Paluí, Viagem por histórias sonoras que a língua portuguesa conta: a música e a palavra como fonte de imaginação visual e escrita: sobre um projeto de co-criação artística concretizado em escolas do ensino básico, pré-escolar e universitário de Portugal

Abstract

Paluí é uma palavra inventada que nasceu na música. Título de uma canção e do CD onde está compilada, não tem significado definido. Talvez por causa de tal ambiguidade, Paluí tem sido motivo de buscas e interpretações encetadas por muitas pessoas – crianças, jovens, adultos – quais paluinautas viajantes rumo a destinos banhados por “palcos” diversos de fantasia expressiva: histórias escritas, desenhos, livros, exposições, espetáculos de música cênica, filmes, workshops, etc.. A definição de Paluí, sua (i)materialidade, começou por ser alcançada por centenas de crianças portuguesas quando, sobre a música que ouviram, a tal que o fez germinar, imaginaram, escreveram e ilustraram um livro. Uma obra que, completada por videoclipes animados, ora habita a biblioteca utópica onde o dicionário de Paluí reside (www.palui.pt).

Através da partilha de produtos e artefactos resultantes do projeto realizado com alunos e docentes dos nove agrupamentos de escola do Município de Santa Maria da Feira e dos cursos de Design da Universidade de Aveiro (PT), fala-se de uma experiência esteticamente significativa na comunidade educativa portuguesa. Um projeto que, sendo a primeira concretização de Paluí enquanto objeto e espaço de investigação/intervenção educativa, social e artística, através da música – dirigido por docentes e investigadores da Universidade de Aveiro e do INET-md, ID+, colaboradores do CESEM (GEDH) –, visou o desenvolvimento da expressão criativa, visual e escrita, nomeadamente de alunos do Ensino Básico (dos seis aos dez anos de idade). Orientado pelos princípios do trabalho cooperativo, envolveu cerca de seiscentas crianças, seus professores, bem como alunos e docentes do Departamento de Comunicação e Arte, onde seus autores lecionam.