Regulação do estatuto e do trabalho musical durante o Estado Novo: o caso do Quinteto Nacional de Sopro

Abstract

A presente tese, inserida no domínio da Etnomusicologia, pretende contribuir para o entendimento da regulação da atividade musical durante o Estado Novo. Tendo como ponto de partida, os itinerários de cinco músicos pertencentes ao Quinteto Nacional de Sopro, instiga a discussão sobre a construção de um estatuto social e profissional, através do qual o regime corporativista categorizou e controlou a atividade musical. Estes itinerários refletem o modo como estes músicos responderam aos limites impostos pelas categorizações, desenvolvendo uma atividade lata e multifacetada no contexto de bandas filarmónicas e militares, orquestras, grupos de câmara, mas também do Conservatório Nacional, entre outras instituições.

The present thesis, within the domain of Ethnomusicology, aims to contribute to the understanding of the regulation of musical activity during the Estado Novo. Taking as a starting point the itineraries of five musicians belonging to the Quinteto Nacional de Sopro, instigates the discussion about the construction of a social and professional status, through which the corporativist regime categorized and controlled the musical activity. These itineraries reflect how these musicians responded to the limits imposed by categorizations, developing a broad and multifaceted activity in the context of philharmonic and military bands, orchestras, chamber groups, but also the National Conservatoire, among other institutions.