Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10773/41512
Title: How anxiety drives our predictive nature: predicting our social environment when under threat
Other Titles: Como a ansiedade modula a nossa natureza preditiva: percecionando o nosso ambiente social sob ameaça
Author: Silva, Fábio Alexandre Gomes da
Advisor: Soares, Sandra Cristina de Oliveira
Garrido, Marta Isabel
Keywords: Anxiety
Visual perception
Expectations
Perceptual biases
Threat
Point-light displays
Defense Date: 24-Jan-2024
Abstract: Anxiety contributes a great deal to how we properly deal with threatening environments. Among its many effects, anxiety makes us more sensitized to sensory changes in our environment. Although this contributes to the quicker detection of potential threat sources, it might also generate some unwanted consequences. These consequences are specifically tied to how we perceive the world by combining both sensory input and expectations, which may also entail perceptual biases. Anxiety is thought to emphasize sensory input, whilst reducing the relevance of expectations on perception. Since expectations play a vital role in certain scenarios, such as social situations, here we investigated how anxiety might affect the perception of social behaviors. In the first study, we began by assessing how different anxiety-induction methods interfered with how we judged motion-ambiguous walkers. Regardless of the paradigm used to induce anxiety, no change in our bias to see approaching motion was observed. The second study simulated an interaction between one agent and a potential second agent, which if present would be masked under a noise mask. Whilst under threat of shock, participants were asked to identify the presence of this last agent, considering the communicative or individual action displayed by the first agent. The presence of threat did not affect sensitivity or criterion (bias), nor the extent to which communicative actions reduced this latter parameter. Our third study depicted a potentially aggressive interaction between two agents, alongside an observer (face) who would display either a fearful or neutral reaction to the social interaction. This time participants had to judge the interaction, identifying the presence of aggressive gestures, whilst under threat and safe conditions. Despite no increase in the sensitivity measure, we observed an increase in drift rate towards the correct perceptual threshold, suggesting a greater perceptual sensitivity whilst under threat. Threat of shock did not interact with the effect associated with the type of expression shown by the observer. Lastly, our fourth study delved over threatening gestures, measuring both our sensitivity and criterion in identifying aggression, whilst under threat of shock. The association between the source of anxiety (electric shocks) and aggression was also manipulated. We saw that threat of shock increased one’s perceptual sensitivity, leading to an overall better ability to identify aggression. The association between possibility of shock and aggressive agents bared no influence over this latter effect. Overall, the results seem to suggest that states of anxiety carry beneficial adaptations over visual perception, as measured by the enhanced sensory-perceptual processing (i.e., perceptual sensitivity) towards threat in social settings. Importantly, this appears not to entail other perceptual changes, in the form of threat bias or reduced ability to use contextual cues.
A ansiedade tem um papel crucial na forma como lidamos com ambientes ameaçadores. De entre os seus vários efeitos, a ansiedade torna-nos mais sensíveis a mudanças sensoriais no nosso ambiente. Embora isso contribua para a deteção mais rápida de possíveis ameaças, também pode gerar algumas consequências indesejadas. Essas consequências estão especificamente ligadas à forma como percecionamos o mundo, combinando informações sensoriais e expectativas, o que também pode acarretar vieses percetivos. Pensa-se que a ansiedade enfatiza a entrada sensorial, ao mesmo tempo que reduz a relevância das expectativas na perceção. Como as expectativas desempenham um papel vital em certos cenários, como situações sociais, aqui investigamos como a ansiedade pode afetar a perceção de comportamentos sociais. No primeiro estudo, começamos por avaliar como diferentes métodos de indução de ansiedade interferem sobre como julgamos a direção de figuras humanas (ambíguas) a caminhar. Independentemente do paradigma usado para induzir ansiedade, nenhuma mudança na nossa preferência para vermos movimentos de aproximação foi observada. O segundo estudo simulou uma interação entre um agente e um potencial segundo agente, que, se presente, estaria sob uma máscara de ruído. Enquanto sob ameaça de choque, os participantes foram solicitados a identificar a presença deste último agente, considerando a ação comunicativa ou individual apresentada pelo primeiro agente. A presença de ameaça não afetou a sensibilidade ou o critério (viés), nem a medida em que as ações comunicativas reduziram este último parâmetro. O terceiro estudo descreveu uma interação potencialmente agressiva entre dois agentes, ao lado de um observador (face) que exibiria uma reação de medo ou neutra face à interação. Desta vez, os participantes tiveram de identificar a presença de gestos agressivos, tanto em condições seguras como sob ameaça de choque. Apesar de não haver aumento na medida de sensibilidade, observámos um aumento na drift rate em direção ao limiar percetivo correto, sugerindo uma maior sensibilidade percetiva sob ameaça. A ameaça de choque não interagiu com o efeito advindo do tipo de expressão apresentada pelo observador. Por fim, o último estudo investigou gestos ameaçadores, medindo tanto a nossa sensibilidade quanto o nosso critério na identificação destes gestos, durante ameaça de choque. A associação entre a fonte de ansiedade (choques elétricos) e agressão também foi manipulada. Verificamos que a ameaça de choque aumentou a sensibilidade percetiva, levando a uma melhor capacidade geral de identificar agressão. A associação entre possibilidade de choque e agentes agressores não teve influência sobre este último efeito. No geral, os resultados parecem sugerir que os estados de ansiedade levam a adaptações benéficas sobre a perceção visual, conforme medido pelo processamento sensorial-percetivo melhorado (i.e., sensibilidade percetiva) em relação à ameaça em ambientes sociais. É importante salientar que este efeito parece não acarretar outras alterações percetuais, na forma de vieses para ameaça ou capacidade reduzida de usar expectativas contextuais.
URI: http://hdl.handle.net/10773/41512
Appears in Collections:DeCA - Teses de doutoramento
UA - Teses de doutoramento
DEP - Teses de doutoramento

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