Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10773/26825
Título: Deteção de estímulos ameaçadores inter e intraespecíficos: diferenças no acesso à consciência visual
Autor: Pinheiro, Sara Alexandra Lopes
Orientador: Soares, Sandra Cristina de Oliveira
Palavras-chave: Medo
Estímulos ameaçadores
Acesso à consciência
CFS
Cobras
Faces de raiva
Data de Defesa: 19-Dez-2018
Resumo: O processamento visual de estímulos ameaçadores tem sido associado a uma via subcortical que permite ativar rapidamente a amígdala. Numa perspetiva evolutiva, as cobras e a expressão facial de raiva são exemplos de estímulos (inter e intraespecíficos, respetivamente) que têm vindo a representar uma ameaça à sobrevivência dos mamíferos. No entanto, a pressão originada pela predação das cobras antecedeu a comunicação do medo através das expressões faciais. Mais ainda, a pressão evolutiva para a deteção destes estímulos ameaçadores envolve respostas mais rápidas e eficazes, dispensando um processamento consciente. Por este motivo, o presente estudo recorreu à continuous flash suppression (CFS) para estudar potenciais diferenças no acesso à consciência visual, entre cobras (vs lagartas) e faces de raiva (vs expressão neutra) e, ao mesmo tempo, avaliar a existência de uma vantagem por parte dos estímulos ameaçadores evolutivamente mais relevantes (i.e., cobras, comparativamente com as expressões faciais). Ao contrário do esperado, os resultados demonstraram uma vantagem no acesso à consciência visual por parte dos estímulos intraespecíficos (faces de raiva e neutras) comparativamente com os estímulos interespecíficos. Adicionalmente, e de um modo geral, as faces de raiva foram detetadas mais rapidamente do que as neutras, seguindo-se as cobras e, por último, as lagartas. Contudo, o fator que melhor pareceu explicar estes resultados foi o contraste das imagens, mais ainda do que o seu conteúdo emocional, uma vez que as faces pareceram apresentar valores de contraste superiores aos animais. Assim, este estudo parece reforçar a ideia de que é importante ter em conta as características visuais elementares dos estímulos, em investigações sobre o acesso à consciência visual.
Visual processing of threatening stimuli has been associated with a subcortical pathway that allows rapid activation of the amygdala. In an evolutionary perspective, snakes and angry faces are examples of stimuli (inter and intraspecific, respectively) that have been posing a threat to the survival of mammals. However, the pressure originated by the predation of snakes preceded communication of fear through facial expressions. Moreover, the evolutionary pressure for the detection of these threatening stimuli involves faster and more effective responses, dispensing conscious processing. For this reason, the present study used continuous flash suppression (CFS) to study potential differences in the access to visual awareness, between snakes (vs caterpillars) and angry faces (vs neutral faces) and, at the same time, to evaluate the existence of an advantage from evolutionarily more relevant threatening stimuli (i.e., snakes, compared to facial expressions). Contrary to expectations, the results demonstrated an advantage in the access to visual awareness by the intraspecific stimuli (angry and neutral faces) compared to interspecific stimuli. In addition, and in general, angry faces were detected faster than neutral faces, followed by the snakes and, finally, the caterpillars. However, the factor that best seemed to explain these results was the contrast of the images, even more so than their emotional content, since the faces appeared to have higher contrast values than the animals. Thus, this study seems to reinforce the idea that it’s important to consider the low-level visual characteristics of stimuli in investigations about the access to visual awareness.
URI: http://hdl.handle.net/10773/26825
Aparece nas coleções: UA - Dissertações de mestrado
DEP - Dissertações de mestrado

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