The persistence of mismatches in the transition to employment: a university-level study

Abstract

A series of recent studies suggest that, while education-job mismatches decrease throughout graduates’ initial career years, they leave a scarring effect lowering the likelihood of finding an adequate match in the future and resulting in lasting earnings penalties. Such research also shows that such effects are reinforced when education and skill mismatches are combined. This dissertation uses a university-level follow up alumni survey to account for the persistence effects of such job-education mismatches in graduates’ earnings and careers during their initial transition to employment. We make use of the detailed and institutional nature of the dataset, namely the collection of data in two different points in time, in order to control for both observed and unobserved individual determinants of earnings. The analyses reveal that the existence of education-job mismatches has a negative effect on graduates’ wage returns, effects that persist to a large extent during the first years in the labour market. They also reveal important interaction effects between attaining a Master’s degree and the probability of mismatch. This interaction results in significant earnings premiums for postgraduates (vis-à-vis first-degree graduates) but does not exempt them from the earnings penalties associated with different types of mismatch (although lower than those of mismatched first-degree graduates). Our research results seem to confirm the importance of demand-side factors (associated with the specific characteristics of the Portuguese productive structure) in conditioning graduates’ earnings trajectories.

Estudos recentes sugerem que, embora os desajustamentos educação-trabalho diminuam ao longo dos anos iniciais de carreira dos diplomados, estes conseguem deixar um efeito de cicatriz que diminui a probabilidade desses mesmos diplomados virem a conseguir encontrar uma correspondência adequada no futuro, o que resulta em penalizações salariais duradouras. Estes estudos mostram também que esses efeitos são reforçados quando os desajustamentos educacionais e de competências são combinados. Esta dissertação utiliza um inquérito a nível universitário de acompanhamento de alumni para medir a magnitude e persistência desses efeitos de desencontro nos rendimentos e nas carreiras dos recém-diplomados. Fazemos uso da natureza detalhada e institucional do conjunto de dados obtido, nomeadamente, a existência de dois momentos de recolha de dados desfasados no tempo, para controlar a importância relativa de efeitos individuais observáveis e não observáveis associados quer às características de formação dos diplomados, quer à natureza dos empregos que estes desempenham. As análises desenvolvidas revelam que a existência de desajustamentos educação-trabalho são frequentes (atingindo mais de dois terços dos diplomados mesmo três anos depois da conclusão do curso) e que provocam um efeito negativo ao nível dos retornos salariais dos diplomados do ensino superior. Mostram também que esses efeitos persistem em larga medida durante os primeiros anos no mercado de trabalho. Revelam ainda importantes efeitos de interação entre a obtenção do segundo ciclo de Ensino Superior (mestrados) e essa condição de desajustamento. Essa interação resulta em prémios significativos para mestres (face aos licenciados) mas, ainda assim, não isenta diplomados de segundo ciclo das penalizações decorrentes desse tipo de desencontros (embora menores do que no caso de licenciados em situações de desajustamento). Os resultados desta investigação parecem confirmar a importância das características da estrutura produtiva da Economia Portuguesa no condicionamento dos salários atribuídos aos diplomados do ensino superior.