Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10773/34878
Title: Estudo dos preditores da qualidade de vida em mulheres sobreviventes de cancro da mama
Author: Paiva, Débora Machado
Advisor: Monteiro, Sara Otília Marques
Bártolo, Ana Cláudia Pereira
Keywords: Sobreviventes
Cancro de mama
Medo de progressão
Ansiedade
Depressão
Stress pós-traumático
Qualidade de vida
Defense Date: 11-Jul-2022
Abstract: O diagnóstico de cancro acarreta um distress psicológico significativo em todas as fases da doença. Níveis elevados de distress são comumente encontrados em sobreviventes de cancro de mama, o que afeta negativamente a sua qualidade de vida. O presente estudo objetivou (i) caracterizar os níveis de medo de progressão, distress, sintomatologia de stress pós-traumático e qualidade de vida de sobreviventes de cancro de mama; (ii) comparar o ajustamento psicossocial das sobreviventes diagnosticadas há menos de 3 anos, entre 3 a 5 anos e há mais de 5 anos; (iii) explorar a associação entre as variáveis medo de progressão, sintomatologia ansiógena, sintomatologia depressiva, de stress pós-traumático e qualidade de vida; e (iv) identificar preditores da qualidade de vida destas sobreviventes. A amostra incluiu 91 mulheres sobreviventes, com idades compreendidas entre os 28 e 66 anos, divididas em três grupos: (a) mulheres diagnosticadas há menos de 3 anos, (b) diagnosticadas entre 3 a 5 anos e (c) diagnosticadas há mais de 5 anos. Foi administrado o Fear of Progression Questionnaire – Short Form, a Hospital Anxiety and Depression Scale, o Quality of Life Questionnaire e o Posttraumatic Stress Disorder Checklist. Os resultados sugeriram que todas sobreviventes apresentavam níveis de medo de progressão moderados, que mulheres diagnosticadas entre 3 a 5 anos apresentavam sintomatologia clinicamente significativa nas dimensões de stress-postraumático, relacionadas com reexperienciação e hiperativação, e que os sintomas de ansiedade e depressão não foram clinicamente significativos. Não foi encontrado um efeito significativo do tempo de sobrevivência nos níveis de medo de progressão, ansiedade e depressão e stress pós-traumático. Relativamente à qualidade de vida, verificou-se uma diferença estatisticamente significativa no funcionamento social entre o grupo com diagnóstico entre 3 a 5 anos e o grupo diagnosticado há mais de 5 anos. Foi ainda encontrado um modelo de regressão estatisticamente significativo que identificou o medo de progressão como preditor do funcionamento emocional e social e a sintomatologia depressiva como preditora da qualidade de vida social, física e papel. Perante o aumento das taxas de sobrevivência em pacientes com cancro de mama torna-se essencial compreender e intervir nas vulnerabilidades manifestadas pelas sobreviventes, uma vez que as mesmas demonstram níveis de qualidade de vida inferiores à população. Este resultado pode estar associado à existência de sintomatologia ansiosa, depressiva e de stress pós-traumático e ao medo de progressão da doença experienciado.
A cancer diagnosis entails significant psychological distress at all stages of the illness. High levels of distress are commonly found in breast cancer survivors, which negatively affects their quality of life. The present study aimed to (i) characterise the levels of fear of progression, distress, post-traumatic stress symptoms and quality of life of breast cancer survivors; (ii) to compare the psychosocial adjustment of survivors diagnosed less than 3 years, between 3 and 5 years and more than 5 years ago; (iii) to explore the association between the variables fear of progression, anxiety symptoms, depressive symptoms, post-traumatic stress and quality of life; and (iv) to identify predictors of the quality of life of these survivors. The sample included 91 female survivors, aged between 28 and 66 years, divided into three groups: (a) women diagnosed less than 3 years ago, (b) diagnosed between 3 and 5 years ago and (c) diagnosed more than 5 years ago. The Fear of Progression Questionnaire – Short Form, the Hospital Anxiety and Depression Scale, the Quality of Life Questionnaire and the Posttraumatic Stress Disorder Checklist were administered. The results suggested that all survivors had moderate levels of fear of progression, that women diagnosed between 3 and 5 years had clinically significant symptomatology in the dimensions of stress-posttraumatic, related to re-experiencing and hyperactivation and that anxiety and depression symptoms were not clinically significant. No significant effect of survival time was found on levels of fear of progression, anxiety and depression and post-traumatic stress. With regard to quality of life, there was a statistically significant difference in social functioning between the group diagnosed between 3 and 5 years and the group diagnosed more than 5 years ago. A statistically significant regression model was also found that identified fear of progression as a predictor of emotional and social functioning and depressive symptomatology as a predictor of social, physical and role quality of life. Given the increase in survival rates in breast cancer patients, it is essential to understand and intervene in the vulnerabilities manifested by survivors since they show lower levels of quality of life than the population. This result may be associated with the existence of anxious, depressive and post-traumatic stress symptoms and the fear of disease progression experienced.
URI: http://hdl.handle.net/10773/34878
Appears in Collections:UA - Dissertações de mestrado
DEP - Dissertações de mestrado

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