O flâneur: caminhar enquanto processo na investigação artística

Abstract

Esta investigação aborda os termos de flâneur, deriva, caminhar, psicogeografia e lugar, não só desde a parte conceitual, como a metodológica e processual. O fazer dentro da prática artística é relevante nesta investigação e neste sentido, é analisada a experiência dos artistas Hamish Fulton, Jonas Mekas, Armelle Caron e Edward Ruscha, que mostram a quotidianidade e a experiência no lugar como desencadeante de processos artísticos. Por outro lado, e a través das obras literárias de George Perec e Miguel Ángel Herranz os lugares habituais revelam-se como fonte de inspiração. A partir de uma metodologia baseada na análise e no fazer, se desencadeiam os quatro projetos desta investigação: Linha ténue e densa, No alto da montanha, Contratempo e Entre o dia e a noite, concebidos com base na metáfora dos lugares como livros. Da mesma forma, também são mostrados os motivos que levaram a desenvolver esta investigação que se baseia no caminhar como prática artística e a importância do caderno de apontamentos no processo criativo.

This research addresses the terms of flâneur, drift, walking, psychogeography and place, not only from the conceptual part, but also the methodological and procedural one. The doing within artistic practice is relevant in this research and in this sense, the experience of the artists Hamish Fulton, Jonas Mekas, Armelle Caron and Edward Ruscha is analysed, showing the quotidianity and the experience in the place as a trigger of artistic processes. On the other hand, and through the literary pieces of George Perec and Miguel Ángel Herranz, the usual places reveal themselves as a source of inspiration. From a methodology based on analysis and making, the four projects of this research are developed: Linha ténue e densa, No alto da montanha, Contratempo e Entre o dia e a noite, conceived based on the metaphor of places as books. In the same way, the reasons that led to develop this research that is based on walking as an artistic practice and the importance of the notebook in the creative process are also shown.