Impact of action observation therapy on pain, muscle strength, and tactile acuity in patients with chronic neck pain

Abstract

Background: Chronic nonspecific neck pain (CNNP) is a prevalent complaint that displays functional reorganization and impairments of the nervous system, associated with psychosocial factors. Action observation is a novel neurorehabilitation approach that involves the mirror neuron system, in which sensory information of the observed action is transformed into motor representation. This approach could lead to corticospinal excitability and eventually hypoalgesia and improve function, however, the amount of evidence available is scarce. Objective: This study aims to assess the immediate effects of observing neck movements (action observation) on neck pain intensity, fear of movement, fear-avoidance beliefs, neck muscles' strength, and tactile acuity in individuals with CNNP when compared to the effects of observing a natural environment. Methods: This is a pilot randomized trial. Participants with CNNP were randomly allocated to the action observation (AO) group and to the control group. Both groups received only one session, in which the intervention was observing an 11-minute video. The AO group watched a video of a person performing specific therapeutic neck exercises while the control group watched a video of nature. Neck pain intensity, fear of movement, fear-avoidance beliefs, tactile acuity, and neck muscle strength were assessed both at baseline and immediately post-intervention. Results: A total of 30 participants entered the study (AO group: n=15; control group: n=15). There was a significant interaction between time (baseline vs. post-intervention) and group (control vs. experimental) for fear of movement (p=0.016), fear-avoidance beliefs-work subscale (p=0.047) and tactile acuity at the level C3-C4 (p=0.025). A statistically significant effect of time, but no significant interaction, was found for: pain intensity (p<0.001), with a mean decrease of 1.9 (40%) in the control group and 1.5 (29%) in the AO group; and tactile acuity (p≤0.011) at the following levels (with mean difference in cm) C3-C4 (0.71 and 0.13), C4-C5 (0.51 and 0.25), C5- C6 (0.46 and 0.29), C6-C7 (0.77 and 0.40), and C7-T1 (0.71 and 0.49), in the control and AO group, respectively. Conclusion: This study suggests that the impact of AO is inferior to observing nature for fear of movement and fear-avoidance beliefs related to work and similar for pain intensity and tactile acuity in patients with CNNP. Further studies with bigger sample sizes are needed.

Enquadramento: Dor cervical crónica não específica (CNNP) é uma condição prevalente associada a reorganização funcional do sistema nervoso central, e está associada a fatores psicossociais. Ação-observação (AO) é uma nova abordagem de neuro-reabilitação que envolve o sistema de neurónios-espelho, em que a informação sensorial é transformada numa representação motora. Esta abordagem pode levar a excitabilidade corticoespinhal e, eventualmente, poderá causar hipoalgesia e melhoria funcional. No entanto, a investigação disponível é escassa. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar o efeito agudo de observar a execução de movimentos da cervical (AO), na intensidade da dor, medo do movimento, crenças de medo-evitamento, força dos músculos da cervical e na acuidade táctil, em indivíduos com CNNP, quando comparada com a observação de paisagens naturais. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado piloto. Os participantes com CNNP foram alocados aleatoriamente ao grupo AO e ao grupo de controlo (que observou paisagens naturais). Ambos os grupos tiveram apenas uma sessão única, em que a intervenção foi observar um vídeo de 11 minutos. O grupo AO assistiu a um vídeo de uma pessoa a realizar exercícios específicos da cervical e o grupo controlo assistiu a um vídeo com paisagens. A intensidade da dor da cervical, o medo de movimento, as crenças de medo-evitamento, a acuidade táctil e a força muscular dos músculos cervicais foram avaliados pré e pós tratamento. Resultados: Um total de 30 participantes foram incluídos no estudo (grupo de AO=15; grupo de controlo=15). Verificou-se uma interação significativa entre o tempo de avaliação (pré vs. pós intervenção) e o grupo (controlo vs. experimental) para o medo do movimento (p=0.016), crenças medo-evitamento em atividades relacionados com trabalho (p=0.047) e acuidade táctil no nível C3-C4 (p=0.025). Encontrou-se um efeito estatisticamente significativo para o grupo para: a intensidade da dor (p<0.001), com uma diminuição média de 1.9 (40%) no grupo controlo e 1.5 (29%) no grupo AO; e para a acuidade táctil (p≤0.011) nos seguintes níveis (com diminuição média em cm) C3-C4 (0.71 e 0.13), C4-C5 (0.51 e 0.25), C5-C6 (0.46 e 0.29), C6-C7 (0.77 e 0.40), e C7-T1 (0.71 e 0.49), no grupo controlo e no grupo AO, respetivamente. Conclusão: Este estudo sugere que o impacto da AO é inferior ao da observação de uma paisagem natural para o medo do movimento e crenças de medo-evitamento e idêntico ao da observação de uma paisagem natural para a intensidade da dor e acuidade táctil em utentes com CNNP. São necessários mais estudos com amostras superiores.