização dos TAM para um fenótipo anti-tumoral (tipo M1) representa uma estratégia atrativa para provocar a regressão do tumor e auxiliar no tratamento do cancro. As características funcionais dos macrófagos estão intrinsecamente ligadas ao seu metabolismo, apresentando perfis metabólicos distintos consoante os diferentes fenótipos. Esta diferença constitui uma motivação sólida para explorar o potencial terapêutico da modulação dos macrófagos através de reprogramação metabólica. Neste trabalho, recorremos a uma abordagem metabolómica não direcionada com o intuito de obter uma visão abrangente das adaptações metabólicas envolvidas no fenótipo pró-tumoral de macrófagos associados a tumores da mama e na sua modulação por fármacos que visam vias metabólicas específicas. Inicialmente, estabelecemos e caracterizamos um modelo in vitro de macrófagos educados por tumores (TEM). Macrófagos derivados de THP-1 foram incubados em meio condicionado por células tumorais de mama – especificamente, a linha celular não metastática MCF-7, representativa do subtipo luminal A, para produzir MCF-TEM; e a linha metastática MDA-MB-231, representativa do subtipo triplo negativo, altamente agressivo, para gerar MDA-TEM. A análise dos perfis de RMN de meios de cultura (exometabolómica) e de extratos celulares (endometabolómica), complementada pela caracterização fenotípica através de qPCR e ELISA, possibilitou a revelação de numerosas adaptações metabólicas nos TEM. Os nossos resultados mostraram que os TEM recorrem a substratos alternativos, como a alanina, o piruvato e α-cetoácidos de cadeia ramificada (BCKA), para compensar a escassez de glucose e glutamina nos meios condicionados pelas células tumorais. Foram observadas alterações consideráveis em vias metabólicas intracelulares, com impacto no catabolismo de poliaminas nos MDA-TEM, na degradação do colagénio nos MCF-TEM, e no metabolismo da adenosina, sobretudo nos MDA-TEM. Destacam-se também alterações na composição lipídica dos TEM, evidenciando a acumulação de gotas lipídicas, o efluxo de colesterol e a remodelação membranar. Curiosamente, após uma segunda incubação em meio RPMI novo, os TEM mantiveram diversas diferenças metabólicas em comparação com os macrófagos controlo (M0), ressaltando o impacto duradouro do ambiente metabólico criado pelas células tumorais no comportamento dos macrófagos. Numa etapa subsequente, recorrendo ao modelo in vitro previamente estabelecido de MDA-TEM, avaliamos uma seleção de fármacos direcionados para diferentes enzimas metabólicas e proteínas reguladoras. Com o intuito de avaliar a capacidade destes fármacos em reverter o fenótipo de MDA-TEM para um estado anti-tumoral, quantificamos a produção do fator pró-angiogénico, VEGF, e da citocina próinflamatória anti-tumoral TNF-α. Os fármacos Dicloroacetato (DCA), 6- Aminonicotinamida (6-AN) e Etomoxir diminuíram a secreção de VEGF e aumentaram a secreção de TNF-α, ao mesmo tempo que provocaram alterações significativas no metaboloma dos TEM. Especificamente, o DCA induziu a diminuição da glicólise e o consumo de lactato extracelular, glutamato e a-cetob- metilvalerato, concomitantemente com a secreção de ácidos gordos de cadeia curta. Além disso, o DCA reconfigurou o metabolismo lipídico, diminuindo os níveis de triglicerídeos e aumentando os níveis de colesterol, alterações que demonstraram uma forte correlação com o aumento da produção de TNF-α em resposta à estimulação pró-inflamatória. A inibição da via das pentoses fosfato pelo 6-AN foi acompanhada por um aumento da glutaminólise, contrastando com a secreção de glutamina observada nos TEM não tratados. Notavelmente, a utilização de glutamina demonstrou uma elevada correlação com a diminuição na produção de VEGF. No caso dos TEM tratados com Etomoxir, a compensação da inibição da oxidação dos ácidos gordos ocorreu através da regulação positiva da glicólise, acompanhada pelo catabolismo de aminoácidos intracelulares e pelo maior consumo de BCKA e de citrato. Em suma, a integração da exo- e endometabolómica contribuiu para clarificar a reprogramação do metabolismo e fenótipo dos TEM em resposta: i) ao ambiente metabólico imposto por diferentes tipos de células tumorais de mama; ii) a três fármacos metabólicos (DCA, 6-AN e Etomoxir), que atenuaram o estado pró-tumoral dos TEM. Esta abordagem abrangente revelou vários metabolitos e vias metabólicas com potenciais papéis imunoreguladores, ampliando assim a compreensão atual do eixo metabolismofenótipo nos TEM. |
URI: | http://hdl.handle.net/10773/41910 |
Appears in Collections: | UA - Teses de doutoramento DQ - Teses de doutoramento |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Documento_Ana_Sofia_Dias.pdf | 9.3 MB | Adobe PDF |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.