Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10773/32126
Title: | A comunicação dos profissionais de saúde com a pessoa com afasia |
Other Titles: | The communication of the health professionals with people with aphasia |
Author: | Jesus, Daniela Filipa Gomes de |
Advisor: | Matos, Maria da Assunção Coelho de Pinheiro, Ana Rita Vieira |
Keywords: | Afasia Comunicação Parceiros de comunicação Pessoa com afasia Barreiras comunicativas |
Defense Date: | 29-Jul-2021 |
Abstract: | A afasia é uma perturbação linguístico-comunicativa decorrente
de uma lesão neurológica, prevalente em cerca de 1/3 dos
sobreviventes de AVC. A pessoa com afasia (PCA) apresenta
habitualmente outras manifestações clínicas, de forma crónica,
requerendo cuidados de saúde ao longo da vida. A PCA tem,
assim, um contacto frequente com diferentes profissionais de
saúde (PS), os quais devem estar devidamente preparados para
que a comunicação possa ser estabelecida com sucesso. Apesar
de ser reconhecido que as boas práticas na área da saúde
exigem competências de comunicação, nem todos os PS
parecem estar preparados para a comunicação com a PCA.
Com este estudo pretendeu-se identificar as estratégias de
comunicação utilizadas com as PCA por PS e estudantes
finalistas (EF) formados em instituições de ensino superior
portuguesas, assim como explorar os seus conhecimentos,
formação e necessidades sobre a temática.
Para tal, realizou-se um estudo exploratório, transversal,
descritivo, qualitativo e quantitativo. Este implicou a elaboração
de um questionário de autopreenchimento, validado por um
painel de 7 peritos, o qual foi disponibilizado em formato online
através de instituições de ensino superior ligadas à saúde, de
organizações profissionais de PS e de redes sociais. A
anonimização dos dados foi garantida, assim como os princípios
éticos em investigação.
Participaram neste estudo 197 PS e 26 EF. Os dados recolhidos
demonstram que as estratégias de comunicação mais utilizadas
são estratégias de caráter visual/ físico (ex.: gestos, imagens,
escrita e desenho), para ambos os grupos estudados. O nível de
conhecimento é reduzido por ambos os grupos estudados, mas a
procura de (in)formação pode ser considerada elevada,
ascendendo os 50% em ambos os grupos.
Conclui-se assim que os PS/EF, formados em Portugal, parecem
carecer de competências que reflitam o conhecimento e uso de
estratégias facilitadoras adequadas e eficazes para a
comunicação com cada PCA, embora tenham interesse em
otimizar este processo. Atendendo ao número crescente de casos
de afasia em Portugal, sugere-se que a comunicação com as
PCA seja explorada de forma explícita, estruturada e inequívoca
nos planos curriculares das várias áreas de saúde. Aphasia is a linguistic-communicative disorder resulting from a neurological injury, prevalent in about 1/3 of stroke survivors. The person with aphasia (PWA) usually presents other chronic clinical manifestations, requiring health care throughout life. Therefore, the PWA has frequent contact with different health professionals (HP), who must be properly prepared so that communication can be successfully established. Although it is recognized that good practices in the health area require communication skills, not all HP seem to be prepared to communicate with the PWA. This study aimed to identify the communication strategies used with PWA by HP and final year students (FYS) trained in Portuguese higher education institutions, as well as to explore their knowledge, training and needs on the subject. To this end, an exploratory, cross-sectional, descriptive, qualitative and quantitative study was carried out. This involved the elaboration of a self-administered questionnaire, validated by a panel of 7 experts, which was made available in online format through health-related higher education institutions, professional organizations of HP and social networks. Data anonymization was guaranteed, as well as ethical principles in research. 197 HP and 26 FYS participated in this study. The data collected demonstrate that the most used communication strategies are visual/physical strategies (e.g. gestures, images, writing and drawing). The level of knowledge is low for both groups studied, but the demand for (in)formation can be considered high, rising to 50% in both groups. Thus, it is concluded that the HP/FYS, trained in Portugal, seem to lack skills that reflect the knowledge and use of adequate and effective facilitating strategies for communication with each PWA, although they are interested in optimizing this process. Given the growing number of cases of aphasia in Portugal, it is suggested that communication with the PWA be explored in an explicit, structured and unequivocal way in the curricula of the various health areas. |
URI: | http://hdl.handle.net/10773/32126 |
Appears in Collections: | UA - Dissertações de mestrado ESSUA - Dissertações de mestrado |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Documento_Daniela_Jesus.pdf | 2.3 MB | Adobe PDF | View/Open |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.