Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10773/28687
Title: Famílias com filhos adolescentes: conhecimentos, atitudes e comportamentos sobre prevenção do cancro do colo do útero
Other Titles: Families with adolescents: knowledge, attitudes and behaviours about cervical cancer prevention
Author: Santos, Angélica Amaral Fernandes
Advisor: Freitas, Célia
Alvarelhão, José Joaquim Marques
Keywords: Família
Filhos
Adolescentes
Conhecimentos
Atitudes
Comportamentos
Prevenção
Cancro e colo do útero
Defense Date: 19-Dec-2019
Abstract: Enquadramento Mediante a problemática relativa à precocidade do início da vida sexual durante a adolescência, com todos os riscos associados a infeções sexualmente transmissíveis, designadamente o papiloma vírus humano, causador do cancro do colo do útero, torna-se emergente a promoção da saúde e a prevenção da doença junto desta população. Objetivos Avaliar os conhecimentos, atitudes e comportamentos das adolescentes nascidas entre 2003 e 2005 da USF Pirâmides e respetivos pais sobre a prevenção do Cancro do Colo do Útero (CCU) de forma a identificar intervenções do Enfermeiro de Saúde Famíliar no âmbito das consultas às adolescentes na Unidade de Saúde Familiar (USF) Pirâmides. Métodos Estudo de abordagem mista, exploratório, do tipo transversal, descritivo e correlacional. Para o estudo do tipo quantitativo foram aplicados 107 questionários de autopreenchimento às adolescentes para avaliar conhecimentos, atitudes e comportamentos das adolescentes sobre prevenção do CCU. Por sua vez, a componente qualitativa é um estudo do tipo fenomenológico com base num guião de entrevista semiestruturada para avaliar conhecimentos e comportamentos dos pais acerca da prevenção do CCU. Foram efetuadas um total de seis entrevistas. O método de amostragem utilizado foi o não probabilístico, por conveniência. Os critérios de inclusão são: (i) adolescentes nascidas entre os anos de 2003 e 2005 inclusive, inscritas na USF Pirâmides e (ii) pais acompanhantes das adolescentes aquando o contacto com a USF. Como critérios de exclusão: (i) adolescentes com incapacidade para fornecer consentimento informado (ii) pais que não sabem ler, nem escrever. Relativamente aos dados obtidos pelos questionários foi efetuada uma análise estatística descritiva de forma a dar resposta à questão de investigação e com recurso à ferramenta informática do Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 25.0. Para o tratamento dos dados relativos às entrevistas aos pais, foi realizada análise de conteúdo com recurso à ferramenta webQDA®. Resultados O alfa de Cronbach obtido para o questionário ao nível de conhecimento das adolescentes foi de α=0,701, pelo que se considerou o somatório das questões certas como fiável. Quanto ao nível de conhecimento das adolescentes obteve-se uma média de 18,3 (dp=4,33; min-máx=[6 - 25]). A única associação ou diferença estatisticamente significativa encontrada entre o nível de conhecimento e as variáveis sociodemográficas foi com o nível de escolaridade das adolescentes (r=0,298, p<0,01). Quanto maior é o nível de escolaridade das adolescentes, maior é o nível de conhecimento. No entanto, as adolescentes residentes em meio urbano revelaram um nível de conhecimento ligeiramente superior às residentes em meio semiurbano ou rural (18,7±3,88 vs 17,5±5,37). Quanto aos comportamentos e atitudes, 68,2% dos adolescentes apontam como fontes de informação importante, os meios de comunicação em massa (TV e Internet); a família (47,6%), os profissionais de saúde (42,1%) e os amigos (47,7%). As adolescentes não consideram os professores como figuras de referencia para abordar estes temas ao contrário do papel do enfermeiro de família que, para a maioria (67,3%) refere ser a enfermeira de família a administrar a vacina contra o HPV e que estes profissionais fornecem informação sobre a vacina ‘sempre’ (43,9%) ou ‘muitas vezes’ (23,4%). As adolescentes frequentam sempre as consultas de vigilância na USF (68,2%), sendo que 43,9% não vai apenas por doença e 86,9% seguem as recomendações de vacinação realizadas pela USF. A adesão à vacina parece ter uma forte influência parental sendo que 93,5% consideram sempre importante cumprir as vacinas estipuladas e 87,9% utilizar o preservativo para prevenir o CCU e HPV. Das entrevistas aos pais, estes consideram a prevenção um aspeto importante quando se aborda a vacinação e os rastreios do CCU. Denotou-se a confiança dos pais nos profissionais de saúde relativamente à idade preconizada para a realização da vacina, confiando no que lhes é transmitido sobre estes assuntos. Também neste estudo, verificou-se o exemplo dos pais na transmissão de valores e crenças e são de opinião da vacinação do género masculino. Conclusão Este estudo mostra a necessidade contínua de aumentar o conhecimento sobre HPV e o CCU entre as meninas adolescentes para melhorar a sua consciencialização sobre IST e métodos de prevenção. O enfermeiro de saúde familiar tem um papel fulcral a desempenhar neste âmbito, a fim de educar e capacitar as adolescentes e os seus pais sobre comportamentos sexuais saudáveis.
Framework Through the problems related to the early sexual life during adolescence, with all the risks associated with sexually transmitted infections, namely Human Papilloma Virus, which causes cervical cancer, health promotion and prevention of the disease to this population. Goals To evaluate the knowledge and behaviors of adolescents born in the years 2003-2005 of USF Pirâmides and their respective parents on the prevention of cervical cancer (CCU) to identify interventions of the Family Nurse in the context of consultations with adolescents in the Unit of Family Health (USF) Pyramids. Methods Cross-sectional, exploratory, descriptive and correlational study. For the quantitative study, 107 a self-completed questionnaire was applied to the adolescents to identify knowledge, attitudes and behaviors regarding CCU prevention. The qualitative component is a phenomenological study based on a semi-structured interview guide to assess parents knowledge and behaviors about CCU prevention. Being carried out in a total of 6 interviews. The sampling method used was non-probabilistic, for convenience. Inclusion criteria are: (i) adolescents born between 2003 and 2005 inclusive, enrolled at USF Pyramids and (ii) accompanying parents of adolescents when contacting USF. Exclusion criteria: (i) adolescents unable to provide informed consent (ii) parents who cannot read or write.Regarding the data obtained by the questionnaires, a descriptive statistical analysis will be carried out in order to answer the research question and using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 25.0 software tool. For the treatment of data related to parent interviews, content analysis will be performed using the webQDA® tool. Results Cronbach's alpha obtained for the questionnaire for adolescents' level of knowledge was α = 0.701, so the sum of the right questions was considered reliable. Regarding the knowledge level of the adolescents, an average of 18.3 (SD = 4.33; min-max = [6 - 25]) was obtained. The only statistically significant association or difference found between the level of knowledge and the sociodemographic variables was with the educational level of the adolescents (r = 0.298, p <0.01). The higher the level of education of adolescents, the higher the level of knowledge. However, adolescents living in urban areas showed a slightly higher level of knowledge than those living in semi-urban or rural areas (18.7 ± 3.88 vs 17.5 ± 5.37). Regarding behaviors and attitudes, 68.2% of adolescents indicate as important sources of information, the mass media (TV and Internet); family (47.6%), health professionals (42.1%) and friends (47.7%). Adolescents do not consider teachers to be reference figures for addressing these issues, contrary to the role of the family nurse who, for the majority (67.3%), refers to being the family nurse administering the HPV vaccine and that these professionals provide information about the vaccine 'always' (43.9%) or 'often' (23.4%). The adolescents always attend surveillance appointments at USF (68.2%), and 43.9% do not go solely for illness and 86.9% follow the vaccination recommendations made by USF. Admission to vaccination seems to have a strong parental influence and 93.5% always consider it important to comply with the stipulated vaccines and 87.9% use a condom to prevent CCU and HPV. From interviews with parents, they consider prevention an important aspect when addressing vaccination and CCU screening. The parents' confidence in health professionals regarding the recommended age for the vaccine was indicated, relying on what is transmitted to them on these issues. Also, in this study, we found the example of parents in the transmission of values and beliefs and they are of the opinion of male vaccination. Conclusion This study shows the continuing need to increase knowledge about HPV and CCU among adolescent girls to improve their STI awareness and prevention methods. The family health nurse has a key role to play in this regard in educating and empowering adolescents and their parents about healthy sexual behaviors.
URI: http://hdl.handle.net/10773/28687
Appears in Collections:UA - Dissertações de mestrado
ESSUA - Dissertações de mestrado

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