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dc.contributor.advisorEira, Catarina Isabel da Costa Simõespt_PT
dc.contributor.authorBassan, Letícia Adornopt_PT
dc.date.accessioned2021-03-11T14:53:08Z-
dc.date.available2021-03-11T14:53:08Z-
dc.date.issued2021-02-24-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10773/30829-
dc.description.abstractEm Portugal Continental, as tartarugas marinhas são um dos grupos da megafauna marinha mais ameaçados pelas atividades humanas. Os esforços na recolha de animais marinhos mortos e vivos vem aumentando pouco a pouco nos mais diversos países, incluindo em Portugal. A recuperação de animais arrojados contribui não só para o bem estar animal, mas proporciona ainda um aumento dos conhecimentos científicos da biologia geral, fisiologia e anatomia das espécies arrojadas. Além disso durante a reabilitação é possível perceber outros fatores como as patologias envolvidas, a exposição a poluentes e ainda permite uma monitorização do estado de uma população. O presente estudo foca-se na análise das causas de arrojamento de quatro espécies de tartarugas marinhas admitidas nos Centros de Reabilitação de Animais Marinhos CRAM-Quiaios e CRAM-Ecomare, durante um período de 2006 a 2019 bem como a taxa de mortalidade, taxa de sobrevivência e duração do período de reabilitação. Relacionou-se ainda, o sucesso de reabilitação das tartarugas marinhas com as causas da sua admissão salientando casos particulares detectados e comparando os resultados obtidos neste estudo com os resultados de outras regiões geográficas. Entre 2006 e 2019 foram registradas 45 tartarugas marinhas arrojadas vivas ao longo da costa portuguesa das espécies Caretta caretta (73%), Dermochelys coriacea (16%), Chelonia mydas (7%) e Lepidochelys kempii (4%). Os animais foram categorizados de acordo com a causa primária de entrada nomeadamente captura acidental, doenças infecciosas, outras causas (cold stunning, buoyancy disorder, má nutrição ou traumatismo) e desconhecido. Houve uma maior admissão de tartarugas marinhas nos centros de reabilitação durante a primavera e o verão, respetivamente 36% e 31%. Verificou-se que no 2º período de 2011 a 2014 tivemos quase 50% do total de admissões. Considerando todas as tartarugas marinhas deste estudo, cerca de 60% foram admitidas por causas relacionadas com a captura acidental. Este estudo indicou que 75% dos animais que morreram foi devido a doenças. A média de tempo em reabilitação para as tartarugas que morreram foi de 99 dias ± DP 181 dias e a média de tempo para as tartarugas sobreviventes foi de 355 dias ± DP 588 dias. As tartarugas marinhas admitidas devido à captura acidental foram as que passaram mais tempo em reabilitação até a morte. A taxa de sobrevivência das tartarugas marinhas admitidas foi de 73% e a taxa de mortalidade foi de 27%. As autoridades marítimas corresponderam à 32% do total de recolhas de tartarugas marinhas arrojadas nos últimos 14 anos. No nosso estudo 82% das tartarugas marinhas reabilitadas receberam algum tipo de marcação antes de serem libertadas. O número baixo de amostras permitiu um tratamento estatístico muito básico. Embora os dados sejam indicativos, serão necessários mais casos de entrada nos centros de reabilitação em Portugal para podermos tirar conclusões mais robustas. A reabilitação em si não tem conseguido recuperar as populações de tartarugas marinhas, no entanto podemos considerá-la uma ferramenta útil na conservação das tartarugas marinhas tendo em vista sua capacidade de mobilizar a sociedade e promover a conscientização de como as ações antropogênicas têm consequências diretas na vida dos animais marinhos. A pesca e as políticas de proteção marinha devem compartilhar de um mesmo objetivo: alcançar um desenvolvimento sustentável através da manutenção de uma economia produtiva que respeite a biodiversidade.pt_PT
dc.description.abstractIn mainland Portugal, sea turtles are one of the marine megafauna groups most threatened by human activities. Efforts in collecting dead and live marine animals have been increasing little by little in the most diverse countries, including Portugal. The recovery of stranded animals contributes not only to animal welfare, but also provides an increase in scientific knowledge of general biology, physiology and anatomy of stranded species. In addition, during rehabilitation, it is possible to perceive other factors such as the pathologies involved, exposure to pollutants and even allows monitoring the status of a population. The present study focuses on the analysis of the stranding causes of four species of sea turtles admitted to the Marine Animal Rehabilitation Centers CRAM-Quiaios and CRAM-Ecomare, during a period from 2006 to 2019 as well as the mortality rate, survival, and duration of the rehabilitation period. The success of rehabilitation of sea turtles was also related to the causes of their admission, highlighting particular cases detected and comparing the results obtained in this study with the results of other geographic regions. Between 2006 and 2019, 45 live stranded sea turtles were recorded along the Portuguese coast of the species Caretta caretta (73%), Dermochelys coriacea (16%), Chelonia mydas (7%) and Lepidochelys kempii (4%). The animals were categorized according to the primary cause of entry, namely accidental capture, infectious diseases, other causes (cold stunning, buoyancy disorder, malnutrition or trauma) and unknown. There was a greater admission of sea turtles in the rehabilitation centers during the spring and summer, respectively 36% and 31%. It was found that in the 2nd period from 2011 to 2014 we had almost 50% of the total admissions. Considering all sea turtles in this study, about 60% were admitted for causes related to accidental capture. This study indicated that 75% of the animals that died were associated to disease. The average time in rehabilitation for turtles that died was 99 days ± SD 181 days and the average time for surviving turtles was 355 days ± SD 588 days. Sea turtles admitted due to accidental capture were the ones who spent the most time in rehabilitation until death. The survival rate of admitted sea turtles was 73% and the mortality rate was 27%. Maritime authorities accounted for 32% of the total collection of stranded sea turtles in the last 14 years. In our study 82% of rehabilitated sea turtles received some type of marking before being released. The low number of samples allowed a basic statistical treatment. Although the data is indicative, more cases of admission into rehabilitation centers in Portugal will be needed to be able to draw more robust conclusions. Rehabilitation itself has not been able to recover sea turtle populations, however we can consider it a useful tool in the conservation of sea turtles in view of their ability to mobilize society and promote awareness of how anthropogenic actions have direct consequences on the marine animals’ life. Fisheries and marine protection policies must share the same objective: to achieve sustainable development by maintaining a productive economy that respects biodiversity.pt_PT
dc.language.isoporpt_PT
dc.rightsopenAccesspt_PT
dc.rights.urihttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0/pt_PT
dc.subjectTartarugas marinhaspt_PT
dc.subjectCentros de reabilitaçãopt_PT
dc.subjectAmeaças atropogênicaspt_PT
dc.subjectSucesso da reabilitaçãopt_PT
dc.subjectPortugalpt_PT
dc.titleUm estudo das tartarugas marinhas admitidas nos programas de reabilitação em Portugalpt_PT
dc.title.alternativeAn overview of sea turtles admitted to rehabilitation programs in Portugalpt_PT
dc.typemasterThesispt_PT
thesis.degree.grantorUniversidade de Aveiropt_PT
dc.description.masterMestrado em Biologia Marinha Aplicadapt_PT
Appears in Collections:UA - Dissertações de mestrado
DBio - Dissertações de mestrado

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