Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10773/35373
Title: Impacto da hora do dia e do cronótipo no reconhecimento de expressões faciais de emoção
Author: Pereira, Lara Milene Teixeira
Advisor: Santos, Isabel Maria Barbas dos
Keywords: Hora-do-dia
Cronótipo
Emoções básicas
Ritmo circadiano
Matutinidade
Vespertinidade
Efeito de sincronia
Defense Date: 2020
Abstract: Os seres humanos apresentam uma maior atividade/eficácia em determinadas horas, comparativamente a outras alturas do dia. O cronótipo refere-se a características individuais associadas a ritmos circadianos, ou seja, cada individuo apresenta uma preferência por diferentes horas do dia para a sua atividade. Os tipos de cronótipo classificam-se em matutinos, indiferentes/intermédios ou vespertinos. Em alguns domínios, parece existir uma relação entre o cronótipo de um individuo e a hora do dia em que este realiza determinada tarefa, que se reflete no seu desempenho cognitivo, e que se domina por efeito de sincronia. Assim, a literatura tem demonstrado que os indivíduos do tipi matutino apresentam frequentemente um melhor desempenho em tarefas que decorrem em horários de manhã, e os sujeitos do tipo vespertino em horários mais tardios. No entanto, não existem estudos que explorem estes efeitos ao nível do processamento emocional, especificamente emocional, especificamente no reconhecimento de expressões faciais de emoção. Sendo o rosto humano uma fonte primária de informação não verbal que é significativa para a comunicação social, nomeadamente no que diz respeito às expressões faciais de emoção, torna-se relevante explorar se variáveis cronobiológicas afetam estes processos. Assim, este estudo teve como objetivo estudar o impacto da hora do dia e do cronótipo no reconhecimento de expressões faciais de emoção (alegria, tristeza, raiva, medo, nojo e surpresa). Para esse efeito, participaram no estudo, 48 jovens adultos (com idades compreendidas entre os 18 e 25 anos), que se distribuírm por três grupos em função do seu cronótipo. Os participantes realizaram uma tarefa de reconhecimento de expressões faciais de emoção através de vídeos, num de quatro horários possíveis ao longo do dia, que foram depois agrupados em dois horários: manhã e tarde. Os resultados indicaram que nem a hora do dia, nem a interação entre estas variáveis tiveram um efeito significativo sobre o reconhecimento de expressões faciais de emoção. Ou seja, não se verificou um efeito de sincronia, sendo que nenhum dos cronótipos teve um desempenho melhor quando realizou a tarefa na sua hora ótima, ao contrário do que era esperado. Quando os dados foram analisados para cada emoção separadamente, verificou-se que, para a emoção surpresa, quem realizou a tarefa da parte da tarde teve uma percentagem de respostas certas globalmente mais elevada (independentemente do cronótipo) do que quem realizou a tarefa da parte da manhã. Relativamente às contribuições deste estudo para a literatura, e salvaguardando as limitações identificadas, considera-se que este contribui com informação acerca do impacto da hora do dia e do cronótipo no reconhecimento de expressões faciais de emoção, demonstrando que este tipo de processamento emocional não parece ser afetado por essas variáveis, pelo menos considerando o paradigma experimental utilizado no presente estudo. Este trabalho poderá assim auxiliar investigações futuras, que procurem continuar a analisar o efeito de variáveis cronobiológicas no processamento emocional.
Human beings have a higher activity/efficiency in certain hours of the day when compared to other times of the day. Chronotype refers to individual characteristics associated to circadian rhythms, i.e., each individual has a preference for specific times of day to perform their activities. Chronotype can be classified as morning-type, indifferent/intermediate or evening-type. In certain areas, there seems to be a relation between a person’s chronotype and the time of day when they perform the task, reflecting itself on cognitive performance, an effect which is known as synchrony effect. Thus, literature has shown that morning people normally tend to exhibit a better performance in morning tasks while evening people do better in evening tasks. However, there are no studies exploring these effects at the level of emotional processing, specifically on the recognition of facial expressions of emotion. As the human face is seen as a primary source of non-verbal information that is relevant for social communication, namely regarding facial expressions of emotion, it becomes relevant to explore if chronobiological variables affect these processes. Therefore, the aim of this study was to investigate the impact of time of day and chronotype on the recognition of facial expressions of emotion (happiness, sadness, anger, fear, disgust and surprise). For that purpose, 48 young adults (aged between 18 and 25 years old) participated in the study, and were distributed by three groups according to their chronotype. Participants performed a facial expression recognition task based on the visualization of videos, in one of four possible timetables, which were subsequently grouped in two times of day: morning and afternoon. The results indicated that neither time-of-day, nor chronotype, nor the interaction between these variables had a significant effect on the recognition of facial expressions of emotion. That is, a synchrony effect was not observed, in that none of the chronotypes had a better performance when performing the task at their optimum time of day, unlike what was expected. When data were analysed for each emotion separately, we verified that, for the emotion surprise, participants who performed the task in the afternoon had a percentage of correct responses overall higher (regardless of chronotype) than those who performed the task in the morning. Regarding the contributions of this study to the literature, and taking into account the limitations that were identified, it can be considered to contribute with information about the impact of time of day and chronotype on the recognition of facial expressions of emotion, showing that this type of emotional processing does not seem to be affected by those variables, at least considering the experimental paradigm that was used in the present study. Thus, this work can help future investigations that aim to continue to analyse the effect of chronobiological variables on emotional processing.
URI: http://hdl.handle.net/10773/35373
Appears in Collections:UA - Dissertações de mestrado
DEP - Dissertações de mestrado

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