TY: THES T1 - Mercury bioaccumulation in the Egyptian mongoose (Herpestes ichneumon) A1 - Rodrigues, Sandra N2 - O sacarrabos (Herpestes ichneumon) é um predador que desempenha um papel essencial na cadeia alimentar terrestre. A sua introdução e rápida proliferação pelo território português levaram à necessidade da sua caça como controlo de predadores. Estudos em espécies predadoras terrestres ainda são escassos, pelo que o presente trabalho representa uma mais-valia para um melhor entendimento da acumulação de contaminantes em níveis tróficos superiores. Existem vários contaminantes que representam uma constante preocupação para o ambiente; entre eles, o mercúrio tem tido uma atenção acrescida devido à sua persistência e toxicidade. Estudos no meio terrestre são importantes para um melhor entendimento da forma como se acumula neste meio, para a preservação da vida selvagem mas também para prevenir a exposição humana ao mercúrio. Este estudo teve como principal objectivo avaliar os padrões de acumulação de mercúrio nos tecidos do H. ichneumon, tendo em atenção factores como o género e a idade. H. ichneumon de localizações diferentes foram analisados de forma a avaliar a variação geográfica dos níveis de mercúrio em território Português. Músculo, fígado, pulmão, coração, baço, rins, sangue, cérebro, gordura e pêlo de 29 indivíduos provenientes de 14 localizações foram analisados (Évora, Soure, Ferreira do Zêzere, Castelo Branco, Mértola, Torres Novas, Tondela, Lousã, Coimbra, Montemor-o-Novo, Castro Daire, Olhão, Moura e Coruche). Além disso, de forma a estudar diferenças entre machos e fêmeas ao longo do ciclo de vida da espécie, 25 indivíduos provenientes de Serpa foram analisados. Os níveis de mercúrio nos diferentes órgãos variaram entre 0.01 e 12.7 ?g g-1 peso seco, e seguiram geralmente a seguinte ordem, do menos para o mais contaminado: Gordura 0.74). Verificou-se que os níveis de mercúrio no sangue e no fígado estão fortemente correlacionados (r=0.998). O mercúrio orgânico presente no tecido muscular dos machos e das fêmeas foi analisado e a sua percentagem variou entre 77 e 98%. A correlação entre mercúrio orgânico e total nos machos foi de 1.000 e de 0.986 nas fêmeas. Nenhum dos níveis de mercúrio atingiu valores considerados letais ou tóxicos para predadores terrestres (20 a 100 ?g g-1 peso seco). UR - https://ria.ua.pt/handle/10773/10685 Y1 - 2012 PB - Universidade de Aveiro