Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10773/23732
Title: The influence of the visual surrounding environment in visuo-spatial cognitive tasks: a developmental study
Other Titles: A influência do ambiente visual circundante em tarefas cognitivas visuo-espaciais: um estudo desenvolvimental
Author: Rodrigues, Pedro Filipe da Silva
Advisor: Pandeirada, Josefa das Neves Simões
Keywords: Psicologia cognitiva
Perceção visual
Adolescentes
Jovens adultos
Idosos
Crianças
Psicologia do desenvolvimento
Estratégias da aprendizagem
Defense Date: 23-May-2018
Publisher: Universidade de Aveiro
Abstract: A distração visual é amplamente estudada em diversos grupos etários. Habitualmente, nessas investigações, os estímulos-alvo e os distratores são apresentados no mesmo display visual (e.g., no ecrã do computador), um procedimento que parece reproduzir insatisfatoriamente as condições diárias em que atuamos. No nosso dia-a-dia, as tarefas são frequentemente realizadas em ambientes que nos cercam com diversos estímulos visuais; contudo pouco se sabe sobre a sua influência concreta no nosso desempenho cognitivo. O objetivo principal deste projeto foi desenvolver um procedimento mais ecológico que permita o estudo da distração visual em diferentes grupos etários e que melhor represente as condições que encontramos na nossa vida diária. Para isso, criámos dois ambientes, manipulados de uma forma controlada, onde os participantes realizaram um conjunto de tarefas cognitivas visuo-espaciais básicas. Concretamente, desenvolvemos dois ambientes circundantes, um de alta carga visual e outro de baixa carga visual, nos quais crianças (8-12 anos), adolescentes (13-17 anos), jovens adultos (18-29 anos) e idosos (≥ 65 anos), realizaram as tarefas cognitivas. Seguindo um desenho experimental misto, sessenta e quatro participantes de cada grupo etário realizaram duas sessões individuais com um intervalo entre elas de 14-23 dias; uma das sessões foi realizada no ambiente de alta carga visual, enquanto que a outra sessão foi conduzida no ambiente de baixa carga visual. Em cada sessão, os participantes realizaram duas tarefas de atenção (go/no-go e tempos de reação de escolha) e duas de memória (blocos de Corsi e Figura Complexa de Rey). A ordem de aplicação das duas condições ambientais, assim como a ordem de realização das tarefas foi contrabalançada entre os participantes. Alguns instrumentos adicionais foram ainda aplicados para recolha de informação sociodemográfica e para avaliar variáveis individuais (ansiedadeestado, depressão e cronótipo). Em geral, as crianças, os adolescentes e os idosos apresentaram melhor desempenho quando realizaram as tarefas cognitivas no ambiente de baixa carga visual do que no ambiente de alta carga visual. Especificamente, no ambiente de alta carga visual, as crianças apresentaram menor percentagem de hits (go/no-go) e de respostas corretas (tempos de reação de escolha), apresentando igualmente maiores tempos de reação a estas últimas; apresentaram ainda menor desempenho nas duas tarefas de memória. Os adolescentes também tiveram pior desempenho no ambiente de alta carga visual; concretamente, neste ambiente os adolescentes apresentaram, nas tarefas atencionais, menor percentagem de hits e de respostas corretas, assim como maior percentagem de falsos alarmes e de erros; apresentaram ainda pior desempenho nos blocos de Corsi. Os idosos tiveram também pior desempenho no ambiente de alta carga visual, especificamente com menor percentagem de hits e maiores tempos de reação na go/no-go, menor percentagem de respostas corretas e mais erros na tarefa tempos de reação de escolha e pior desempenho nos blocos de Corsi. Nos jovens adultos, não verificámos qualquer influência significativa da manipulação ambiental. Quando analisámos os dados de todos os grupos, os resultados revelaram efeitos principais de grupo etário em todas as variáveis consideradas (tal como previsto), bem como várias interações Ambiente x Grupo-etário. Embora algumas exceções tenham sido encontradas, os resultados descreveram genericamente o padrão habitualmente encontrado nos estudos desenvolvimentais: os idosos e as crianças apresentaram o pior desempenho, seguidos dos adolescentes e finalmente dos jovens adultos que obtiveram o melhor desempenho cognitivo, como esperado. A influência da manipulação ambiental no desempenho cognitivo ocorreu nos três primeiros grupos, tal como expectado. Também apresentamos um breve estudo exploratório, onde averiguámos se o efeito ambiental diferiu quando as variáveis individuais ansiedade-estado, depressão e cronótipo foram consideradas; os resultados nem sempre foram consistentes com as nossas previsões, embora devamos ter cautela com as suas conclusões, dado tratar-se de um estudo puramente exploratório. O presente trabalho propõe um paradigma experimental alternativo para o estudo da distração visual. Este acrescenta mais validade ecológica, fornecendo resultados que provavelmente refletem mais fielmente o que acontece em contextos reais. Os nossos resultados indicam que a manipulação ambiental realizada afeta o desempenho cognitivo em tarefas cognitivas básicas, particularmente em grupos etários mais vulneráveis à influência de potenciais distratores. Os nossos resultados são discutidos à luz das teorias existentes. Implicações práticas e sugestões para estudos futuros são igualmente avançadas
Visual distraction is widely studied in different age groups. Usually, in these research, targets and distractors are shown on the same visual display (e.g., the computer screen), a procedure that hardly mimics the everyday conditions in which we operate. We frequently have to perform tasks in environments that surround us with many visual stimuli but little is known about their specific influence on cognitive performance. The main goal of this project was to develop a more ecological procedure that more closely represented the conditions we face in everyday life to study visual distraction across different age groups. To this end, we created two environments, manipulated in a controlled manner, in which participants responded to a set of basic visuo-spatial cognitive tasks. Specifically, we developed a high-load visual surrounding environment and a low-load visual surrounding environment under which children (8-12 YO), adolescents (13-17 YO), young adults (18-29 YO), and older adults (≥ 65 YO), responded to these tasks. Following a mixed experimental design, sixty-four individuals from each age group participated in two individual sessions with an interval of 14 to 23 days between them: one session was completed in the high-load, whereas the other session was completed in the lowload visual surrounding environment. In each session, participants performed two attentional tasks (go/no-go and choice reaction time) and two memory tasks (Corsi block-tapping and Rey Complex Figure). The orders of the environmental conditions, as well as of the tasks were counterbalanced among participants. Some additional instruments were also applied to collect sociodemographic information and assess individual variables (state-anxiety, depression, and chronotype). Overall, the children, adolescents, and older adults obtained better cognitive performance when the tasks were completed in the low-load as compared with the high-load visual surrounding environment. Specifically, in the later children obtained a lower percentage of hits (go/no-go) and of correct responses (choice reaction time), as well as longer reaction times for the correct responses; they also presented a lower performance in the two memory tasks, when these were performed in the high-load visual surrounding environment. As for the adolescents, when in the high-load environment, they obtained a lower percentage of hits and of correct responses, as well as a higher percentage of false alarms and errors and a lower Corsi span. Performance of the older adults was also lower in the high-load environment, specifically with lower percentage of hits and longer reaction times in the go/no-go task, lower percentage of correct responses and more errors in the choice reaction time, as well as lower performance in the Corsi block-tapping task. Performance of the young adults was not significantly influenced by our environmental manipulation. When the data were analyzed across all age groups, the results revealed main effects of age group in all of the considered variables (as expected), as well as several Environment x Age-group interactions. Although some exceptions were found, in general, the results described the pattern of results usually found in developmental studies: the older adults and the children presented the lowest cognitive performance, followed by the adolescents, and finally by the young adults who obtained the best cognitive performance, as predicted. The former three groups were also the ones that were influenced by our environmental manipulation, as expected. We also briefly explored if the effect of our environmental manipulation differed when the individual variables of stateanxiety, depression, and chronotype were considered; the findings were not always consistent with our predictions although not firm conclusions should be drawn from these exploratory analyzes. The current work proposes an alternative experimental paradigm to study visual distraction that more likely reflects what occurs in real settings, adding more ecological validity to this area of research. Our results indicate that such manipulation disrupts performance in basic cognitive tasks, particularly in the age groups that are more vulnerable to the influence of potential distractors. Our results are discussed in light of the existent theories. Practical implications and suggestions for future studies are also mentioned.
Description: Doutoramento em Psicologia
URI: http://hdl.handle.net/10773/23732
Appears in Collections:UA - Teses de doutoramento
DEP - Teses de doutoramento

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