Bullying and cyberbullying at work in Portugal

Abstract

The purpose of this study is to analyse the incidence of workplace bullying and cyberbullying in Portugal and to find out if there are differences in terms of gender, age, and academic qualifications. It also aims to understand whether remote working and job autonomy influence the occurrence of these negative behaviors at work. Firstly, a literature review was conducted in order to acquire a more comprehensive knowledge on the subjects. Then, a quantitative methodology was used with the application of a questionnaire that allowed to collect 403 valid answers. Data were analysed using SPSS software. Descriptive analysis, t-test, ANOVA, and correlations were performed. It was found that 38.2% of the respondents felt victimized by workplace bullying during the last 12 months and 22.8% felt cyberbullied. The negative work-related behaviours are the most frequent. It was shown that workplace bullying and cyberbullying had a strong psychological and/or emotional, physical, and work-related impact in those who felt victimized. The results indicate that exposure to bullying and cyberbullying at work varies according to academic qualifications, with more qualified people being more victims of these negative acts. In turn, no differences were found for gender and age, nor for remote working. Regarding job autonomy, the results indicate that there is a negative correlation between job autonomy and workplace bullying, as well as between job autonomy and cyberbullying at work.

O objetivo deste estudo é analisar a incidência de assédio moral e cyberbullying no trabalho em Portugal assim como averiguar se há diferenças ao nível do género, idade e qualificações académicas. Pretende-se ainda compreender se o teletrabalho e a autonomia profissional influenciam a existência destes comportamentos negativos no meio laboral. Primeiramente, foi elaborada uma revisão se literatura com vista a obter um conhecimento mais abrangente sobre os temas. Em seguida, foi utilizada uma metodologia quantitativa com a aplicação de um questionário que permitiu recolher 403 respostas válidas. Os dados foram analisados utilizando o software SPSS. Foram realizadas análises descritivas, teste t, ANOVA e correlações. Verificou-se que 38.2% dos inquiridos se sentiram vítimas de assédio moral nos últimos 12 meses e 22,8% se sentiram vítimas de cyberbullying. Os comportamentos negativos relacionados com o trabalho são os mais frequentes. Foi demonstrado que o assédio moral e o cyberbullying tiveram um forte impacto psicológico e/ou emocional, físico e laboral naqueles que se sentiram vitimizados. Os resultados indicam que a exposição ao bullying e cyberbullying no trabalho varia consoante as qualificações académicas, sendo as pessoas mais qualificadas mais vítimas destes atos negativos. Por sua vez, não foram registadas diferenças quanto ao género e idade, nem quanto ao teletrabalho. Relativamente à autonomia no trabalho, os resultados indicam que existe uma correlação negativa entre a autonomia e o assédio moral no trabalho, bem como entre a autonomia e o cyberbullying.