Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10773/30109
Título: Development of cancer nanovaccines based on glyconeoantigens
Outros títulos: Desenvolvimento de nanovacinas contra o cancro baseadas em glico-neoantigénios
Autor: Freitas, Rui Filipe Neves
Orientador: Ferreira, José Alexandre
Sarmento, Bruno
Amado, Francisco
Palavras-chave: Glycosylation
Cancer nanovaccines
Neoantigens
Data de Defesa: Dez-2019
Resumo: Cancer vaccines exploiting cancer neoantigens have been proven capable of eliciting powerful immune responses against cancer cells with limited offtarget effects, constituting the next cornerstone in cancer treatment. Cancer vaccines are also capable of inducing immunological memory against recurrences, which is key for cancer management. The most promising epitopes remain peptides derived from genomic mutations. However, many solid tumours present a low mutational burden, hampering the generalization of these approaches and demanding the exploitation of other classes of biomolecules. Alterations in protein glycosylation translated by the expression of short-chain O-glycans at the surface of cancer cells offers tremendous potential towards this objective. Despite their cancer-associated nature and relevant role in cancer development, these glycans also contribute to immunosuppression, frustrating attempts to develop glycan-based vaccines. Envisaging this goal, this work describes a single-pot chemoenzymatic method for synthesizing glycoepitopes derived from cancer-associated Mucin16 (MUC16) expressing different classes of neutral and sialylated short-chain O-glycans in mimicry of cancer cells. In parallel, MUC16-Tn glycopeptides wereconjugated with immunogenic protein key lymphocyte hemocyanin (KLH), foreseeing the development of conventional glycan-protein vaccine constructs. The second part of the work exploits the potential of nanoconstructs for improved vaccine formulations. Briefly, PLGA nanoparticles were functionalized or adsorbed with MUC16-Tn and characterized by TEM and 1H NMR. Nanoparticles showed a spherical and homogenous nature, low polydispersion index, dimensions bellow 200nm and high stability at physiological pH. Toxicity thresholds and internalization capacity by antigen presenting cells was determined using macrophages. The third part of the work concerned the development of a cell model expressing the Tn antigen which was used to infer the functional implications of this antigen, with emphasis on immune evasion. Briefly, the genome of T24 urothelial cells was edited through CRISPR/Cas9 technology to produce a stable C1GALT1 knock-out. This cell line expressed significantly high levels of the Tn antigen at the cell surface and completely obliterated the expression of extended glycoforms, as translated by flow cytometry, immunofluorescence microscopy and glycomics analysis by mass spectrometry. Moreover, glycoproteomics studies confirmed MUC16-Tn expression, supporting the utility of the model in the context of the developed vaccine constructs. Interestingly, Tn antigen expression did not impact on cell proliferation, migration and invasion as well as in the expression of important molecules for cancer immune escape. Nevertheless, co-culture assays with dendritic cells suggested that Tn expressing cancer cells may negatively influence their differentiation and downregulate relevant molecules involved in antigen presentation. In summary, a rationale has been created to support the development and improvement of glycan-based vaccines for cancer foreseeing in vivo studies. Given the pancarcinomic nature of these glycoepitopes, the generalization of more efficient vaccines to different cell models may be envisaged.
As vacinas contra o cancro que exploram neoantigénios são capazes de provocar respostas imunes contra células tumorais com poucos efeitos adversos, sendo assim promissoras para o tratamento do cancro. Estas vacinas são capazes também de induzir memória imunológica contra recidivas, o que é essencial para a terapia. Os epítopos mais promissores são os péptidos derivados de mutações genéticas. No entanto, muitos tumores sólidos apresentam baixa carga mutacional, dificultando a generalização dessas abordagens e exigindo a exploração de outras classes de biomoléculas. Alterações na glicosilação de proteínas, traduzidas pela expressão de Oglicanos de cadeia curta na superfície das células tumorais oferecem um tremendo potencial para esse objetivo. Apesar da sua natureza associada ao cancro e papel relevante no desenvolvimento do mesmo, estes glicanos também contribuem para a imunossupressão, impedindo assim de se desenvolver vacinas à base de glicanos. Com vista a este objetivo, este trabalho descreve um método quimioenzimático para sintetizar glicoepítopos derivados de mucina 16 associada ao cancro (MUC16) que expressa diferentes classes de O-glicanos de cadeia curta neutros e sialilados. Paralelamente, os glicopéptidos MUC16-Tn foram conjugados com hemocianina linfocitária (KLH), prevendo o desenvolvimento de formulações vacinais convencionais glicano-proteína. A segunda parte do trabalho explora o potencial dos nanoveículos para melhorar as formulações de vacinas. Resumidamente, as nanopartículas de PLGA foram funcionalizadas ou adsorvidas com MUC16- Tn e caracterizadas por TEM e 1H RMN. As nanopartículas apresentaram natureza esférica e homogénea, baixo índice de polidispersão, dimensões abaixo de 200 nm e alta estabilidade ao pH fisiológico. Os limiares de toxicidade e capacidade de internalização por células apresentadoras de antígeno foram determinados usando macrófagos. A terceira parte do trabalho diz respeito ao desenvolvimento de um modelo celular que expressa o antígeno Tn, que foi utilizado para inferir as implicações funcionais desse antígeno, com ênfase na evasão imunológica. Resumidamente, o genoma das células uroteliais T24 foi alterado através da tecnologia CRISPR / Cas9 para produzir um knock-out estável de C1GALT1. Essa linha celular expressa níveis significativamente altos de Tn à superfície e obliterou completamente a expressão de glicoformas estendidas, traduzidas por citometria de fluxo, microscopia de imunofluorescência e análise glicómica. Além disso, os estudos de glicoproteómica confirmaram a expressão de MUC16-Tn, apoiando a utilidade do modelo no contexto das construções de vacinas. Curiosamente, a expressão do antígeno Tn não teve impacto na proliferação, migração e invasão celular, bem como na expressão de moléculas importantes para a imunossupressão. No entanto, ensaios de co-cultura com células dendríticas sugeriram que as células tumorais que expressam Tn podem influenciar negativamente sua diferenciação e regulação de moléculas relevantes envolvidas na apresentação do antígeno. Em resumo, foi criada uma base para apoiar o desenvolvimento e a melhoria de vacinas à base de glicano para o cancro, prevendo estudos in vivo.
URI: http://hdl.handle.net/10773/30109
Aparece nas coleções: UA - Dissertações de mestrado
DQ - Dissertações de mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Documento_Rui_Freitas.pdf3.94 MBAdobe PDFVer/Abrir


FacebookTwitterLinkedIn
Formato BibTex MendeleyEndnote Degois 

Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.