Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10773/14772
Title: | Mercury bioaccumulation, human exposure, and fish consumption recommendations regarding mercury intake |
Other Titles: | Bioacumulação de mercúrio, exposição humana e recomendações para o consumo de peixe considerando a ingestão de mercúrio |
Author: | Vieira, Hugo Miguel Coelho da Silva |
Advisor: | Morgado, Fernando Abreu, Sizenando Nogueira de |
Keywords: | Biologia marinha Mercúrio - Toxicidade Bioacumulação Peixes - Consumo |
Defense Date: | 2015 |
Publisher: | Universidade de Aveiro |
Abstract: | Mercury (Hg) is classified as a pollutant of primary importance because of its
high degree of toxicity, persistence and bioaccumulative properties, especially
in the aquatic environment. It is released from natural and anthropogenic
sources, and once in the environment, the inorganic Hg can be converted in to
organic Hg (Methylmercury – MeHg) through bacterial processes.
MeHg tends to bioaccumulate and biomagnify through the food web,
representing a serious risk to human health. Due to the health risks of
excessive Hg exposure, international agencies such as the USEPA (United
States Environmental Protection Agency) have established safety levels
(reference doses (RfD)) of daily exposure, being the Hg concentration present
in human hair used to estimate MeHg exposure. Fish is an important
component of a healthy diet for the human population and the fish consumption
is expected to be relatively stable in the next two decades; however, fish is also
considered a major source of MeHg exposure to human population.
The key question of the present study was evaluating the Hg bioaccumulation
in humans based in fish consumption. Specific tasks were delineated: (i)
evaluatue the human exposure to Hg via fish consumption using a food
frequency questionnaire, (ii) assess Hg exposure through Hg measurement in
the hair, (iii) evaluate the Hg intake levels, through the application of formulas
established by the World Health Organization, (iv) review fish consumption
data, Mercury Tolerable intake values and Hg content in fish, based in several
reports from Food and Agriculture Organization and European Union and (v)
calculation and establishment of isocurves describing the maximum number of
fishmeal per week without exceeding the MeHg Rfd (USEPA RfD), by
combining number of meals (per week), amount of fish ingested (by meal) and
levels of MeHg in fish.
Overall data indicate that individuals consuming the highest number of
fishmeals per week, also generally showed increased Hg levels in the scalp
hair; however, the risk alert of the mercury exposure should not be considered.
The real (quantified) and potential (extrapolated) Hg levels in human scalp of
adolescents diverge as fish consumption increases, being the effective Hg
uptake lower than the expected levels, emphasizing the ability of the human
body to induce a self protection response, meaning that MeHg assimilation is
probably minimized by detoxification mechanisms.
As a final remark, considering the intake of Hg through fish consumption as the
main route exposure, the study points out that even a small meal of 50g fish
with 0.84 μg g-1 of MeHg per week would reach the USEPA RfD levels, despite
the 1.0 μg g-1 of MeHg in fish are being allowed in fish consumption. O Mercúrio (Hg) é classificado como um dos poluentes mais importantes devido ao seu alto grau de toxicidade, persistência e à sua capacidade de bioacumulação, especialmente no ambiente aquático. Este é libertado a partir de fontes naturais e antropogénicas, e uma vez no ambiente, o Hg inorgânico libertado pode ser convertido em Hg orgânico (metilmercúrio - MeHg) através de processos bacterianos. O MeHg tende a bioacumular e a biomagnificar ao longo da cadeia trófica, representando um sério risco para a saúde humana. Devido a estes riscos resultantes da exposição excessiva ao Hg, agências internacionais, como a USEPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos) estabeleceram níveis de segurança (doses de referência (DRf)) de exposição diária, sendo a concentração de Hg presente no cabelo humano utilizada para estimar esta exposição. O peixe é uma componente importante de uma dieta saudável para a população humana e o consumo de peixe deverá ser relativamente estável nas próximas duas décadas. No entanto, o peixe também é considerado uma das principais fontes de exposição a MeHg para a população humana. Este estudo teve como questão central a avaliação da bioacumulação de Hg em humanos face ao padrão de consumo de peixe, sendo delineados os seguintes objetivos específicos: (i) avaliar a exposição humana ao Hg face ao consumo de peixe utilizando um questionário de frequência alimentar, (ii) avaliar a exposição ao Hg através da quantificação de Hg no cabelo humano, (iii) avaliar os potenciais níveis de ingestão de Hg, através da aplicação de fórmula estabelecida pela Organização Mundial de Saúde, (iv) rever dados de consumo de peixe, valores de ingestão de Hg e conteúdo de Hg em peixes, com base em vários relatórios da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, assim como, da União Europeia e (v) calcular linhas de tendência (isocurvas) descrevendo o número máximo de refeições de peixe por semana, sem exceder a DRf para o MeHg (USEPA DRf), combinando o número de refeições de peixe (por semana), a quantidade de peixe ingerido (por refeição) e a [MeHg] no peixe consumido. Os resultados revelam que os indivíduos que indicaram consumir um maior número de refeições de peixe por semana, também apresentam em regra níveis mais altos de Hg no cabelo; no entanto, o risco de alerta para a exposição ao Hg não deve ser considerado. Os níveis reais (quantificados) e valores potenciais (extrapolados) de Hg no cabelo dos adolescentes divergiram quando aumentou o consumo de peixe, sendo menor a absorção de Hg real comparativamente ao valor esperado, dando relevo à capacidade do corpo humano induzir uma resposta de auto-protecção, sendo a absorção de MeHg provavelmente minimizada por mecanismos de desintoxicação. O estudo salienta que mesmo uma pequena refeição de 50g de peixe com 0,84 μg g-1 de MeHg por semana alcançaria do valor estabelecido para a ingestão de MeHg (DRf USEPA), apesar de ser permitido o consumo de peixe com valores de 1,0 μg g-1 de MeHg. |
Description: | Mestrado em Biologia Marinha |
URI: | http://hdl.handle.net/10773/14772 |
Appears in Collections: | UA - Dissertações de mestrado DBio - Dissertações de mestrado |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Tese Mestrado (Versão definitiva_HV).pdf | 1.18 MB | Adobe PDF | View/Open |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.