Moving megaliths in the Neolithic: a multi analytical case study of dolmens in Freixo-Redondo (Alentejo, Portugal)

Abstract

In this work a multi-disciplinary and multi-analytical approach was developed with the aim of better understanding the effort and selection criteria involved in the search for slabs used for the construction of dolmens during the Neolithic. Nine dolmens within a strip with ~15x10 km2 on south Portugal (Freixo, Alentejo region), within magmatic and metamorphic geological basement were studied. Based on their chronology and geographic positioning the dolmens studied were systematized as follows: dolmens of the Freixo Group (7), dolmen of Godinhos (1) and dolmen of Candeeira (1). The work developed consisted of an intensive geological survey associated with a sampling protocol. These data combined with the results obtained through microscopy and whole-rock geochemistry on samples from dolmens and outcrops allow us to infer some conclusions about distances involved. The nearestexposures were not used as the unique collection site. Although the distances from dolmen to nearest outcrops varies between 150 m and 780 m the complete match including size, shape, petrography and geochemistry was obtained for several dolmens providing for group of Freixo, distances between 800 and 3500 m, the dolmen of Godinhos use very local material ~350 m, and for dolmen of Candeeira, a local provenance of 170 m was established based on singular macroscopic features. Other nearby, available lithology (gabbro) and with compatible size was deprecated due to other reasons than functional.

Desenvolve-se aqui uma perspectiva multidisciplinar e multianalítica, com o objectivo de melhor compreender o esforço e os critérios de seleção envolvidos na procura de lajes utilizadas para a construção de dólmens durante o Neolítico. Foram estudados nove dólmens numa faixa com ~ 15x10 km2 no sul de Portugal (Freixo, região do Alentejo), com um substrato geológico magmático e metamórfico. Os dólmens estudados foram sistematizados da seguinte forma: dólmenes do Grupo Freixo (7), dólmen de Godinhos (1) e dólmen de Candeeira (1), com base na cronologia e posicionamento geográfico. O trabalho desenvolvido consistiu num levantamento geológico intensivo associado a um protocolo de amostragem. Estes dados, combinados com os resultados obtidos através de microscopia e geoquímica da rocha total em amostras de dólmens e afloramentos permitiram inferir algumas conclusões sobre as distâncias envolvidas. Os afloramentos mais próximos não foram usados como o único local de análise. Embora as distâncias de um dólmen aos afloramentos mais próximos variem entre 150 m e os 780 m, a associação perfeita, incluindo tamanho, forma, petrografia e geoquímica, foi obtida para vários dólmens tendo-se obtido para o grupo do Freixo distâncias entre 800 e 3500 m, para o dólmen de Godinhos, que usa muito material local, ~ 350 m, e para o dólmen da Candeeira, uma procedência local de 170 m foi estabelecida com base em características macroscópicas singulares. Outras litologias disponíveis nas proximidades (gabro) e com tamanho compatível foram preteridas devido a outras razões que não funcionais.