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http://hdl.handle.net/10773/13818
Title: | Saúde mental em tempo de crise: um estudo no concelho de Águeda |
Author: | Fonseca, Gil Nadais Resende da |
Advisor: | Pereira, Anabela Sousa |
Keywords: | Psicologia clínica Psicologia da saúde Desemprego - Águeda (Aveiro) Saúde mental Ansiedade Sofrimento Depressão Crise económica Desemprego - Aspectos psicológicos |
Defense Date: | 2014 |
Publisher: | Universidade de Aveiro |
Abstract: | Em Portugal, no último trimestre de 2013, a taxa de desemprego situava-se
nos 15.3%, o que em número de população desempregada representava
826,7 mil pessoas (INE, 2014). Embora a taxa de desemprego tenha vindo a
descer em Portugal, esta continua a ser a terceira taxa mais alta da OCDE, a
seguir à Grega e à Espanhola (OCDE 2014). Durante muitos anos Águeda foi
um concelho onde o desemprego era praticamente inexistente. No entanto, o
foi de repente confrontado com um problema com o qual não estava habituado
a lidar: o desemprego. Existem evidências de que esta problemática pode
acarretar várias consequências a nível psicológico, afetando negativamente a
vida do indivíduo, na sua saúde mental, aumentando o sofrimento psicológico,
a ansiedade e a depressão, visto que o trabalhador se responsabiliza, muitas
vezes, pela falta de qualificações, privações materiais e pelo seu próprio
desemprego. Neste sentido, a discussão sobre saúde mental e desemprego é
considerada pertinente devido aos efeitos prejudiciais que essa situação pode
produzir na saúde do indivíduo, e na sociedade em geral, porque não é apenas
a pessoa sujeita a desemprego que fica afetada no seu potencial, são as
relações familiares que se degradam e que afetam também, de forma mais
lata, os grupos sociais onde o indivíduo se integra.
Assim, com este trabalho pretende-se caracterizar uma amostra de indivíduos
desempregados e avaliar o impacto que o desemprego tem na sua saúde
mental.
A amostra foi constituída por 252 cidadãos do concelho de Águeda, em que
153 são desempregados e 99 tem um emprego estável. Os instrumentos
utilizados foram: um questionário sociodemográfico, um questionário de
acontecimentos de vida stressantes, o Inventário de Saúde Mental de 5 itens
(MHI-5; Veit & Ware, 1983; versão portuguesa de Pais Ribeiro, 2001) e os
Termómetros Emocionais (Mitchell, 2009; versão portuguesa de investigação
de Pereira & Teixeira, 2010).
Os resultados sugerem que tanto os empregados como os desempregados
apresentam valores baixos de saúde mental, com uma maior prevalência de
sofrimento emocional, ansiedade, revolta e necessidade de ajuda junto dos
participantes desempregados, com tendência a aumentar à medida que o
tempo de desemprego avança, tal como referido na literatura (Menezes &
Dedecca, 2006). In Portugal, in the last quarter of 2013, the unemployment rate stood at 15.3%, which in numbers refers to 826,7 thousand persons (INE, 2014). Although the unemployment rate in Portugal has been decreasing, this remains the third highest rate in the OECD, after the Greek and Spanish rates (OECD, 2014). Águeda was for many years a city where unemployment was virtually inexistent. However, this city suddenly faced with a problem which was not prepared to deal with: unemployment. There are evidences that this problem can lead to several psychological consequences, affecting negatively individual's life and mental health, increasing psychological distress, anxiety and depression, given that the unemployed often feels responsible for his lack of qualifications, material deprivation, and his own unemployment. Thus, the study about the effect of unemployment in mental health is considered appropriate due to the negative effects that it may have on the individual's health, and in society, because it is not just the unemployed who is affected in its potential, are the family relationships that degrade and mostly, the social groups where the individual belongs. Thus, this study aims to characterize a sample of unemployed individuals and assess the impact that unemployment has on their mental health. The sample consisted of 252 citizens of Águeda, in which 153 are unemployed and 99 have a steady job. The instruments used were: a socio-demographic questionnaire, a questionnaire of stressful life events, the 5-items Mental Health Inventory (MHI-5; Veit & Ware, 1983; Portuguese version of Pais- Ribeiro, 2001) and the Emotional Thermometers (Mitchell , 2009; Portuguese research version of Pereira & Teixeira, 2010). The results suggest that both the employees and the unemployed have low levels of mental health, with a higher prevalence of emotional distress, anxiety, anger and need for help among unemployed participants, with a tendency to increase as the extent of unemployment progresses, as mentioned in the literature (Menezes & Dedecca, 2006). |
Description: | Mestrado em Psicologia - Psicologia Clínica e da Saúde |
URI: | http://hdl.handle.net/10773/13818 |
Appears in Collections: | UA - Dissertações de mestrado DEP - Dissertações de mestrado |
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