Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10773/17197
Título: | A influência da família na atividade física dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crónica |
Autor: | Barreira, Ana Sofia da Cruz |
Orientador: | Marques, Alda Sofia Pires de Dias |
Palavras-chave: | Fisioterapia Doenças pulmonares Exercício físico |
Data de Defesa: | 2016 |
Editora: | Universidade de Aveiro |
Resumo: | Enquadramento: Baixos níveis de atividade física (AF) são preditores de todas
as causas de mortalidade e hospitalizações na Doença Pulmonar Obstrutiva
Crónica (DPOC). No entanto, a eficácia de estratégias de intervenção na AF
diária em pacientes com DPOC tem apresentado benefícios limitados no
tempo. Estudos anteriores salientaram que o suporte familiar pode influenciar
os níveis de AF de pessoas saudáveis, mas pouco se sabe sobre a influência da
família sobre os níveis de AF de pacientes com DPOC. Objetivos: Avaliar a
influência da família nos níveis de AF de pacientes com DPOC e de pessoas
saudáveis, comparar a AF de famílias com DPOC com a AF de famílias
saudáveis e explorar as associações entre a AF dos participantes e as medidas
secundárias. Métodos: Realizou-se um estudo transversal. Dados
sociodemográficos, antropométricos e clínicos foram recolhidos através de um
questionário estruturado. A função pulmonar foi avaliada com espirometria e
a força muscular do quadricípete (FMQ) foi medida com dinamometria manual
digital. A Modified Medical Research Council Dyspnoea Questionnaire (mMRC)
e a Escala de Borg Modificada (EBM) foram utilizadas para avaliar a dispneia. A
capacidade de exercício foi avaliada através do Teste de marcha dos 6 minutos
(TM6M). A qualidade de vida relacionada com a saúde (QVRS) dos pacientes
com DPOC foi avaliada através do Saint George’s Respiratory Questionnaire
(SGRQ), e das pessoas saudáveis e dos familiares através do World Health
Organization Quality of Life Scale-Bref Version (WHOQOL-Bref). A AF foi
medida com a versão breve do Questionário Internacional de Atividade Física
(IPAQ) e com os acelerómetros ActiGraph GT3X+, usados durante 5 dias
consecutivos. Todos os dados obtidos foram analisados recorrendo à
estatística descritiva e inferencial. Resultados: Dezoito díades (pacientes com
DPOC-familiares (n=9); pessoas saudáveis-familiares (n=9)) participaram no
estudo. Os pacientes com DPOC eram na sua maioria do género masculino
(n=8; 88,9%) e os seus familiares do género feminino (n=7; 77,8%). As pessoas
saudáveis eram na sua maioria do género masculino (n=8; 88,9%) e os seus
familiares eram todos do género feminino (n=9; 100%). As díades
apresentaram valores de AF semelhantes quando monitorizados com
acelerometria e todos os participantes cumpriram as recomendações
internacionais de tempo médio em AFMV (˃30 min/dia), ainda que os valores
tenham sido inferiores nos pacientes com DPOC. Os pacientes com DPOC
apresentaram níveis de AF significativamente inferiores às pessoas saudáveis
confirmados através do IPAQ Total (p=0,002) e dos acelerómetros (AF total
p=0,011; AFMV total p=0,001; número de passos p=0,002). Foram encontradas
correlações significativas entre a AF da maioria dos participantes e as medidas
secundárias QVRS e FMQ, e a AF das pessoas saudáveis e a AF dos familiares
(p<0,05). Não foram encontradas correlações significativas entre a AF dos
pacientes com DPOC e a AF dos familiares (p˃0,05). Conclusão: Verificou-se
uma influência significativa da família nos níveis de AF nas díades das pessoas
saudáveis mas não nos das pessoas com DPOC. A AF mostrou-se
significativamente associada com QVRS e FMQ. Mais investigação é
necessária, sobre o impacto do suporte familiar na AF destes pacientes, bem
como sobre as estratégias que poderão influenciar o comportamento
sedentário e aumentar os níveis de AF diária destes pacientes. Background: Low physical activity (PA) levels are predictors of all-cause mortality and hospitalizations in Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD). However, the effectiveness of intervention strategies on daily PA in patients with COPD have shown limited benefits in time. Previous research has highlighted that family support may affect PA levels of healthy people, but little is known about the influence of family on the PA levels of patients with COPD. Aims: To assess the influence of family on PA levels of patients with COPD and healthy people, compare PA of families with COPD and PA of healthy families and explore the relationships between PA of participants and secondary measures. Methods: A cross-sectional study was conducted. Sociodemographic, anthropometric and clinical data were collected through a structured questionnaire. Lung function was assessed with spirometry and quadriceps muscular strength (QMS) was recorded with a hand-held dynamometer. Modified Medical Research Council Dyspnoea Questionnaire (mMRC) and Modified Borg Scale (mBORG) were used for assessing dyspnoea. Exercise capacity was assessed with the 6-min walk test (6MWT). Healthrelated quality life (HRQOL) was assessed with the Saint George's Respiratory Questionnaire (SGRQ) in patients with COPD and with the World Health Organization Quality of Life Scale-Bref Version (WHOQOL-Bref) in family members and healthy people. PA was measured with the short version of the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) and accelerometers ActiGraph GT3X+, worn for 5 consecutive days. All data were analysed with descriptive and inferential statistics. Results: Eighteen dyads (patients with COPD-family members (n=9); healthy people-family members (n=9)) participated in this study. Patients with COPD were mostly male (n=8; 88.9%) and their relatives were female (n=7; 77.8%). Healthy people were mostly male (n=8; 88.9%) and their relatives were all female (n=9; 100%). The dyads had similar values of PA when monitored with accelerometry and all participants meet international recommendations mean time in MVPA (˃30 min/day), although values were lower in patients with COPD. Patients with COPD had significantly lower PA levels than healthy people confirmed through IPAQ Total (p=0,002) and accelerometers (total PA p=0,011, total MVPA p=0,001; number of steps p=0,002). Significant correlations were found between PA of most participants and secondary measures HRQOL and QMS, and between PA of healthy people and PA of relatives (p<0,05). There were no significant correlations between PA of patients with COPD and PA of family members (p˃0,05). Conclusion: There was a significant influence of family on PA levels in dyads of healthy people but not in people with COPD. PA was significantly associated with HRQOL and QMS. More research is needed about the impact of family support in PA of these patients, as well as on the strategies that may influence sedentary behaviour and increase daily PA levels in these patients. Abreviaturas |
Descrição: | Mestrado em Fisioterapia |
URI: | http://hdl.handle.net/10773/17197 |
Aparece nas coleções: | UA - Dissertações de mestrado ESSUA - Dissertações de mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Tese Ana Barreira.pdf | 3.42 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.