TY: THES T1 - Sono-vigília em crianças com e sem perturbações do espectro do autismo A1 - Aparas, Tânia de Jesus N2 - Este estudo tem por finalidade conhecer hábitos, comportamentos e problemas de sono em crianças de idade pré-escolar e escolar, Com e Sem Perturbações do Espectro do Autismo (PEA - inclui, neste estudo, a forma clássica de Autismo e o Síndrome de Asperger). Foi solicitado aos pais, de ambos os grupos de crianças, residentes na região centro do país, que preenchessem o Questionário sobre o Padrão Sono-Vigília de Crianças em idade escolar (PSVC) adapt. de Clemente e col. (1997). Deste estudo fizeram parte 309 crianças, 234 Sem PEA (119 rapazes e 115 raparigas) e 75 Com PEA (51 rapazes e 24 raparigas). As crianças foram agrupadas em duas faixas etárias: dos 3 aos 5 anos, compreendendo 54 Sem PEA (32 meninos e 22 meninas) e 27 Com PEA (19 meninos e 8 meninas); dos 6 aos 12 anos, compreendendo 180 Sem PEA (87 rapazes e 93 raparigas) e 48 Com PEA (32 rapazes e 16 raparigas). Em comparação com os grupos Sem PEA, nos grupos de crianças Com PEA revelou ser significativamente mais comum necessitar de luz acesa (6-12 anos), de algo especial e/ou da presença dos pais no quarto (meninos 3-5 anos) para adormecer, recusar ir para a cama à hora de deitar (meninos 3-5 anos; raparigas 6-12 anos), dificuldade em retomar, autonomamente, o sono (raparigas 6-12 anos), mas iniciar o sono na cama dos pais foi significativamente menos comum (rapazes 6-12 anos). Quanto a comportamentos nocturnos associados ao sono, nos grupos Com PEA encontraram-se, nos rapazes, mais sonambulismo (3-5 anos) e menos pesadelos (6-12 anos), nas raparigas, mais enurese nocturna (3-5 anos) e medo do escuro (6-12 anos). Crianças Com PEA acordam significativamente mais cedo ao fim-de-semana (6-12 anos), os rapazes Com PEA deitam-se mais tarde, aos fins-de-semana (3-5 anos) ou em dias de escola (6-12 anos), dormem menos horas por noite e acordam mais frequentemente de modo espontâneo. Quanto à percepção dos pais em relação aos problemas de sono dos seus filhos, não houve diferenças entre os grupos Com e Sem PEA. Contudo, nos rapazes, quer a toma de medicação para ajudar a dormir, quer a procura de ajuda por causa de dificuldades de sono, foram referidas exclusivamente pelos pais de crianças Com PEA (respectivamente, nas faixas dos 3-5 e dos 6-12 anos). Os presentes resultados podem ter importantes implicações para as estratégias de intervenção em crianças com perturbações do espectro do autismo. UR - https://ria.ua.pt/handle/10773/1028 Y1 - 2008 PB - Universidade de Aveiro