Biochemical profile of male and female wandering albatrosses

Abstract

The Wandering albatross Diomedea exulans, due to its behavior and biology, is often used as a top predator model. This species spends a great time in the ocean searching for food and only comes ashore during the breeding season. This study aimed to determine and compare the fatty acid and carbohydrates profile of male and female traveling albatrosses, between May and October 2009, in order to verify potential differences in the diet and infer about the body condition of individuals of both sexes and the months of sampling, during chick rearing. We analyzed 34 breeding adults (18 females and 16 males). The samples were collected on Bird Island, South Georgia, for further analysis of the biochemical profile in plasma and blood samples from each individual. In the analysis of fatty acids, it was observed that there were differences between tissues (plasma and blood) (F = 68.31; p < 0.01) but not between sexes and months. A greater abundance of FA in the plasma (98%) was observed in relation to blood samples. Saturated (SFA) and monounsaturated (MUFA) fatty acids were the most abundant FA. Polyunsaturated fatty acids (PUFA) were only observed in blood samples from individuals of both sexes. Although differences were observed over the months in both blood and plasma, these were not significant. Males showed a greater amount of FA (63%) in July and females in May (68%), in plasma samples, whereas in blood samples this pattern was observed in October for males (85%) and in September for females (67%). In the analysis of sugars, significant differences were also observed between tissues (F = 56.02; p < 0.01) but not between sexes and months. There was a greater abundance of carbohydrates in plasma samples than in blood samples, with Glucose showing greater abundance. In plasma, males showed a peak in October (71%) and females in July (55%), as well as in blood. These results show that both males and females contribute to the care of the young, not showing differences between sexes, and that both have to spend their energy reserves during the breeding season. However, males seem to be able to recover more quickly.

O albatroz-viageiro Diomedea exulans, devido ao seu comportamento e biologia, é muitas vezes utilizado como modelo de predador de topo. Esta espécie passa grande parte do tempo no oceano à procura de alimento e apenas vem a terra na época de reprodução. Neste estudo pretendeu-se determinar, e comparar, o perfil em ácidos gordos e açúcares de machos e fêmeas de albatrozes viageiros, entre Maio e Outubro de 2009, de modo a verificar potenciais diferenças na dieta e inferir sobre a condição corporal dos indivíduos de ambos os sexos e os meses de amostragem durante o período de reprodução e cuidados com as crias. Analisámos 34 adultos reprodutores (18 fêmeas e 16 machos). As amostras foram recolhidas na ilha de Bird, na Geórgia do Sul, para posterior análise do perfil bioquímico em amostras de plasma e sangue de cada individuo. Na análise dos ácidos gordos observou-se que existiam diferenças entre tecidos (plasma e sangue) (F=68.31; p<0.01) mas não entre sexos e os meses de amostragem. Observou-se uma maior abundância de ácidos gordos no plasma (98%) em relação às amostras de sangue. Os ácidos gordos saturados (SFA) e monoinsaturados (MUFA) foram os mais abundantes. Ácidos gordos poli insaturados (PUFA) foram apenas observados em amostras de sangue de indivíduos de ambos os sexos. Apesar de se terem observado diferenças ao longo dos meses tanto no sangue como no plasma, estas não foram significativas. Os machos apresentaram uma maior quantidade de ácidos gordos (63%) em julho e as fêmeas em Maio (68%), nas amostras de plasma, enquanto que nas amostras de sangue este padrão foi observado em Outubro para os machos (85%) e em Setembro para as fêmeas (67%). Na análise de açúcares também se observaram diferenças significativas entre tecidos (F=56.02; p<0.01) mas não entre sexos e os meses de amostragem. Registou-se uma maior abundância de açúcares em amostras de plasma do que em amostras de sangue, com a Glucose a apresentar uma maior abundância. No plasma, os machos apresentaram um pico em Outubro (71%) e as fêmeas em Julho (55%), assim como no sangue. Estes resultados evidenciam que tanto os machos como as fêmeas contribuem nos cuidados da cria, não se observando diferenças entre sexos, e que ambos têm de gastar reservas energéticas nesta época de reprodução. No entanto, os machos parecem conseguir recuperar mais rapidamente.