Reliability and validity of the International Physical Activity Questionnaire Short- Form (IPAQ-sf) in people with COPD

Abstract

Background: People with chronic obstructive pulmonary disease (COPD) present low levels of physical activity (PA) in daily life and they are advised to undertake as much PA as their health allows. Since PA is crucial to improve COPD prognosis, its assessment and promotion is a priority. The International Physical Activity Questionnaire Short-Form (IPAQ-sf) is widely used for this propose, but there is limited evidence on its clinimetric properties in COPD. Aim: This study aimed to assess the test-retest reliability and validity of the IPAQ-sf in people with COPD. Methods: This prospective cross-sectional non-experimental study assessed the validity of IPAQ-sf in 55 participants using accelerometry (ActiGraph GT3X+) and the test-retest reliability/agreement using the IPAQ-sf results obtained in two different occasions. The period between the two assessments was 7 days, corresponding to the time that participants were using the accelerometer. Test-retest reliability/agreement was assessed with: intraclass correlation coefficient (ICC 95% CI), 95% limits of agreement (95% LoA), standard error of measurement (SEM) and minimal detectable change (MDC95) for continuous variables; and percentage of agreement for categories “physically inactive” vs “physically active” and “low PA”, “moderate PA” and “high PA”. The criterion validity of IPAQ-sf was assessed using Spearman’s correlations (ρ) between results obtained from IPAQ-sf (METSmin/week, time in vigorous and moderate PA and walking) and the accelerometer-based data (total METs-min/week, time in vigorous and moderate PA per week and step counts). For categorical variables was use percentage of agreement and Cohen’s kappa coefficient, as well as sensitivity and specificity.Results: Test-retest reliability of the IPAQ-sf METs-min/week was acceptable (ICC=0.738, 95% CI 0.629 ─ 0.873) but with wide 95% LoA (-5713 ─ 4793.3 METs-min/week). SEM and MDC95 were 1844.7 and 5113.3 METs-min/week, respectively. The agreement among IPAQ-sf categories of PA intensities was 67.3% with moderate weighted Cohen’s kappa of 0.523 (95% CI 0.352 ─ 0.693). The agreement in identifying “physically active” and “physically inactive” patients increase to 85.45% with substantial kappa of 0.660 (95% CI 0.444 ─ 0876). Significant, positive and moderate were found between IPAQ-sf METs-min/week and accelerometer-based data (0.515≤ρ≤0.596), except for time in vigorous PA which has no statistical significance (p>0.05). Agreement between the IPAQ-sf and accelerometer in identifying “physically inactive” and “physically active” patients was 67.3%, with fair Cohen’s kappa of 0.350 (95% CI 0.279 ─ 0.571). The IPAQ-sf presented a high sensitivity (0.89, 95% CI 0.887 ─ 0.891) but a low specificity (0.46, 95% CI 0.46 ─ 0.47). Conclusion: Overall, the present findings seem to suggest that the IPAQ-sf could not be the most appropriate measurement tool in patients with COPD to assess their PA levels.

Enquadramento: Pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) apresentam baixos níveis de atividade física em comparação com as pessoas saudáveis. Como tal, são aconselhados pelos profissionais de saúde para realizarem o máximo de atividade física (AF) que a sua condição de saúde permitir. Uma vez que a AF tem um papel benéfico no prognóstico da doença, a sua avaliação e promoção torna-se crucial. O Questionário Internacional de Atividade Física versão curta (IPAQ-sf) é muito usado para avaliar a AF, no entanto ainda existe evidência limitada acerca das suas propriedades clinimétricas na DPOC. Objetivo: O objetivo deste estudo consistiu na avaliação da fiabilidade teste-reteste e validade do IPAQ-sf em pessoas com DPOC. Métodos: Cinquenta e cinco participantes, com média de idades de 68.6±7.8 anos, 48 homens (87.3%), FEV1 52.3±22.5% do predito, preencheram o IPAQ-sf e usaram o acelerómetro à cintura durante 7 dias. Posteriormente voltaram a preencher o IPAQ-sf. A fiabilidade teste-reteste e a percentagem de acordo foram avaliadas para as variáveis contínuas através do coeficiente de correlação intra-classe (ICC, 95% CI), dos 95% limites de acordo (95% LoA), do erro standard de medida (SEM) e da mudança mínima detectável (MDC95). Para as variáveis categóricas “fisicamente ativo” vs. “fisicamente inativo” e “baixa AF”, “moderada AF” e “elevada AF” usou-se a percentagem de acordo. A validade foi avaliada através de correlações de Spearman (ρ) entre o IPAQ-sf (METsmin/semana, tempo em AF vigorosa, moderada e caminhada) e para as variáveis do acelerómetro (METs-min/semana, tempo em AF vigorosa e moderada e contagem de passos). Para as variáveis categóricas recorreuse à percentagem de acordo, ao kappa de Cohen, à sensibilidade e à especificidade (95% CI). Resultados: A fiabilidade teste-reteste apresentou resultados aceitáveis (ICC=0.738, 95% CI 0.629 ─ 0.873) mas com 95% LoA largos (-5713 ─ 4793.3 METs-min/semana). O SEM e a MDC95 foram 1844.7 e 5113.3 METs-min/semana, respetivamente. O acordo entre as duas aplicações do IPAQ-sf foi de 85.5% (kappa=0.660, 95% CI 0.444 ─ 0.876). Foram encontradas correlações positivas, moderadas e significativas entre os METs-min/semana através do IPAQ-sf e do acelerómetro (0.515≤ρ≤0.596), exceto para a AF vigorosa (p>0.05). O acordo entre os dois instrumentos foi de 67.3% (kappa=0.350, 95% CI 0.279 ─ 0.571), apresentando alta sensitividade (0.89, 95% CI 0.887 ─ 0.891) mas baixa especificidade (0.46, 95% CI 0.46 ─ 0.47). Conclusão: Os presentes resultados sugerem que o IPAQ-sf pode não ser a medida mais adequada para avaliar a AF em doentes com DPOC.