TY: THES T1 - Personalidade, regulação emocional e ira: relação com a externalização A1 - Pérola, Maria Teresa Torres da Silva N2 - A externalização é uma dimensão da personalidade que envolve um espectro de comportamentos antissociais e violentos. Na sua conceção relaciona comportamentos antissociais, traços de personalidade associados à desinibição e à agressão, e dependência de substâncias. Considerando que tanto as dimensões da personalidade como as variáveis associadas à expressão e regulação da ira poderão ser um antecedente das tendências externalizantes, este estudo pretendeu avaliar de que forma os domínios de personalidade incluídos no Modelo dos Cinco Fatores, as estratégias de regulação emocional e a ira predizem a externalização, comparando um grupo de reclusos com um grupo de não reclusos. A amostra incluiu 60 reclusos do Estabelecimento Prisional do Porto e 25 participantes não reclusos do sexo masculino, avaliados com o Inventário de Externalização ? versão reduzida (IE), o Inventário de Personalidade dos Cinco Fatores (NEO-FFI), o Questionário de Regulação Emocional (QRE) e o Inventário da Expressão da Ira Estado-Traço (STAXI-2). Concluiu-se que a população reclusa em comparação com a população não reclusa apresenta maiores níveis de externalização, maiores dificuldades ao nível da regulação emocional e maior expressão da ira. Para o grupo de reclusos verificou-se que o neuroticismo prediz de forma significativa a desinibição geral, com a reavaliação cognitiva como preditor adicional. A ira-estado foi o único preditor significativo da agressão insensível. Para o grupo de não reclusos, a conscienciosidade foi preditor significativo da agressão insensível, sendo a ira-traço um preditor adicional deste fator e do fator de desinibição geral. A supressão expressiva foi o único preditor significativo do uso de substâncias. Estes resultados contribuem para uma melhor compreensão da externalização, bem como dos fatores que podem tornar a sua expressão distinta em grupos normativos e grupos de reclusos. Podendo sugerir-se que os indivíduos com níveis mais elevados de externalização apresentam características de baixa tolerância à frustração, níveis elevados de hostilidade e impulsividade. As dificuldades ao nível da regulação emocional estão intimamente ligadas à forma como posteriormente estes indivíduos processam as emoções, podendo contribuir para o modo como se comportam socialmente. UR - https://ria.ua.pt/handle/10773/12933 Y1 - 2013 PB - Universidade de Aveiro