Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10773/34852
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.authorPestana, Maria do Rosáriopt_PT
dc.date.accessioned2022-09-30T09:41:30Z-
dc.date.available2022-09-30T09:41:30Z-
dc.date.issued2013-
dc.identifier.isbn978-85-62959-29-5-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10773/34852-
dc.description.abstractPortugal é, na acepção da historiadora Heloísa Paulo, um país “exportador de gente” (2000: 61). Este êxodo resulta, segundo o geógrafo Orlando Ribeiro, de uma tradição expansionista portuguesa. Todavia, se nos detivermos a ler os pedidos de emigração escritos na primeira pessoa, deparamos com uma realidade bem diferente dessa visão idílica. A emigração portuguesa é um fenómeno que se verifica desde há mais de 500 (Arroteia 1983: 15). Deslocalizados e duplamente estigmatizados (pela sociedade para onde emigra e pelos seus conterrâneos que, no país de origem, o discriminam social e culturalmente), os emigrantes encontraram formas de construir o seu ‘lugar’ nos países de acolhimento: criaram os seus rituais, definiram os seus tempos fortes, ... estas comunidades nascentes construíram a sua identidade na relação entre um imaginário de origem e os outros, a sociedade com que têm de interagir, noutra língua, no país de acolhimento. O fado, um género musical português amplamente difundido pelos media, desempenhou um papel crucial neste processo, possibilitando a construção desses “lugares da memória” nos quais, segundo Pierre Nora, “apreendemos essencialmente a nossa diferença, a imagem do que já não somos” (1897). Na pesquisa que venho a desenvolver junto de emigrantes portugueses e seus descendentes, o fado marca presença em eventos comunitários e, inclusive, no percurso individual de jovens. Segundo emigrantes que entrevistei, o fado é “a nossa casa, se ouvimos cantar o fado sabemos logo que está ali Portugal” (entr. Sr. João). Ou seja, para essas pessoas o fado pré-determina e pré-classifica experiências de identificação. Re-semantiza o aqui e agora – nos territórios de acolhimento desses emigrantes – e faz viver um discurso sobre o passado, uma memória supostamente comum. Conscientes deste poder aglutinador do fado, consulados portugueses, associações de emigrantes e outras instituições, promovem ocasiões e criam lugares de emergência do fado. Ou seja, recontextualizam o fado, na acepção de Bauman e Biggs, no espaço da emigração portuguesa, através da evocação de um passado comum. Estas iniciativas são responsáveis por uma dinâmica que vai muito além da vivência nostálgica de um tempo/espaço perdidos ao configurar alternativas de identificação e a renarração de discursos da memória. Este estudo visa compreender o papel do fado em comunidades emigrantes portuguesas residentes em França e na Suíça, a partir da análise de uma associação – Associação Cultural Portuguesa de Estrasburgo - o programa Alfama, da Rádio Alfa, Paris, produzido por Amílcar Sanches e as fadistas Cindy Peixoto, Júlia Silva e Mariana Correia.pt_PT
dc.language.isoporpt_PT
dc.publisherLetra e Vozpt_PT
dc.rightsrestrictedAccesspt_PT
dc.subjectFadopt_PT
dc.subjectMúsica e migraçãopt_PT
dc.titleO fado: destinos e oportunidades do ‘ser português’: um estudo sobre fado e emigraçãopt_PT
dc.typebookPartpt_PT
dc.description.versionpublishedpt_PT
dc.peerreviewedyespt_PT
degois.publication.firstPage66pt_PT
degois.publication.lastPage87pt_PT
degois.publication.titleTrago o fado nos sentidos: cantares de um imaginário atlânticopt_PT
degois.publication.titleTrago o fado nos sentidos: cantares de um imaginário atlântico-
dc.relation.publisherversionhttps://www.letraevoz.com.br/produtos/trago-o-fado-nos-sentidos-cantares-de-um-imaginario-atlantico-heloisa-de-araujo-d-valente/pt_PT
Appears in Collections:INETmd - Capítulo de livro

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
FadoPestana_2013-cópia 2.pdf236.34 kBAdobe PDFrestrictedAccess


FacebookTwitterLinkedIn
Formato BibTex MendeleyEndnote Degois 

Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.