Escalas comportamentais para crianças em idade pré-escolar: PKBSpt

Abstract

As “Escalas Comportamentais para crianças em Idade Pré-Escolar – PKBSpt” de Gomes e Pereira (2012 - 2014), é um instrumento com 67 itens, que avalia as aptidões sociais e os problemas de comportamento de crianças dos 3 aos 6 anos. A escala é tipo likert, de quatro níveis de resposta variando entre 0 (nunca) e 3 (muitas vezes), de que fazem parte duas subescalas: a Escala de Aptidões Sociais (EAS), com 29 itens, que procura avaliar os comportamentos sociais e emocionais de crianças e a Escala de Problemas de Comportamento (EPC), com 38 itens, que procura avaliar os comportamentos problemáticos a nível social e emocional das crianças que frequentam o jardim-de-infância. Este instrumento resulta da adaptação para a língua portuguesa europeia do instrumento Preschool and Kindergarten Behavior Scale – PKBS-2, 2ª Edição (Merrell, 2002) por Gomes, Pereira e Merrell (2009), através de vários estudos, com o contributo dos Educadores de Infância. No que concerne à consistência interna obtivemos valores globais de Alfa de Cronbach de .95, na subescala EAS e .96, na subescala EPC. Para cada uma das dimensões da subescala aptidões sociais, o valor de Alfa de Cronbach foi de .92 na «Cooperação Social», .76 na «Interação Social» e de .89 na «Autonomia Social», considerados bastante adequados, indicadores de uma boa consistência interna dos fatores. Para cada uma das dimensões da subescala problemas de comportamento exteriorizados, o valor de Alfa de Cronbach foi de .87 no fator «Autocentrado/ Explosivo»; de .92 no fator «Problemas de Atenção/Atividade Excessiva» e de .93 no fator «Antissocial/Agressivo». Na subescala problemas de comportamento interiorizados, o valor de Alfa de Cronbach foi de .85, no fator «Evitamento Social» e de .83 no fator «Ansiedade/Problemas Somáticos». Da analise dos valores da matriz de correlações de ambas as escalas, para o teste de esfericidade de Bartlett, (X2 = 88758.670, p<.001) na escala de aptidões sociais e (X2 = 14859.149, p<.001) na escala problemas de comportamento, indicadores de excelente factoriabilidade. Também o teste de adequação da amostra Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) foi de 0,948 na subescala EAS e de 0,963 na subescala EPC, indicativo de uma muito boa análise de componentes principais. Dos estudos de adaptação para a língua portuguesa europeia resultaram algumas modificações relativamente à versão original de Merrell (2002), nomeadamente no que diz respeito ao número de itens, que no estudo original, era composto por 76 itens e na versão para a língua portuguesa por 67 itens.