Impact of action observation therapy on pain in patients with nonspecific chronic neck pain

Abstract

Background: Chronic neck pain (CNP) is one of the most common musculoskeletal disorders. It is associated with psychosocial factors such as stress, anxiety and depression, but also impairments of the nervous system such as the endogenous pain modulation. Action observation (AO) is a recent neurorehabilitation approach that involves the mirror neuron system, in which there seem to be an overlap between the observation and the execution of a movement. Currently, this approach has been more investigated in the literature but seems to have conflicting results as to its effect on CNP. Objective: This study aims to assess the immediate effects of action observation of specific neck exercises on neck pain intensity and pressure pain threshold in individuals with CNP when compared to observing a video with a natural scenery. Methods: This is a pilot randomized controlled trial. Participants with CNP were randomly allocated to the action observation (AO) group and to the control group. Both groups received a single session, in which the intervention was observing an 11-minute video. The AO group watched a video of a person performing specific therapeutic neck exercises while the control group watched a video of nature. Neck pain intensity, fear of movement, fear-avoidance beliefs and pressure pain threshold were assessed both at baseline and immediately post-intervention. Results: A total of 30 participants entered the study (AO group=15; control group=15). There was a statistically significant effect of time (baseline vs. post-intervention), but no significant interaction for group (control vs. experimental) for: pain intensity (p<0.001), with a mean decrease of 1.89 (35%) in the control group and 1.43 (30%) in the AO group; fear of movement (p=0.023) with a mean decrease of 1.8 (8.7%) in the control group and 1.4 (9.1%) in the AO group and fear-avoidance beliefs-work subscale (p=0.014) with a mean decrease of 0.47 (3.2%) in the control group and 2.27 (12.1%) in the AO group. No significant interaction between time and group (p≥0.069) nor a significant main effect of time (p≥0.547) was found for pressure pain thresholds. Conclusion: This study suggests that both AO technique and the observation of natural scenes reduced pain intensity, fear of movement and fear-avoidance beliefs related to work but had no effect over the pressure pain threshold in patients with CNP. Further studies with larger sample sizes are needed.

Enquadramento: A dor cervical crónica (CNP) é uma das condições musculoesqueléticas mais comuns. Está associada a fatores psicossociais, como stress, ansiedade e depressão, mas também a comprometimentos do sistema nervoso central, como alterações na modulação endógena da dor. A ação-observação (AO) é uma abordagem recente de neurorreabilitação que envolve o sistema de neurónios-espelho, na qual parece existir uma sobreposição entre a observação e a execução de um movimento. Atualmente, esta abordagem tem sido mais investigada na literatura, mas parece apresentar resultados contraditórios quanto ao seu efeito na CNP. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar os efeitos imediatos de observar a execução de exercícios cervicais específicos através da AO na intensidade da dor cervical e no limiar de dor à pressão em indivíduos com CNP, quando comparado à observação de uma paisagem natural. Métodos: Trata-se de um estudo piloto randomizado controlado. Os participantes com CNP foram alocados aleatoriamente para o grupo AO e para o grupo de controlo. Ambos os grupos receberam uma única sessão, na qual a intervenção consistiu na observação de um vídeo de 11 minutos. O grupo AO assistiu a um vídeo de uma pessoa a realizar exercícios específicos para a cervical e o grupo controlo assistiu a um vídeo com paisagens naturais. A intensidade da dor cervical, o medo de movimento, as crenças de medo-evitamento e o limiar da dor a pressão foram avaliados no pré e pós tratamento. Resultados: Um total de 30 participantes foram incluídos no estudo (grupo de AO=15; grupo de controlo=15). Encontrou-se um efeito estatisticamente significativo no tempo de avaliação (pré vs. pós intervenção), mas não para o grupo (controlo vs. experimental) para: intensidade da dor (p<0.001), com uma diminuição média de 1.89 (35%) no grupo controlo e 1.43 (30%) no grupo AO; medo do movimento (p=0.023) com uma diminuição média de 1.8 (8.7%) no grupo controlo e 1.4 (9.1%) no grupo AO e crenças de medo-evitamento em atividades relacionados com trabalho (p=0.014) com uma diminuição média de 0.47 (3.2%) no grupo controlo e 2.27 (12.1%) no grupo AO. Não foi encontrada interação significativa entre o tempo e grupo (p≥0.069) nem um efeito significativo para o tempo (p≥0.547) para os limiares de dor à pressão. Conclusão: Este estudo sugere que ambas as intervenções (AO e observação de paisagens naturais), reduziram similarmente a intensidade da dor, o medo do movimento e as crenças de medo-evitamento relacionadas ao trabalho, mas não tiveram impacto no limiar da dor à pressão em indivíduos com CNP. São necessários mais estudos com amostras superiores.