Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10773/28608
Title: Programa de exercício físico e hipertensão resistente: estudo exploratório da perceção dos participantes
Author: Diniz, Filipa
Advisor: Figueiredo, Daniela Maria Pias de
Silva, Carlos Fernandes da
Keywords: Hipertensão arterial resistente
Pressão arterial
Exercício físico
Ansiedade
Depressão
Entrevistas em grupo focal
Defense Date: 29-Nov-2019
Abstract: A Hipertensão Arterial (HTA) é uma doença crónica caraterizada pelos níveis elevados de Pressão Arterial (PA), representando a principal causa reversível das Doenças Cardiovasculares (CV), que são responsáveis por cerca de um terço da mortalidade e da morbilidade em Portugal. No caso em que os valores de PA não diminuem com a estratégia farmacológica para o tratamento de HTA, considera-se o diagnóstico de HTA resistente (HTAr). Os pacientes diagnosticados com HTAr podem beneficiar da prática regular de exercício físico resultando na diminuição da PA. A relação entre os sintomas ansiogénicos e/ou depressivos e a HTA tem sido estudada, e apesar dos resultados inconsistentes esta relação tem sido evidenciada. Para além do exercício físico ser recomendado a pacientes com HTAr, este é também benéfico para a redução da ansiedade e depressão. Este estudo tem como objetivos a análise dos efeitos preliminares de um programa de exercício físico em pacientes com HTAr e a exploração das perceções dos participantes relativamente ao mesmo. Este estudo está inserido num projeto de investigação mais alargado intitulado “Papel do Exercício Físico no Tratamento da Hipertensão Resistente”, que consistiu em analisar os efeitos de um programa de exercício físico para pessoas com HTAr, com a duração de três meses. Os participantes foram metodicamente selecionados para a constituição do grupo experimental (treino de exercício) e o grupo de controlo (tratamento usual). As variáveis referentes à PA e à sintomatologia ansiosa e depressiva foram recolhidas antes e após o programa. De seguida, foram conduzidas entrevistas semiestruturadas em grupo focal, para explorar a perceção dos participantes relativamente ao programa e à prática de exercício. Os resultados de natureza quantitativa demonstraram uma diminuição da PAS (Pressão Arterial Sistólica) (p=0,017) em 72,7% dos participantes, da PAD (Pressão Arterial Diastólica) (p=0,027) em 68,2% participantes e da sintomatologia depressiva (p=0,007) em 65,2% participantes. Relativamente à análise das entrevistas emergiram cinco categorias: 1) principais impactos após a participação no programa de exercício físico; 2) facilitadores à adesão ao programa de exercício físico; 3) barreiras percebidas à prática de exercício físico; 4) perceção quanto à estrutura do programa de exercício; e 5) satisfação global com o programa. Esta análise mostrou que vários participantes identificaram mudanças positivas no seu bem-estar físico e emocional depois do programa, havendo uma diminuição do stress e irritabilidade no seu dia-a-dia além da diminuição da PA. A adesão ao programa de exercício físico foi facilitada, de acordo com os participantes, pelo acompanhamento profissional e personalizado, pelo compromisso de comparecer aos treinos e a disponibilidade de horários. Por outro lado, os participantes referiram a falta de motivação, falta de companhia, limitações na saúde física e dificuldade em conciliar horários como barreiras à continuação da prática de exercício físico. Concluiu-se que os benefícios percebidos pelos participantes são importantes indicadores para a adesão ou continuação da prática de exercício físico, não desvalorizando as barreiras percebidas. Este estudo tem uma abordagem inovadora por focar a análise da perceção dos próprios participantes, indo além dos dados clínicos quantitativos.
Arterial Hypertension (or High Blood Pressure - HBP) is a chronic disease characterised by high levels of Blood Pressure (BP), which is the main reversible cause of the Cardiovascular Diseases (CVDs), that are responsible for around one third of the mortality and morbidity in Portugal. When BP values do not decrease with pharmaceutical treatment for HBP, it is considered the diagnosis of resistant hypertension (RHTN). Patients diagnosed with RHTN may benefit of regular physical activity resulting on BP decrease. The relationship between anxiety and/or depressive symptoms and hypertension has been studied, and despite the inconsistent results this has been demonstrated. Physical activity is recommended to patients with RHTN, but it is also beneficial for the reduction of anxiety and depression. This study aims to analyse preliminary effects of a physical activity program on patients with RHTN and to explore the perceptions of the participants about the program. This study is part of a larger research project entitled “The Role of Exercise Training in the Treatment of Resistant Hypertension”, that consisted in a three months physical activity program for people with RHTN. Participants were methodically selected for the experimental group (physical training) and control group (usual treatment). Variables related to BP and to anxious and depressive symptomatology were collected before and after the program. Then, semistructured focus group interviews were conducted to explore the perception of the participants about the program. Quantitative results demonstrated a decrease of SBP (Systolic Blood Pressure) (p=0,017) in 72,7%, DBP (Diastolic Blood Pressure) (p=0,027) in 68,2% and the depressive symptomatology (p=0,007) in 65,2% of the participants. Five main categories emerged from interviews’ analyses: 1) main impacts after participation in the physical activity program; 2) facilitators of adherence to the physical activity program; 3) perceived barriers to physical activity; 4) perception of physical activity program structure; and 5) global satisfaction with the program. This analysis showed that several participants identified positive changes on their physical and emotional well-being after the program, associated with a decrease of stress and irritability on their daily life as well as a decreased BP. According to the participants, adherence to physical activity program was facilitated by the professional and personalized monitoring, the commitment to attend the training and the availability of different schedules. On the other hand, participants referred lack of motivation, lack of company, physical health limitations and difficulty in conciliating schedules as barriers to the continuation of physical activity. We concluded that the benefits perceived by the participants are important indicators of adherence and persistence of physical activity, despite the perceived barriers. This study has an innovative approach by focusing on the participants' own perception analysis, going beyond quantitative clinical data.
URI: http://hdl.handle.net/10773/28608
Appears in Collections:UA - Dissertações de mestrado
DEP - Dissertações de mestrado

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