Impact of workplace violence on work ability: the mediating role of fear, anxiety, and prevention climate

Abstract

Violence at work is a phenomenon that has been increasing and is today a human rights and public health issue. Its immediate and long-term negative effects on individuals’ health and well-being determine organizations’ adoption of measures to prevent their exposure to it and minimize its consequences. In this context, the main aims of this research were to: (i) assess the impact of workplace violence on work ability; and (ii) examine how fear, anxiety and a violence prevention climate can influence the effect of physical violence, psychological aggression and vicarious violence on work ability. Four studies were carried out: a study reviewing the effects of psychological aggression on workers, a study validating a measure to assess the organizational climate of physical and psychological violence prevention and two studies testing measurement models seeking better understanding of how violence at work affects individuals’ work ability. The data for the empirical studies were gathered from a sample of Portuguese nurses who answered an online questionnaire. Analysis of the results highlights the following contributions to research and practice: First, the systematic review brings to the fore, due to the associated harmful effects, the need to prevent one of the most frequent forms of violence at work, psychological aggression. Based on the evidence, strategies leading to its prevention are also suggested. Secondly, with the study of the psychometric properties of the Portuguese version of the Violence Prevention Climate Scale (Kessler et al., 2008) is validated an instrument for the Portuguese population able to measure policies, procedures and practices implemented in organizations that lead to preventing violence at work. Thirdly, the results of the mediation models showed the existence of an indirect effect between workplace violence and work ability, as it is mediated by fear, anxiety and prevention climate. This evidence is important for the development of programs and interventions aimed to prevent and reduce the effects of workplace violence.

A violência no trabalho é um fenómeno que tem vindo a aumentar e é hoje uma questão de direitos humanos e saúde pública. Os seus efeitos negativos, imediatos e a longo prazo, na saúde e bem-estar dos indivíduos determinam a adoção, pelas organizações, de medidas que previnam a sua exposição e minimizem as suas consequências. Neste contexto, os principais objetivos da presente investigação foram: (i) avaliar o impacto da violência no trabalho na capacidade para o trabalho; e (ii) examinar como o medo, a ansiedade e o clima de prevenção da violência podem influenciar o efeito da violência física, agressão psicológica e violência vicariante na capacidade para o trabalho. Foram realizados quatro estudos: um estudo de revisão dos efeitos da agressão psicológica nos trabalhadores, um estudo de validação de uma medida que avalia o clima organizacional de prevenção da violência física e psicológica e dois estudos que testam modelos de mediação procurando melhor compreender como a violência no trabalho afeta a capacidade para o trabalho dos indivíduos. Os dados dos estudos empíricos foram recolhidos a partir de uma amostra constituída por enfermeiros portugueses que responderam a um questionário disponibilizado online. Da análise dos resultados destacam-se os seguintes contributos para a investigação e a prática: Primeiro, a revisão sistemática veio colocar na agenda, pelos efeitos nefastos a que está associada, a necessidade de prevenir uma das formas mais frequentes de violência no trabalho, a agressão psicológica. Com base na evidência são ainda sugeridas estratégias conducentes à sua prevenção. Segundo, com o estudo das propriedades psicométricas da versão portuguesa da Violence Prevention Climate Scale (Kessler et al., 2008) é validado um instrumento para a população portuguesa capaz de medir políticas, procedimentos e práticas implementadas na organização conducentes à prevenção da violência no trabalho. Terceiro, os resultados dos modelos de mediação mostraram a existência de um efeito indireto entre violência no trabalho e capacidade para o trabalho já que mediado pelo medo, ansiedade e clima de prevenção. Esta evidência é importante para o desenvolvimento de programas e intervenções destinadas a prevenir e a reduzir os efeitos da violência no trabalho.