O catálogo aumentado na experiência museográfica: uma perspectiva do design

Abstract

Os museus que abrigam e divulgam a cultura através das exposições vêm sofrendo alterações nas últimas décadas devido, principalmente, ao desenvolvimento das tecnologias digitais, aos conceitos do museu transmedia e da cultura participativa. Nesse sentido, os espaços de exposições transformaram-se também em lugares de experiências e sensações onde, não apenas são preservadas obras, mas também são promovidas trocas de conhecimento e de reflexões. Essas mudanças foram aceleradas com a chegada do vírus Sars-Cov-2 e, consequentemente, da quarentena imposta em 2020 e 2021. Os museus tiveram que se readaptar a essa nova realidade e buscar novas formas de interagir com o público. Em vista disso, a tecnologia digital é uma ferramenta muito utilizada para promover novas ações museológicas. Por isso, o designer tem um papel importante na criação de ferramentas e técnicas participativas antes, durante e depois das exposições, através da museografia, de projetos de aplicativos, de quiosques multimédia, de sites e de catálogos que promovem experiências enriquecedoras. Um dos recursos usados por este profissional é a Realidade Aumentada, que está cada vez mais presente nos espaços museológicos, porém, ainda pouco utilizada em catálogos de exposições. Desse modo, o objetivo deste estudo é investigar como o catálogo de exposições com conteúdos aumentados pode complementar e ampliar a experiência museográfica. O resultado desta investigação teórica foi aplicado em um produto de design, o Catálogo aumentado da Baixela Germain, que foi testado com usuários e especialistas a fim de trazer um contributo para o design de interação e de experiência

The museums that house and disseminate culture through exhibitions have undergone changes in recent decades due mainly to the development of digital technologies, the concepts of the transmedia museum and participatory culture. In this sense, exhibition spaces have also become places of experience, sensations where, not only works are preserved, but also promote exchanges of knowledge and reflection. These changes were accelerated with the arrival of the Sars-Cov-2 virus and, consequently, the quarantine imposed in 2020 and 2021. Museums have had to adapt to this new reality and seek new ways to interact with the public. In view of this, digital technology is a widely used tool to promote new museological actions. Therefore, the designer plays an important role in creating participatory tools and techniques before, during and after exhibitions, through museography, application design, multimedia kiosks, websites and catalogues that promote enriching experiences. One of the resources used by this professional is Augmented Reality, which is increasingly present in museum spaces, but still little used in exhibition catalogues. Thus, the objective of this study was to investigate how the exhibition catalogue with augmented content can complement and expand the museographic experience. The result of this theoretical research was applied to a design product, the Augmented Catalogue of Baixela Germain, which was tested with users and experts in order to bring a contribution to the design of interaction and experience.