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http://hdl.handle.net/10773/22662
Title: | Carnivores and anthropogenic habitats : threats or opportunities? |
Other Titles: | Carnívoros e habitats antropogénicos : ameaças ou oportunidades? |
Author: | Vale, Rita Ribeiro de Sousa Lacerda do |
Advisor: | Matos, Milena Marina Amaral dos Santos Ferreira, Eduardo Manuel Silva Loureiro Fonseca, Carlos Manuel Martins Santos |
Keywords: | Ecologia aplicada Carnívoros - Habitat Raposas Ginetas |
Defense Date: | 2017 |
Publisher: | Universidade de Aveiro |
Abstract: | O crescimento da população humana tem levado a alterações globais
pela transformação de habitats naturais em explorações agrícolas, florestais e áreas urbanizadas. V arias espécies, nomeadamente Carnívoros,
encontraram uma forma de se adaptarem a zonas urbanas. Com este
estudo pretendemos perceber se os habitats antropogénicos podem ser
ameaças ou oportunidades para duas espécies de carnívoros, raposa
vermelha (Vulpes vulpes) e gineta comum (Genetta genetta). Para
tal, foram recolhidos dados de fatores ambientais dentro de duas áreas
circulares de diâmetros fixos, correspondendo á área vital mínima e
média de cada espécie e divididos em quatro hipóteses. A influência
das variáveis ambientais sobre as duas espécies de carnívoros foi avaliada
com base nos dados de abundância relativa e presenç - ausência de
raposa e gineta. Os carnívoros foram amostrados com armadilhagem
fotográfica. Os resultados mostram que o modelo de perturbação o
que melhor explica os padrões de abundância das raposas, e que o
modelo híbrido melhor explica a abundância relativa das ginetas. Foram
também incluídas variáveis temporais para testar os padrões de atividade
das espécies. A nossa hipótese de que a disponibilidade de recursos iria
afetar positivamente as espécies foi refutada por não termos considerados
os hábitos generalistas destas espécies. A nossa previsão de que
zonas de eucalipto e folhosas iriam oferecer refúgio foi contrariada pela
escolha de zonas urbanas pela raposa, possivelmente relacionada com
a disponibilidade de refúgio e alimento, e a escolha de zonas próximas
a eucalipto pela gineta, o que pode ser um falso positivo uma vez
que pelo seu comportamento arborícola podem não ser tão facilmente
registadas em locais com maior complexidade vegetal. Nós esperávamos
que as variáveis antropogénicas tivessem um influência negativa
na abundância relativa das espécies. No entanto, os nossos resultados
mostram uma associação da raposa a zonas urbanas. A gineta está
menos ativa durante o pôr do sol quando há maior atividade humana.
A altitude teve um efeito significativo na abundância e presença de
ginetas, talvez por estes animais estarem a usar vales, associados a
cursos de água. No geral, a raposa parece ser menos afetada por habitats
antropogénicos do que a gineta, provavelmente devido a sua capacidade
de adaptação. Os habitats antropogénicos podem funcionar
como ameaças mas podem ser melhorados para minimizar o seu efeito
na vida selvagem e tornarem-se oportunidades. A amostragem de vida
selvagem deve ser feita regularmente para a correta implementação de
medidas de mitigação, que podem passar por passagens superiores e
inferiores nas rodovias, reconfiguração da oresta e educação ambiental. Human population growth is leading to global changes as natural habitat is transformed into farmlands, industrial forestry stands and urban areas with a negative impact on biodiversity. Several species, including carnivores, found a way to adapt to urban areas. This study aims to understand if anthropogenic habitat are threats or opportunities for two carnivore species: red foxes (Vulpes vulpes) and common genet (Genetta genetta). Data on environmental factor was collected within the average and minimum core area bu er of each species and pertaining to four hypothesis. The in uence of these environmental drivers on the two carnivore species was evaluated using the relative abundance and presence-absence data of red foxes and genets. Carnivores were sampled using camera-trap. Our results show that within both bu ers, the best model in the disturbance category best explains the relative abundance patterns of red foxes, while the the hybrid model (which comprises all best models of all categories) best explained the relative abundance of genets. A category including temporal variables was added to test species activity patterns. This category explained more of the deviance to the null model than spatial variables. We hypothesised that resources availability would have a positive e ect on species but failed to consider red foxes' and genets' generalists feeding behaviour. We predicted that both eucalyptus and broadleaf tree areas would provide refuge for both species. However,red foxes seem to explore urban areas, which can o er food, as genets chose eucalyptus areas as refuge. The latter can be a misleading results as the arboreal behaviour of this species can in uence records. We expected that anthropogenic variables would negatively in uence species' relative abundance and presence. Genets are less active during higher human activity periods, showing higher activity around dawn than around dusk, during most of the year. Altitude had a signi cant e ect on genets' relative abundance and presence. Perhaps because these animals are using river valleys. In general, red foxes seem to be less a ect by anthropogenic habitats then genets, probably because of this species high adaptability. Anthropogenic habitats can work as both threats and opportunities but can be improved in order to minimize its e ect on wildlife. Wildlife surveys should happen frequently in order to implement mitigation measures, such as under or over road passages, forest recon guration and environmental education. With these and other policies, habitats can become opportunities for wildlife. |
Description: | Mestrado em Ecologia Aplicada |
URI: | http://hdl.handle.net/10773/22662 |
Appears in Collections: | UA - Dissertações de mestrado DBio - Dissertações de mestrado |
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