Employee ownership em empresas do setor energético: abordagem pela performance financeira e responsabilidade social corporativa

Abstract

O presente estudo, tem como principal objetivo examinar os desafios e tendências relacionados com a employee ownership (EO) em empresas do setor energético, com enfoque nas empresas de energias renováveis. Através da investigação da sua influência na Performance Financeira, e no risco empresarial, conjugam-se os impactos da EO com métricas de Responsabilidade Social Corporativa (RSC). Para a realização deste estudo foram incluídas 126 empresas europeias, do setor energético, no período de 2012 até 2021. No que toca às estimações, usamos o modelo dos mínimos quadrados generalizados (GLS) e o método dos momentos generalizados (GMM). Mas, antes das estimações, utilizou-se o modelo dos mínimos quadrados ordinários (OLS), o fator de inflação da variância (VIF) e o teste Hausman, para identificar eventuais problemas de estimação que serão de evitar nos modelos econometricamente estimados. Além disso, esta análise foca-se em empresas do setor energético e capta, em específico, a situação de empresas de energias renováveis/alternativas (ESB) e detidas por funcionários (EO). Globalmente, no setor energético, a capitalização de mercado e a capitalização detida por diretores impulsionam positivamente a performance financeira, enquanto o número de empregados teve impacto negativo. Enquanto a detenção de capital por funcionários influenciou negativamente o risco. Já a RSC impactou negativamente o risco das empresas. Para as empresas ESB, a capitalização de mercado teve um impacto positivo significativo no desempenho financeiro, especialmente no lucro, enquanto as métricas de RSC e o número de empregados apresentaram efeitos divergentes e não consistentes. Nas empresas EO, a lucratividade revelou-se suscetível a variações, indicando que fatores como a gestão interna e a estrutura de capital afetam, de forma positiva e direta, a performance financeira dessas empresas. Quanto à RSC, observamos que a sua prática sólida resulta num menor risco financeiro.

The present study aims to examine the challenges and trends related to employee ownership (EO) in companies in the energy sector, focusing on renewable energy companies. By investigating its influence on Financial Performance and business risk, the impacts of EO are combined with Corporate Social Responsibility (CSR) metrics. To conduct this study, 126 companies from the energy sector were included, covering the period from 2012 to 2021. Regarding estimations, we used the Generalized Least Squares (GLS) model and the Generalized Method of Moments (GMM). However, before the estimations, the Ordinary Least Squares (OLS) model, Variance Inflation Factor (VIF), and Hausman test were employed to identify any potential estimation problems that should be avoided in the econometrically estimated models. The analysis specifically focuses on energy sector companies, capturing the situations of renewable/alternative energy companies (ESB) and employeeowned companies. Overall, in the energy sector, market capitalization and director-held capital positively drove financial performance, while the number of employees had a negative impact. Employee-held capital negatively influenced risk. CSR negatively impacted the risk of companies. For ESB, market capitalization significantly positively affected financial performance, especially in profit, while sustainability metrics and the number of employees showed divergent and inconsistent effects. In EO companies, profitability proved susceptible to variations, indicating that internal management and capital structure directly and positively affect their financial results. Regarding CSR, solid practices were associated with lower financial risk.