Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10773/18446
Título: Blacks in white custody: biracial buddy films in the eighties
Autor: Fernandes, Marinela Fernandes Pinheiro
Orientador: Barker, Anthony
Palavras-chave: Cinema - Estados Unidos da América
Negros - Cinema
Raças - Cinema
Estudos Ingleses
Data de Defesa: 1999
Editora: Universidade de Aveiro
Resumo: Falar em raça no cinema americano é falar em toda a história do cinema dos Estados Unidos. Desde o filme The Bivth of a Nation (1915) de D. W. Grath que as imagens ou representações raciais em cinema têm preocupado principalmente aqueles que aparecem retratados de uma forma pouco digna ou ofensiva, nomeadamente os negros americanos. De uma forma mais ou menos vincada o cinema americano insiste em representar os indivíduos negros recorrendo a estereotipos culturalmente enraizados, tais como, o "Uncle Tom", isto é, o servo fiek o "coon", isto é, o bobo; o "buck", ou seja, o macho sexualmente agressivo; a "mammy", ou a ama-seca; e muitos mais. Deste modo, os fhes americanos têm vindo a representar e a defini a identidade racial dos negros como algo estranho e inferior em oposição à identidade racial dos brancos, posicionada como "naturalmente" superior, logo normativa. Apesar de estarmos no limiar do século XXI, este dualismo continua a ser uma constante nos filmes produzidos em Holíywood. Nem mesmo a estratégia dos "buddy" filmes, que aparentemente colocaria o branco e o negro em pé de igualdade, consegue desmantelar as barreiras que se têm erguido contra uma representação equitativa das duas raças. Filmes como Lethal Weapon e as suas sequelas, ou 48 Hours e Another 48 Hours, produzidos nos anos oitenta e noventa, apresentam o protagonista branco como um modelo ideal de masculinidade. Deste modo, enquanto representante de uma raça, o herói branco passa a servir como o expoente máximo de uma raça igualmente ideal. Por seu turno, o protagonista negro é posicionado ao lado do herói branco essencialmente enquanto pai adoptivo, que protege o seu colega dos perigos vários, conduzindo-o a uma maturidade sadia. Dentro dos "buddy" filmes, o papel do protagonista negro continua também a estar limitado a uma função cómica. Assim, apresentando os probelmas raciais de uma forma humorística, Hollywood evita abordar este problema Eontalmente, optando, porém, por entreter os espectadores com fantasias e idílios raciais. Após uma longa década de contenção de imagens dos negros, no fim dos anos oitenta e início dos noventa surge um leque significativo de filmes sobre e essencialmente para as audiências negras. Cineastas negros como Spike Lee, John Singleton, Mario Van Peebles, entre outros, conseguiram a aprovagão dos estúdios de Hollywood para realizarem filmes cujos conteúdos e estilos introduziam inovações relativamente "arriscadas" para as companhias produtoras e audiências há muito tempo acomodadas. Surpreendentemente, as imagens alternativas oferecidas nestes filmes foram do agrado quer das audiências brancas, quer das negras. Tendo em conta o objectivo financeiro que sustenta todos os filmes de Hollywood, pode-se inferir que enquanto as audiências responderem positivamente a imagens alternativas de negros nos ecrãs, as companhias produtoras de Hollywood continuarão a permitir filmes com uma forte presença de elementos da raça negra e sobre problemas que afectam particularmente estes indivíduos.
Descrição: Mestrado em Estudos Ingleses
URI: http://hdl.handle.net/10773/18446
Aparece nas coleções: UA - Dissertações de mestrado
DLC - Dissertações de mestrado

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