TY: THES T1 - Influence of emitter orientation in perylene based OLEDs A1 - Sykora, Benedikt Reinhold N2 - Os díodos orgânicos emissores de luz (organic light-emitting diodes ou OLEDs) têm como elemento funcional um filme fino de um semicondutor orgânico para a criação de excitões (pares electrão-lacuna), que emitem luz quando relaxam. O objetivo desta dissertação de mestrado é investigar o efeito da orientação dipolar de filmes baseados em perilenos de tetraphenyldibenzoperiflanthene (DBP) e diindenoperylene ( DIP), e das mesmas moléculas dispersas numa ma matriz de 5,6,11,12- tetraphenylnaphthacene (rubreno). O estudo tenta identificar uma possível relação entre o comportamento destes filmes e a eficiência do respetivo OLED. Observa-se que os filmes de DBP são amorfos, apresentam uma superfície lisa e absorvem mais luz do que os filmes de DIP, que se caracterizam por uma estrutura cristalina e uma superfície irregular. Os resultados combinados de simulações e de medições de fotoluminescência com dependência angular revelam que as moléculas de DBP apresentam orientação horizontal, estando as moléculas de DIP orientadas verticalmente. Este facto pode explicar o acoplamento mais forte das moléculas de DIP aos plasmões de superfície, em comparação com o DBP. As características gerais dos filmes de DBP ou DIP mantêm-se mesmo quando estes são depositados nos substratos de N, N '-di(1-naftil-N,N-difenil-(1,1'- bifenil)-4,4' ?diamina utilizados ma preparação dos OLEDs, o que permite a comparação direta entre as duas configurações. Os resultados obtidos com os OLEDs baseados em filmes puros de DBP ou DIP apresentam valores de eficiência quântica externa (EQE) da ordem de 0,2 e 0,04 %, respetivamente. Estes valores baixos podem explicar-se pela orientação vertical dos dipolos do DIP, conduzindo a um fator de emissão de 27% (light outcoupling), claramente superior ao obtido com o OLED baseado no DBP (16%). Estas diferenças acentuam-se quando na comparação destes filmes com o comportamento dos filmes rubreno equivalentes dopados com 1% de DBP e DIP. Se por um lado não se observa nenhuma orientação dipolar preferencial no caso do DIP, as moléculas de DBP na matriz de rubreno estão quase na sua totalidade orientadas horizontalmente, o que aumenta o factor de emissão. A forte orientação preferencial no caso do DBP pode igualmente justificar o aumento de EQE de 0,2 % e 0,04% nos OLEDs com os filmes puros de DBP e DIP, para 3% e 0,5% no caso dos OLEDs com os filmes dopados. O aumento da eficiência pode também dever-se ao aumento da transferência energética da matriz de rubreno para os centros emissores. O forte efeito da orientação horizontal do emissor na eficiência dos OLEDs manifesta-se igualmente no notável aumento do factor de emissão de luz observado entre os filmes de DBP (fortemente orientados) e DIP (pouco orientados), que é de cerca de 70% no caso das camadas de emissão baseadas nos filmes puros, e de 44 % no caso dos filmes dopados. UR - https://ria.ua.pt/handle/10773/11828 Y1 - 2013 PB - Universidade de Aveiro