Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10773/40789
Title: | Ecotoxicological effects of neodymium on Mytilus galloprovincialis subjected to environmental changes |
Other Titles: | Efeitos ecotoxicológicos do neodímio no mexilhão Mytilus galloprovincialis sujeito a alterações ambientais |
Author: | Cunha, Marta Barros |
Advisor: | Freitas, Rosa Nardi, Alessandro |
Keywords: | Multiple stressors Rare earth elements Bioremediation Bivalves Paralytic shelfish toxins Macroalgae Biochemical parameters |
Defense Date: | 6-Dec-2023 |
Abstract: | Rare earth elements (REEs), particularly neodymium (Nd), are receiving growing
attention due to their significant economic value, widespread applications, and their
consequent increase in environmental concentrations. In addition, the environmental
contamination resulting from the discharge of waste from the electrical and electronic
equipment and fluorescent lamps industries is also attributed to mercury (Hg). These
pollutants persist in ecosystems and accumulate in marine organisms, which has led to
the development of water remediation techniques, like sorption methods, using biomass
such as live marine macroalgae. The macroalga Ulva lactuca has already shown potential
for removing potentially toxic elements from water. In parallel, the effects of climate
change are fostering conditions conducive to harmful algal blooms (HABs), with rising
temperatures and nutrient levels playing a pivotal role in their occurrence. Notably,
dinoflagellate species responsible for producing paralytic shellfish toxins (PSTs) are the
primary drivers of HABs events worldwide. In Portuguese coastal waters, Gymnodinum
catenatum, a specific phytoplankton species, is commonly linked to the contamination
of bivalves with PSTs. Thus, the first aim of this study was to assess the toxicity of the
emerging pollutant Nd (70 μg Lˉ¹), induced after twenty-eight days exposure period to
the mussel Mytilus galloprovincialis, and compare the effects observed with the ones
caused by Hg (50 μg Lˉ¹) as a representative of a classical pollutant. Furthermore, the
impacts caused by Nd (acting alone) were compared with the ones induced in mussels
exposed to Nd in the presence of the macroalgae Ulva lactuca. Considering that the
environment is a dynamic ecosystem with several variables acting at the same time, the
present study also aimed to assess the biological effects of Nd (20 μg Lˉ¹) on the mussel
M. galloprovincialis when exposed to G. catenatum for fourteen days, followed by a
recovery period in uncontaminated seawater for another fourteen days. Assessing the
biochemical alterations in the mussels, the results confirmed that Hg was more toxic to
mussels than Nd. In addition, these studies also showed the good capability of U. lactuca
in preventing the onset of cellular disturbance and homeostasis disruption in M.
galloprovincialis by reducing bioavailable Hg levels. In particular, the biochemical
parameters evaluated related to metabolism, antioxidant and biotransformation defences,
redox balance and cellular damage, showed that algae were able to prevent biological
effects in mussels exposed to Hg compared to those exposed to Nd. In the exposure of
M. galloprovincialis to Nd and G. catenatum cells, after fourteen days, mussels showed
similar toxin accumulation in the mix treatment (Nd and G. catenatum) in comparison
with the G. catenatum treatment alone. The present study also highlighted that the toxins
dcSTX and GTX5 were the contributors to toxin profile in the G. catenatum supplied to
the mussels, inducing an increase in metabolism and enzyme production in the organisms
exposed to the G. catenatum cells, while Nd inhibited enzyme production and caused cell
damage in the mussels. In general, this study revealed that the combined presence of G.
catenatum cells and Nd, produced positive synergistic effects on M. galloprovincialis
biochemical responses compared to G. catenatum alone, indicating that organisms
performance may be significantly modulated by the presence of multiple co-occurring
stressors. In final remarks, this study showed that Hg is more toxic than Nd, inducing
more biochemical changes in the organisms. With regard to the two concentrations of Nd
tested (70 and 20 μg Lˉ¹), it was found that, for this metal, a longer exposure period allowed a better response from the organisms, with less cellular damage being observed in organisms exposed to a higher concentration and for a longer time. Exposure to G. catenatum cells proved to be less harmful to the M. galloprovincialis than exposure to
Nd alone, since in the presence of the toxins the organisms were able to avoid cellular
damage. The fourteen days of recovery period proved sufficient for M. galloprovincialis
to recover its biochemical performance after exposure to G. catenatum, but the same was
not observed after exposure to Nd. The present study highlights the importance of
examining the ecosystem as a complex interplay of several variables acting
simultaneously, encompassing abiotic and biotic stressors. Consequently, future research
efforts should be directed toward addressing the anticipated impacts of climate change
and the escalating contamination of aquatic ecosystems by emerging pollutants. Os elementos terras raras, em particular o neodimio (Nd), tem recebido uma atenção especial devido ao seu valor económico significativo, as suas aplicacoes generalizadas e ao consequente aumento das suas concentracoes no ambiente. Alem disso, a contaminação ambiental resultante da descarga de resíduos das indústrias de equipamentos elétricos e eletrónicos e lâmpadas fluorescentes e atribuída em parte ao mercurio (Hg). Estes poluentes persistem nos ecossistemas e acumulam-se nos organismos marinhos, o que tem potenciado o desenvolvimento de técnicas de descontaminação da água, como métodos de sorcao, utilizando biomassa como macroalgas marinhas vivas. A macroalga Ulva lactuca, ja tem demonstrado potencial para a remoção de elementos potencialmente tóxicos da água. A par da contaminação por poluentes, os efeitos das alteracoes climáticas também estao a induzir impactos nos ecossistemas marinhos, promovendo condicoes propicias a proliferacao de blooms de algas nocivas, que prosperam com o aumento da temperatura. Os principais blooms de algas tóxicas em todo o mundo devem-se principalmente as espécies de dinoflagelados responsáveis pela produção de toxinas paralisantes de crustáceos e moluscos. Nas águas costeiras portuguesas, Gymnodinum catenatum, uma espécie especifica de fitoplancton, e comummente associada a contaminação de bivalves com toxinas paralisantes. Assim, o primeiro objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade do poluente emergente Nd (70 μg Lˉ¹) induzida no mexilhao Mytilus galloprovincialis apos um periodo de exposicao de vinte e oito dias, e comparar os efeitos observados com os causados pelo Hg (50 μg Lˉ¹) como representante de um poluente classico. Alem disso, os impactos causados pelo Nd (atuando sozinho) foram comparados com os induzidos em mexilhões expostos ao Nd na presença da macroalga Ulva lactuca. Considerando que o ambiente e um ecossistema dinâmico com diversas variáveis a atuar em simultâneo, o segundo objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos biológicos do Nd (20 μg Lˉ¹) na mesma espécie de mexilhão quando exposto ao G. catenatum durante catorze dias, seguido de um período de recuperação em água do mar nao contaminada por mais catorze dias. Avaliando as alteracoes bioquimicas nos mexilhoes, os resultados confirmaram que o Hg foi mais toxico comparativamente com os efeitos causados pelo Nd. Para alem disso, estes estudos também mostraram a capacidade da U. lactuca limitar as alteracoes bioquimicas em M. galloprovincialis, reduzindo os níveis de Hg biodisponivel na água. Em concreto, os parametros bioquímicos avaliados, relacionados com o metabolismo, as defesas antioxidantes e de biotransformacao, o equilibrio redox e os danos celulares, revelaram que as algas foram capazes de prevenir os efeitos biológicos nos mexilhoes expostos ao Hg em comparacao com os expostos ao Nd. Na exposição de M. galloprovincialis a Nd e a celulas de G. catenatum, apos catorze dias, os mexilhoes apresentaram uma acumulação de toxinas semelhante no tratamento com Nd e G. catenatum em comparação com o tratamento que continha apenas celulas de G. catenatum. O presente estudo revelou que as toxinas dcSTX e GTX5 foram as que contribuíram para o perfil de toxinas na cultura de G. catenatum fornecida aos mexilhões, induzindo um aumento do metabolismo e da producao de enzimas nos organismos expostos as celulas de G. catenatum, enquanto o Nd inibiu a produção de enzimas e causou danos celulares nos mexilhoes. Os resultados revelaram ainda que a presença combinada de celulas de G. catenatum e Nd produziu efeitos sinergisticos positivos nas respostas bioquimicas de M. galloprovincialis em comparacao com o tratamento de G. catenatum, indicando que o desempenho dos organismos pode ser significativamente modulado pela presença de múltiplos fatores de stress co-ocorrentes. No geral, este estudo mostrou que o Hg e mais tóxico que o Nd, induzindo mais alteracoes bioquímicas nos organismos. Relativamente as duas concentracoes de Nd testadas (70 e 20 μg Lˉ¹), verificou-se que para este metal um período mais longo de exposicao permitiu uma melhor capacidade de resposta por parte dos organismos, em que menos danos celulares foram observados nos organismos expostos a uma concentracao mais elevada e durante mais tempo. A exposição a células de G. catenatum revelou ser menos prejudicial para M. galloprovincialis do que a exposicao singular ao Nd uma vez que na presenca das toxinas os organismos conseguiram evitar danos celulares. O período de recuperação de catorze dias provou ser suficiente para M. galloprovincialis recuperar a sua performance bioquímica apos a exposicao a G. catenatum mas o mesmo nao se observou após a exposicao a Nd. Assim, estes estudos sublinham a importância de examinar o ecossistema como uma interacao complexa de diversas variáveis que atuam em simultâneo, englobando fatores de stress abioticos e bioticos. Consequentemente, os futuros esforços de investigacao devem ser direcionados para a abordagem dos impactos previstos das alteracoes climáticas e da contaminação crescente dos ecossistemas aquáticos por poluentes emergentes. |
URI: | http://hdl.handle.net/10773/40789 |
Appears in Collections: | UA - Dissertações de mestrado DBio - Dissertações de mestrado |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Documento_Marta_Cunha.pdf | 6.34 MB | Adobe PDF |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.