Biofeedback from the inside: impressões e percepções sobre os processos de simulação durante o treinamento para controle da ansiedade na performance musical

Abstract

O presente trabalho investigou o treinamento em biofeedback para o controle da Ansiedade na Performance Musical (APM) pela ótica de um músico, com o objetivo de estudar processos de autorregulação fisiológica inerentes à atividade. A metodologia teve como ponto de partida o programa de treinamento em biofeedback estabelecido e testado por Chaló (2016) com estudantes universitários, adaptado para o âmbito da performance musical por Barros et al. (2019). Neste estudo, as oito sessões de treinamento planejadas foram divididas em duas fases com modalidades de simulação da performance distintas: mental e virtual. Após cada sessão foram anotadas reflexões acerca da experiência do participante. Ao término do programa de treinamento, os dados fisiológicos registrados pelo equipamento de biofeedback foram comparados com os relatos do diário reflexivo. A análise permitiu identificar atitudes e estratégias que viabilizam o foco e a concentração na atividade, mapear o processo de obtenção da autorregulação fisiológica e identificar pontos positivos e negativos do treinamento em biofeedback no contexto do controle da APM. Além disso, os resultados destacam aspectos subjetivos que podem afetar o comportamento de músicos em pesquisas que envolvam controle da ansiedade através de biofeedback.

This study investigates biofeedback training to control Music Performance Anxiety (MPA) through the musician’s perception. It aims at studying physiological self-regulation processes that are inherent to musical performance through the application of a biofeedback training programme as methodology. This training was designed and tested by Chaló (2016) with university students, and later adapted to the musical performance context by Barros et al. (2019). In this study, eight training sessions were planned and divided into two phases, and both included mental and virtual modalities of performance simulation. At the end of the training programme, the physiological data registered by the biofeedback equipment were then compared with reports from a reflexive journal. A subsequent analysis identified attitudes and strategies that enable a musician to focus and concentrate on an activity, mapped the gradual development of physiological self-regulation, and identified the positive and negative aspects of biofeedback training to control of MPA. The results highlight musicians’ subjectivity as a factor that can affect their behaviour in research studies that focus on controlling anxiety through biofeedback.