Publication overview on the occurrence and distribution of Cyanobacteria in Portugal over the past decades

Abstract

The occurrence of cyanobacterial blooms in Portugal is increasing in frequency and intensity, leading to severe impacts on the environment but also risks to human health due to the potential production of cyanotoxins. Historical records may play an important role to go further in the understanding of the occurrence patterns and ecology of blooms. The present research relies on the recovery of historical data reported for Portugal over the past decades, published on international journals. From the scientific web databases used, Scopus yielded the highest publication records (163) with the search criteria “Cyanobacteria” + “Portugal”. The number of publications exponencially increased since the nineties, with a peak in 2011. The University of Porto (particularly CIIMAR) was the dominant affiliation institution (112) with the highest publication outputs belonging to the author Vitor Vasconcelos (57). Data published between 1986 and 2011 reported 92 cyanobacterial taxa, mainly belonging to Microcystis (28,86%), Aphanizomenon (15,22%), Pseudanabaena (9,85%), Anabaena (8,66%) and Planktothrix (8,66%). Microcystis spp. were reported across the country: South (e.g. Alqueva, Monte Novo, Alvito, Roxo and Odivelas reservoirs); Centre (e.g. Vela and Mira Lakes; Aguieira reservoir); North (e.g. Torrão, Carrapatelo and Crestuma reservoirs; urban lakes; Minho River); and Azores (e.g. Sete Cidades Lake). Reported cyanotoxins included microcystins, saxitoxins, anatoxin-a and cylindrospermopsin. The resulting taxa checklist is an important contribution to feed databases on the occurrence of Cyanobacteria in Portugal. Nevertheless, further research should focus on the correspondence of differently named strains to establish historical tracks, namely through molecular data, in order to increase light on their reincidence in target water bodies prone to develop cyanobacterial blooms.

A ocorrência de blooms de cianobactérias em Portugal está a aumentar em frequência e intensidade, levando a impactos graves no ambiente, mas também a riscos para a saúde humana devido à potencial produção de cianotoxinas. Os registos históricos podem desempenhar um papel importante para ir mais longe na compreensão dos padrões de ocorrência e da ecologia dos blooms. A presente investigação baseia-se na recuperação de dados históricos reportados para Portugal ao longo das últimas décadas, publicados em revistas internacionais. A partir das bases de dados científicas utilizadas, a Scopus apresentou os registos de publicação mais elevados (163) com os critérios de pesquisa "Cianobactérias" + "Portugal". Nos anos 90, o número de publicações começou a aumentar exponencialmente, com um pico em 2011. A Universidade do Porto (em particular o CIIMAR) foi a instituição de filiação dominante (112) com os maiores resultados de publicação pertencentes ao autor Vitor Vasconcelos (57). Dados publicados entre 1986 e 2011 reportaram 92 taxa de cianobactérias, pertencentes principalmente a Microcystis (28,86%), Aphanizomenon (15,22%), Pseudanabaena (9,85%), Anabaena (8,66%) e Planktothrix (8,66%). Diversos taxa de Microcystis foram reportados em todo o país: no Sul (por exemplo Albufeiras do Alqueva, Monte Novo, Alvito, Roxo e Odivelas); no Centro (Lagoas da Vela e Mira; Albufeira da Aguieira); no Norte (Albufeiras do Torrão, Carrapatelo e Crestuma; lagos urbanos; Rio Minho); e nos Açores (Lagoa das Sete Cidades). Das cianotoxinas relatadas neste período, destacam-se as microcistinas, saxitoxinas, anatoxina-a e cilindrospermopsina. A lista dos taxa resultantes é uma contribuição importante para bases de dados sobre a ocorrência de cianobactérias em Portugal. No entanto, investigação adicional deve ser desenvolvida na correspondência de estirpes com nomes diferentes para estabelecer trilhos históricos, nomeadamente através de dados moleculares, a fim de aumentar a luz sobre a sua reincidência em diversos sistemas aquáticos propensos aos blooms cianobacterianos.