Cohousing: a housing alternative for the older population: contributions to the applicability of the concept in Portugal

Abstract

Cohousing is a type of collaborative housing that has been growing all over the world. The fact that it is planned, created, and managed by its residents allows the accommodation to be adapted according to the values, interests, and needs of each person. One of its main premises is the creation and promotion of social relationships, contributing directly to the improvement of the quality of life and well-being of those who live there. With this work, it was intended to gather information from the experience, knowledge, and reality of already established cohousing communities, in order to make these contributions available and disseminate in Portugal, enabling the adaptation of this housing model to the Portuguese reality. Thus, the objective is to understand how cohousing is a viable alternative for the older population, having defined two specific objectives: on the one hand, to know how this collaborative housing is planned and created, and on the other, understand how cohousing is managed by residents and adapts to their needs. To this end, ten cohousing communities were interviewed, meeting the three inclusion criteria previously defined: context (rural, semi-urban and urban), type (senior and multigenerational) and geographic location (different countries). Data collection was done through semi-structured online interviews and the ATLAS.ti software was used for analysis. The results reveal that the creation of this type of communities is a process that can be time consuming, so raising awareness among the population, articulating with policy makers and banking entities, as well as hiring specialized professionals is essential. In addition, the flexibility and freedom inherent to cohousing allows this type of housing to adapt in different ways to the needs and interests of its residents, contributing to ageing in place.

Cohousing é um tipo de habitação colaborativa que tem vindo a crescer um pouco por todo o mundo. O facto de ser planeado, criado e gerido pelos seus residentes permite adaptar a habitação de acordo com os valores, interesses e necessidades de cada pessoa. Uma das suas principais premissas é a criação e a fomentação de relações sociais, contribuindo diretamente para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar dos que lá residem. Com este trabalho, pretende-se recolher informação a partir da experiência, conhecimento e realidade de comunidades cohousing já estabelecidas, de modo a disponibilizar e disseminar esses contributos em Portugal, possibilitando a adaptação deste modelo habitacional à realidade portuguesa. Assim, o objetivo é compreender de que forma é que o cohousing é uma alternativa viável para a população mais velha, tendo-se definido dois objetivos específicos: por um lado, conhecer o modo como esta habitação colaborativa é planeada e criada, e por outro, entender como é que o cohousing é gerido pelos residentes e se adapta às suas necessidades. Para tal, foram entrevistadas dez comunidades cohousing, que respeitam os três critérios de inclusão definidos previamente: contexto (rural, semiurbano e urbano), tipo (sénior e multigeracional) e localização geográfica (diferentes países). A recolha dos dados foi feita através de entrevistas online semiestruturas e para a análise recorreu-se ao software ATLAS.ti. Os resultados revelam que a criação deste tipo de comunidades é um processo que pode ser demorado pelo que a consciencialização da população, a articulação com os decisores políticos e entidades bancárias, bem como a contratação de profissionais especializados é fundamental. Além disso, a flexibilidade e liberdade inerente ao cohousing permite que este tipo de habitação se adapte de diversas formas às necessidades e interesses dos seus residentes, contribuindo para o ageing in place.