Pilot study to evaluate the effects of a physical exercise program in the inflammatory profile of breast cancer survivors

Abstract

Breast cancer is the most common cancer and the most frequent cause of death among women. Cancer treatments tends to be aggressive, which negatively affects the quality of life not only for patients, but also of cancer survivors. Breast cancer survivors suffer from sequelae left by treatments, such as inflammation, fatigue, pain and dysfunctions in the immune system and metabolism. Regular practice of physical exercise may mitigate those sequelae. Physical exercise brings benefits, from psychological and physical well-being, decreased inflammation to stimulation of the immune system. That said, this project aimed to investigate the effect of an 8-week physical program MAMA_MOVE GAIA AFTER TREATMENT (MMGAT) with the use of aerobic and resistance training in the inflammatory profile of breast cancer survivors. Cytokines were quantified in serum samples from 16 participants at two moments: MC1 (before exercise) and ME1 (8 weeks of intervention). Immune cells and biochemical parameters were also evaluated. A correlation analysis was performed between immune cells, cytokines and metabolic markers. No significant changes were found in the levels of cytokines, except IL-10, where a decreased occurred. However, a tendency to decrease was observed in 50% of the participants in the cytokines IL-2, IL-4, IL-6, TNF-α and in 12 participants in IFN-γ. For immune cells, there was only a significant decrease in neutrophils. Finally, the metabolic markers, these remained within normal. The results indicate that the combined physical training did not alter the inflammatory profile of breast cancer survivors. However, physical exercise showed a tendency to reduce pro-inflammatory cytokines, which is beneficial to improve the inflammatory profile of breast cancer survivors. Further studies with a large number of samples and with a physical program with more duration may provide data with statistical significance, regarding the role of physical exercise in breast cancer survivors.

O cancro da mama é a patologia mais comum e a causa mais frequente de morte entre as mulheres. Os tratamentos oncológicos são agressivos, o que afeta negativamente a qualidade de vida não só dos pacientes, mas também dos sobreviventes do cancro. Os sobreviventes do cancro da mama vivem com sequelas deixadas pelos tratamentos. Entre essas sequelas, temos inflamação, fadiga, dores e disfunções no sistema imunitário. Uma forma de atenuar estes efeitos é a prática regular de exercício físico. O exercício físico traz inúmeros benefícios, desde ao bem-estar psicológico e físico, diminuição da inflamação até à estimulação do sistema imunitário. Posto isto, este projeto teve como objetivo investigar o efeito de um programa de exercício físico (MAMA_MOVE GAIA AFTER TREATMENT - MMGAT) com a utilização de treino combinado aeróbico e resistência com duração de 8 semanas no perfil inflamatório de sobreviventes do cancro da mama no período pós-menopausa. Foi realizada a quantificação de citocinas em amostras de soro recolhidas em 16 participantes em dois momentos: MC1 (antes da intervenção) e ME1 (8 semanas de intervenção). Células imunes e parâmetros bioquímicos também foram avaliadas. Uma análise de correlação foi feita de forma a averiguar correlações positivas entre as variáveis citocinas, células imunes e parâmetros bioquímicos. Não foram encontradas alterações significativas ao nível das citocinas, exceto IL-10, onde foi verificada uma diminuição desta. Porém, uma tendência para diminuir foi verificada em 50% dos participantes nas citocinas IL-2, IL-4, IL-6, IL-10 e TNF-α e em 12 participantes na citocina IFN-γ. Relativamente às células imunitárias, apenas se verificou uma diminuição significativa dos neutrófilos. Por último, os marcadores metabólicos e hormonais, estes se mantiveram dentro do normal após o exercício físico. Os resultados obtidos indicaram que o programa de exercício físico de treino combinado não alterou o perfil inflamatório dos sobreviventes do cancro da mama. Porém, o exercício físico mostrou uma tendência para diminuir as citocinas pró-inflamatórias, o que é benéfico para melhorar o perfil inflamatório das sobreviventes do cancro da mama. No futuro, estudos com uma maior amostragem e um maior prolongamento de programa de exercício físico poderá fornecer dados com maior significância estatística, face ao papel do exercício físico em sobreviventes do cancro da mama.