Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10773/39209
Title: Ergonomia social
Author: Providência, Francisco
Issue Date: Sep-2016
Publisher: Createspace Independent Publishing Platform
Abstract: A aplicação da ergonomia à escala da sociedade, confronta-nos necessariamente com uma dimensão económica, social e política de compreensão do artificial. No seu todo, a biotécnica das relações entre o homem e a máquina, entre o homem, a produção e o consumo, visando a segurança, a eficiência e, consequentemente, a perpetuação da vida humana, implicam o redesenho da sociedade. A Ergonomia social, nas sociedades neoliberais e democráticas, vive um paradoxo entre o desejo, a necessidade de consumo e a insustentabilidade do sistema vigente. Autores como Ezio Manzini, ou Alastair Fuad-Luke têm vindo a investigar alternativas de organização social, orientados para a mudança de uma mentalidade (mais solidária, coletiva e responsável). O design, nestes casos, é usado para a representação de procedimentos, serviços, ou para a motivação da coesão social. Reconhecemos nestas iniciativas uma espécie de engenharia orientada para a inovação social (engenharia social) e o desejo político da sua disseminação global. Na componente “nomia” a que se associou “ergo”, identifica-se um traço normativo, de regra, a que o funcionalismo do design sempre aspirou. No frágil equilíbrio democrático, é a regra do grupo que se opõe à liberdade dos indivíduos. No entanto, a especificidade exclusiva das comunidades sociais alternativas ao sistema (sementes de uma nova ordem social), não constituem se não um ensaio de complementaridade, já que sobrevivem partilhando os benefícios do sistema que contestam. A compreensão do tema “ergonomia social” no contexto da situação portuguesa contemporânea (e talvez de toda a Europa), não contestando o princípio de consumir menos para viver melhor defendido por Manzini, radica na concertação dos interesses produtivo, científico e social de uma terceira revolução industrial, capaz de assegurar, pela exportação de bens transacionáveis, as condições de sustentabilidade social e económica de um país pequeno e externamente financiado para consumir mais do que aquilo que produz.
Peer review: no
URI: http://hdl.handle.net/10773/39209
ISBN: 979-153-708-320-9
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