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http://hdl.handle.net/10773/7513
Title: | Padrões de sono em crianças com hiperactividade/défice de atenção: estudo numa amostra clínica |
Author: | Parchão, Carla Maria Carvalho |
Advisor: | Gomes, Ana Allen |
Keywords: | Psicopatologia Perturbações do sono Perturbações da atenção Hiperactividade Crianças em idade escolar |
Defense Date: | 2011 |
Publisher: | Universidade de Aveiro |
Abstract: | Este estudo teve por finalidades conhecer hábitos, comportamentos e
problemas de sono numa amostra clínica de crianças com Perturbação de
Hiperactividade/Défice de Atenção (PHDA), saber se existem diferenças nos
padrões de sono entre as que tomam medicação (metilfenidato) e as que não
tomam e ainda comparar a amostra clínica com um grupo de controlo.
Métodos: Foi solicitado aos pais, que preenchessem o Questionário sobre o
Padrão Sono-Vigília de Crianças em idade escolar (PSVC) adapt. de Clemente
e col. (1997). Deste estudo fizeram parte 30 crianças (5-13 anos de idade;
83,3% sexo masculino e 16,7% sexo feminino) diagnosticadas com PHDA pelo
Departamento de Pedopsiquiatria de Saúde Mental da Infância e da
Adolescência, bem como um grupo de controlo de 30 crianças emparelhado
por sexo, idade e ano de escolaridade. Resultados: Na amostra clínica com
PHDA (n = 30) começámos por encontrar prevalências mais elevadas do que
seria de esperar para uma série de dificuldades e queixas de sono,
visivelmente superiores às que têm sido obtidas através do mesmo
instrumento noutros estudos portugueses em amostras escolares (Bos et. al,
2009; Clemente, 1997; Aparas, 2008), nomeadamente no que respeita a:
precisar de adormecer na cama dos pais, de algo especial, de luz acesa, ou da
presença dos pais no quarto para adormecer; recusar e estar pouco disposto a
ir para a cama; precisar de mais de 30 min para adormecer e acordar duas ou
mais vezes durante a noite; revelar sintomas sugestivos de pesadelos,
enurese nocturna, bruxismo nocturno, sonilóquio, medo do escuro e,
sobretudo, de ressonar alto (26.7%). De seguida, nas análises inferenciais, a
comparação da amostra clínica com o grupo de controlo (n = 30) revelou várias
diferenças estatisticamente significativas (p < .05): as crianças com diagnóstico
de PHDA deitam-se mais tarde, resistem mais e mostram-se menos dispostas
em ir para a cama, demoram mais tempo para adormecer, adormecem mais
vezes na cama dos pais e precisam mais vezes de algo especial para
adormecer, apresentam uma duração de sono significativamente inferior à
semana, menos 1 hora por noite (e tendem a dormir menos ao fim de semana,
menos 30 min por noite, p < .10), apresentam com maior frequência sintomas
de ressonar, pesadelos, sonilóquio e medo do escuro, bem como mais
sonolência diurna. Considerando somente a amostra clínica, crianças
medicadas com metilfenidato (n = 13), comparativamente com as não
medicadas (n = 17), tendem a deitar-se mais tarde, tanto à semana como ao
fim de semana (p ~ .05), tendem a resistir mais e a estar significativamente
menos dispostas a ir para a cama (p < .05), tendem a ter mais pesadelos (p <
.10), mas parecem ter maior facilidade em retomar o sono autonomamente
durante a noite. Conclusão: Os nossos resultados vão na mesma linha de
estudos anteriores em crianças com diagnóstico de PHDA, indicando que
estas têm mais problemas de sono.
Estes resultados têm implicações importantes para o tratamento de crianças
com PHDA. This study aimed: (1) to describe sleep behaviors and problems in school-age children diagnosed with attention deficit / hyperactivity disorder (ADHD), (2) to compare sleep variables in medicated versus non medicated ADHD children, and (3) to compare sleep variables in ADHD versus community children. Parents filled out a questionnaire about sleep-wake patterns (adapt.. Clemente et al. , 1997). Thirteen children (83,3% % male; 16.7% female), 5 to 13 years old, with a diagnose of ADHD took part of the study, (data were colleted at the Department of Children and Adolescents Mental Health), plus a control group of 30 children matched for sex, age and school year, selected from a community sample. Our analyses began with the computation of prevalence rates for sleep complaints in our clinical sample of children with ADHD, which were in many cases higher than those reported for non clinical samples by previous Portuguese studies using the same sleep questionnaire (Bos et al., 2009; Clemente, 1997; Aparas, 2008), specially for the following sleep variables: falling asleep in parents bed; needing comforting activities, the parents presence in the room, or lights on, to fall asleep; bedtime refusal and unwillingness to go to bed; more than 30 min to fall asleep; 2 or more night wakenings; nightmares, sleep enuresis, sleep bruxism, sleep talking, fear from darkness and, most notably, loud snoring (26.7%). Next, on inferential analyses, several statistically significant differences (p < .05) emerged between this clinical sample and our control community sample: ADHD children showed later bedtimes, stronger bedtime resistance, and longer sleep latency; they fall asleep into parents bed, and need something special to fall asleep, more often; obtained shorter sleep on school nights (1 hr less per night, in median); had symptoms of snoring, nightmares, sleep talking, and fear from darkness, more often; and showed higher daytime somnolence. Comparing ADHD children taking methylphenidate (n = 13) versus ADHD children not taking medication (n = 17), the former tended to present later bedtimes (p ~ .05) and higher bedtime resistance (p < .05), tended to show more nightmares (p < .10), but appear to return to sleep autonomously more easily. In conclusion, our results are in line with previous findings in children with a diagnose of ADHD, and indicate that these children have more sleep problems than typical development children. These results have important implications for ADHD therapeutics in children. |
Description: | Mestrado em Psicologia - Psicologia Clínica e da Saúde |
URI: | http://hdl.handle.net/10773/7513 |
Appears in Collections: | UA - Dissertações de mestrado DEP - Dissertações de mestrado |
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